23/11/2013

NEM TODAS PORTAS QUE SE ABREM SÃO DO ESPÍRITO E A NATUREZA CARNAL


Há uma guerra incessante acontecendo na vida de todos. Não é a batalha da lei versus a graça. Esta já foi ganha por Jesus na cruz. É sim a guerra do Espírito versus carne: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si...”, Gl 5: 17. A palavra Espírito está em maiúscula e, na gramática, isso significa que se trata de uma pessoa. Observe que Espírito e carne são opostos, são inimigos. Por não estar atento a isso, há cristãos que vivem no campo da derrota. Então, o que é necessário para ser vitorioso?

Vejamos:
Conhecendo a carneNeste texto, carne não significa corpo ou matéria, não significa o palpável, o gerado e concebido por uma mulher. Não é o corpo físico. Por isso é que o nosso corpo não é a sede de todos os pecados. Quem pensa dessa forma está desvirtuando a Palavra de Deus deixada para orientação de nossas vidas.

Há cristãos que estão equivocados com esta passagem da Bíblia. Para muitos, o seu corpo tem sido o culpado vital de seus fracassos. Porém, esse texto faz alusão à natureza humana. No contexto, os pecados mencionados como obras da carne são pecados espirituais manifestados através do corpo, Gl 5: 19-21. A origem, a sede é a natureza humana; o corpo é apenas um instrumento que pode ser usado para satisfação da carne ou do Espírito, Gl 5: 16 e 24.

Andar a partir do senso e razão pessoal implica em viver sem a orientação de Deus, executar o próprio querer sem se importar com o querer de Deus. E é justamente nesse ponto que muitos cristãos têm tombado e perdido a guerra. Policiam tanto o corpo e se esquecem de tomar conta de suas intenções e vontades. Não conseguem se render inteiramente a Deus e ao Espírito Santo, que é o agente ativo na vida do cristão.

Assim, há uma guerra sendo travada na psique humana, isto é, a carne, as vontades pessoais, a razão humana lutam incansavelmente contra o Espírito. São duas vontades lutando em uma só mente. Por isso, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”, Rm 7: 18-19.

Veja bem, Paulo desejava o bem, porém sua razão não propiciava o realizá-la. É a natureza carnal que faz com que o cristão realize coisas que não quer. Por exemplo: será que uma pessoa tem inveja por que quer? Ou será que tem ciúmes por que deseja?

Preste atenção no que Paulo afirma: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” - O que é isso? É guerra entre a natureza pecaminosa e a natureza Santa do Espírito. É guerra da vontade própria e contra a vontade de Deus. Na verdade, existe uma resistência involuntária da parte humana, e é esta resistência que cria este atrito espiritual, ou seja, é a nossa carne resistindo à vontade de Deus.
Conhecendo o Espírito

Mas que Espírito é este? Bem, este é o Espírito de Deus, o qual passa a fazer morada no coração humano quando este aceita a Jesus Cristo como seu Salvador. O Espírito Santo é o agente responsável em conduzir o crente a fazer a vontade de Deus.

Dessa forma, é possível entender porque há uma guerra irreconciliável instalada na mente do cristão. Esse texto de Gálatas é uma prova irrefutável de que existem dois antagonistas (adversários) agindo no coração do crente. Não há outra maneira para explicar o fato de que nem sempre o cristão obedece aos ditames de sua consciência. Se isso tem acontecido é porque existe um ser vivo resistindo e afrontando o nosso próprio querer. Este ser é o Espírito Santo que revela a vontade de Deus para todos.

Jesus não prometeu o Espírito Santo simplesmente para que falássemos em línguas estranhas. Também foi para auxiliar o cristão a subjugar o próprio eu, para fazer guerra contra a natureza carnal. Por isso, para que o crente ande no Espírito, o apóstolo Paulo recomendou: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”, Ef 5: 18.

Intimidade com o Espírito Santo é fundamental para uma vida cristã vitoriosa. Ele é o opositor da carne, é o que docemente constrange o crente a fazer a vontade de Deus. Agora que o leitor já conhece os antagonistas e um pouco desse conflito interior, pode-se perguntar: o que fazer para ser vitorioso?


Espírito x carne, quem vence?

Esta guerra nada mais é do que o querer do ser humano versus o querer de Deus. Pois bem, o ser humano é onisciente? É onipotente? É onipresente? Claro que não. O ser humano é impotente diante de Deus. Mas, mesmo sabendo disso, a natureza carnal se opõe à vontade de Deus. O resultado é a batalha que se trava na mente humana.

No dia-a-dia, o Espírito Santo não importa com os desejos da carne, e sim com o que Deus acha de uma situação. O Espírito tem a incumbência de fazer valer na vida do cristão a vontade do Senhor. Mas para que obtenha total êxito sobre a carne, é preciso que o crente aprenda a viver na dependência de Deus, que reconheça que o seu querer está contaminado pelo pecado, que assuma, de forma cabal, que é da sua natureza carnal que fluem os desejos pecaminosos, Mt 15: 19.

Muitos vivem na derrota porque não têm andado na dependência de Deus. O crente deve estar consciente de que só vencerá se render sua vida a Deus. Por esse caminho, o Espírito Santo tomará o controle total de sua vida. A carne será mortificada e o Espírito será vencedor. Jesus deixou um exemplo sobre o que é viver no Espírito: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua”, Lc 22: 42.

Deus quer que o cristão tenha constantes vitórias. Mas para isso o Espírito tem que vencer a carne. Então o leitor deve viver no Espírito. Mas o que é viver no Espírito? Paulo responde: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”, Gl 2: 20.


Conclusão

A carne, na verdade, tenta constantemente nos impulsionar para baixo, para a derrota, enquanto o Espírito se esforça para nos impulsionar para cima, para a vitória. Porém, para que haja um vencedor, é necessário dar a sua contribuição, fazer a sua parte, que é se render ao agir do Espírito Santo de Deus. Seja um vitorioso.


Reflexão em Video - Nem Todas as Portas que Se abrem são do Espírito - Natureza Carnal - Apresentação Andre Valadão


FONTE :MÍDIA GOSPEL
ESTUDO RECEBIDO POR EMAIL

COMO DETECTAR UMA HERESIA


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MUITOS CEGOS são capazes de estabelecer a diferença entre a cédula falsa e a verdadeira. À falta da visão, o sentido do tato é desenvolvido. Não podem ver a luminosidade das cédulas, tamanho e cor, mas podem sentir sua espessura e alguns detalhes nas ranhuras. Assim, sabem quando uma cédula falsa lhes chega às mãos. Por acaso passaram muito tempo manuseando o dinheiro falso? Fizeram um demorado exame táctil com cédulas falsas de variados valores para conhecerem as características de cada uma? Não. Conheceram unicamente as cédulas verdadeiras.

Para detectarmos o ensino falso basta que conheçamos bem o verdadeiro. Do contrário, não há como estabelecermos a diferença. O conhecimento da verdade é o maior e melhor detector de heresias.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).

Desse modo, a palavra do engano passa pelo crivo da matriz extraída das Escrituras e guardada em nossos corações. A heresia entra em confronto com a verdade e a diferença é estabelecida.

Muitos são levados por qualquer vento de doutrina herética por não conhecerem a Verdade. Por não possuírem a matriz para o confronto. “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios; antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Salmos 1). “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119.11).

Guardar a Palavra de Deus no coração é meio infalível para rejeitarmos as heresias. Sabendo disso, os heresiarcas ensinam as Escrituras apenas superficialmente ou deturpam os textos bíblicos.

FONTE: MÍDIA GOSPEL
ESTUDO RECEBIDO POR EMAIL

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É UM PERIGO


Homen Muito Nervoso

Sou um defensor das Sagradas Escrituras e em virtude disto ao ver as heresias pregadas pelos falsos profetas que nos últimos anos tem desconstruido as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus, não hesito em repudiar com veemência seus pressupostos teológicos. Nesta perspectiva, concordo plenamente com o teólogo americano John MacArthur que afirma que a heresia vem montada no lombo da tolerância, e que o fato de nos calarmos diante os ensinamentos espúrios dos falsos mestres, contribuímos significativamente para o adoecimento da igreja. Todavia, acredito também que não vale a pena discutirmos por questões irrelevantes.

Há pouco conversando com um querido amigo chegamos a conclusão de que nem todas as batalhas que travamos em nossa cotidianidade, são batalhas as quais deveríamos lutar. Na verdade, acredito que algumas das nossas discussões não deveriam ter nossa imediata atenção, mesmo porque, o inimigo das nossas almas, muitas vezes tenta desviar nosso foco da unidade cristã , levando-nos a valorizar em demasia questões menores e irrelevantes.

Ora, a experiência pastoral me mostra que não são poucas as vezes que na vida polemizamos desnecessariamente com aqueles que amamos. Quantas vezes não fazemos um cavalo de batalha em questões banais e insignificantes? Por acaso já percebeu de que quando você trava algumas brigas ou discussões com seus filhos, amigos ou cônjuges, na maioria das vezes você não chega a lugar nenhum? Ou quando discute com seu irmão em Cristo qual a forma de batismo correta, ou sistema de governo ideal, ou até mesmo sobre os valores teologicos do arminianismo ou calvinismo, mais nos aborrecemos do que nos edificamos?

Caro leitor, o diabo nosso adversário é astuto e perspicaz em ações e atitudes. Cuidado com suas arguciosas ciladas. Ele sabe que desviando os seus olhares do foco, conseguirá tornar sua vida amarga e sem sabor, além obviamente de lhe proporcionar fisuras em suas relações interpessoais levando-o a um tipo de isolomento.

Isto posto, gostaria de convidá-lo a assistir o video abaixo e refletir sobre a beligerância desnesnecessária , bem como a intolerância que assola a vida de muitos de nós.



Fonte www.estudogospel.com.br
ESTUDO RECEBIDO POR EMAI

JESUS DISSE SEGUE-ME


Foto/Imagem Jesus Disse Vem e Segue-me

Eu, e você também certamente, já ouvi dezenas de mensagens e pregações sobre o texto do jovem rico que desistiu de seguir a Jesus por que Ele pediu que ele abrisse mão de suas riquezas materiais. Mas tem uma pergunta que eu tenho feito sobre este texto. Onde é que o rapaz falou que queria segui-lo? Ele perguntou como fazer para herdar a vida eterna, não para seguir a Jesus. A resposta de Jesus foi clara “só te falta uma coisa”. Não faltavam duas, portanto se livrar dos bens e segui-lo devem ser uma coisa só. Ou isso, ou herdar a vida eterna e andar com Cristo é que são a mesma coisa.

É uma reflexão interessante e não quero desperdiçar a riqueza do texto, a despeito da minha opinião pessoal.

Livrar-se das riquezas deste mundo e seguir a Jesus são uma coisa só, muitos de nós estão no caminho errado. Não por possuírem bens, pois não vejo nada na Bíblia que condene o ser rico em si, mas note que Jesus conhecia o coração deste jovem. As riquezas eram tudo para ele, portanto o Reino de Deus não teria importância. Aquele de nós que se estribar em suas riquezas, seja para ter segurança ou ter poder, não é digno da herança celestial. Seja rico, meu irmão, não tem problema, mas não coloque isso na frente de ser dedicado e separado para Deus.

Se seguir a Jesus e herdar a vida eterna é que for a mesma coisa, muitos de nós estão no caminho errado. O caminho de “aceitar” a Cristo e deixá-lo como salvador passivo, sem permitir que Ele seja Senhor e dono de seu coração, é um caminho enganoso. Ou somos Dele ou não temos nada com Ele. Isso é o que significa “seguir”, que é muito mais do que andar atrás.

De um ou de outro modo, Jesus o amou. Está no texto, não é interpretação. Seguir a lei mosaica foi bom para o jovem, mas insuficiente.

A palavra chave aqui é entrega. Vamos nos entregar.

“Senhor, eu quero sinceramente ir além no relacionamento contigo, não importa o quanto já tenha caminhado. Quero ir além Te tornando meu Senhor absoluto em todas as áreas da minha vida.”
Fonte www.estudosgospel.com.br
 estudo recebido por email

APOCALIPSE RELATA QUE JESUS TEM TATUAGEM NA COXA ?


Há muitas pessoas que interpretam o texto de Apocalipse 19.16, "em no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" como se o texto bíblico descrevesse um "Jesus tatuado". Já ouvi, inclusive, alguém dizer certa vez: "Galera, Jesus era um dos nossos! Ele também tinha uma 'tatoo' na sua coxa!". Tal equívoco interpretativo se deve a três causas principais:

a) ao desconhecimento do texto grego original do Novo Testamento, bem como, de suas regras gramaticais;

b) às traduções existentes em português que, com uma rara exceção, dão margem para que esse tipo de interpretação equivocada seja feita;

c) à conveniência, pois algumas pessoas interpretam convenientemente um Jesus tatuado em Ap 19.16, porque, ao fazerem isso, estão encontrando um apoio "bíblico" que legitima o uso de tatuagens por parte destas mesmas pessoas.

Particularmente, creio que o problema todo esteja principalmente nos dois primeiros itens. De qualquer forma, depois de receber vários emails de pessoas questionando sobre a hipótese de Apocalipse 19.16 descrever Jesus “tatuado”, resolvi escrever esse artigo a fim de tentar esclarecer o significado deste verso tão mal compreendido nos dias de hoje, principalmente pelos jovens. Vejamos, então, Ap 19.16 do ponto de vista lingüístico, teológico e cultural.
I – O PONTO DE VISTA LINGÜÍSTICO

O texto grego original de Ap 19.16 diz o seguinte: kaì échei epì tò himátion kaì epì tòn meròn autou ónoma gegramménon. Basileùs basiléon kaí kýrios kyríon. Se traduzirmos este verso ao pé da letra, ele ficará dessa forma: "e tem sobre a veste e sobre a coxa dele um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores".

No que diz respeito ao aspecto lingüístico, observa-se no texto grego que a primeira e a sexta palavras do versículo (sublinhadas) são as mesmas. Trata-se da conjunção "kaì" que normalmente é traduzida como "e" ou "também", de acordo com o contexto em que ela aparece. Todavia, embora o primeiro "kaì" de Ap 19.16 possa ser traduzido como "e", ou seja, "e tem sobre a veste (...)", o segundo "kaì", por outro lado, pode ser entendido como um "kaì" epexegético ou explicativo. Em outras palavras, o segundo "e" do versículo, "(...) e sobre a coxa dele" deveria ser traduzido de forma explicativa, como, por exemplo, "ou seja", "isto é", "a saber”, "quer dizer" etc. Sendo assim, a tradução mais apropriada para Ap 19.16 seria: "e tem sobre a veste, isto é, [que está] sobre a sua coxa um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores".

George Ladd, que concorda com a interpretação que estamos dando, oferece uma tradução ligeiramente diferente: "no seu manto, isto é, onde ele cobre sua coxa”. Ladd ainda acrescenta que "não é mencionada nenhuma razão por que o nome estaria escrito na coxa". Além de Ladd, Henry Alford também concorda com a nossa interpretação e faz o seguinte comentário:

"A maneira usual de tomar as palavras é supor o kaí epexegético ou definitivo das palavras anteriores, "sobre Sua veste", e que parte dela [da veste] está cobrindo Sua coxa".

Some-se a estes autores ainda a opinião de Champlin, segundo quem, entre outros significados, o texto também pode ser traduzido como "...sobre vestes, a saber, sobre sua coxa...", o que se harmoniza com o significado que entendemos ser o mais correto para esse texto.

Infelizmente, de todas as versões bíblicas em português que consultei, apenas uma traduz Ap 19.16 refletindo o seu significado de forma mais correta. Trata-se da Edição Contemporânea de João Ferreira de Almeida. Ela traduz Ap 19.16 assim: "No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores".

Portanto, a partir da perspectiva lingüística podemos assegurar que a frase “Rei dos reis e Senhor dos senhores” de Apocalipse 19.16 não está "tatuada" na "coxa" de Jesus. Muito pelo contrário, estes dizeres estão escritos na “veste” (ou “manto”) de Jesus, a qual, por sua vez, cobre a sua coxa.
II – O PONTO DE VISTA TEOLÓGICO

Antes de entrarmos no ponto de vista teológico em si, devemos dizer aqui que o livro de Apocalipse foi escrito aproximadamente na metade da década do ano 90 d.C. Isto quer dizer que ele foi escrito por João cerca de 50 a 60 anos depois da morte e ressurreição de Jesus. Portanto, Jesus já possuía (havia mais de meio século) um "corpo glorificado", imaterial, quando João escreve as linhas de Ap 19.16.

Já no que se refere ao aspecto teológico, Ap 19.16 está inserido dentro do contexto de uma visão que João teve (cf. Ap 19.11), devendo ser entendido, portanto, de forma "simbólica", isto é, "não-literal". Apesar de alguns comentaristas compreenderem Ap 19 à luz da queda da Babilônia – símbolo de Roma – conforme Ap 18, contudo, Ap 19 aponta para algo bem maior, a saber, a vitória escatológica completa de Deus e do Seu povo sobre o mal em geral, vista sob a perspectiva contextual mais ampla de Ap 19.11-21.8.

Assim, o título "Rei dos reis e Senhor dos senhores" escrito na "veste" de Jesus, se entendido corretamente de forma "simbólica", era aplicado, segundo a tradição judaica, ao próprio Deus, o qual era visto como Rei suserano que governava acima de todos os reis da Terra. Isto quer dizer que, Jesus, ao receber em Ap 19.16 o mesmo título majestoso que Deus recebia no judaísmo, estava se igualando a Ele em Sua glória e divindade.

Além do mais, se entendermos Ap 19.16 como uma referência literal à "coxa tatuada" de Jesus (se este fosse realmente o caso, o que não é), teríamos que entender literalmente também outra visão de João na qual Jesus é descrito como tendo: "cabelos brancos como a lã branca, olhos como chama de fogo, pés como latão reluzente, voz como a voz de muitas águas, boca da qual saía uma espada afiada e rosto como o sol" (cf. Ap 1.12-17), o que seria bastante complicado.

Enfim, sob a perspectiva teológica também podemos afirmar que Jesus não tinha uma "tatuagem" feita em sua "coxa".
III – O PONTO DE VISTA CULTURAL

Por fim, sob o ponto de vista cultural, creio que sejam bastante apropriadas as palavras de Champlin sobre Ap 19.16. Este autor nos fornece as seguintes informações:

"(...) havia um antigo costume de gravar o nome do artista sobre a coxa de uma estátua. (...) A arqueologia tem encontrado figuras assírias com inscrições gravadas sobre ela, bem como nas vestes que encobrem seus corpos. Também é verdade que os cavalos, entre os gregos, traziam sinais identificadores sobre suas pernas traseiras".

Porém, Keener explica que "na antigüidade romana, os cavalos e as estátuas eram às vezes marcados com ferro na coxa, mas as pessoas não". Aliás, esses exemplos fornecidos por Champlin e Keener, note-se, são extraídos de um contexto "pagão" (assírio e greco-romano), e não "judaico" ou "judaico-cristão"! Vale citar aqui as palavras de Alfred J. Kolatch, segundo quem,

"Foi proibido aos judeus fazerem isto [isto é, tatuagens ou incisões no corpo] não só porque era sinal de idolatria, mas também porque vai contra as proibições bíblicas de derramar sangue e maltratar o corpo que Deus deu ao ser humano".

Tendo esses dados em mente, seria, então, simplesmente impensável imaginar um judeu dos tempos bíblicos tatuado (e Jesus era judeu!). Tal fato seria o cúmulo do sacrilégio!

Portanto, do ponto de vista cultural também não é correto afirmar que Jesus possuía uma "tatuagem" em sua "coxa". Tal prática seria totalmente estranha à cultura (judaica) da qual ele, Jesus, fazia parte.
CONCLUSÃO

Concluindo, um dos grandes problemas que ocorre na interpretação da Bíblia é que nós, muitas vezes, a fazemos partindo do nosso próprio contexto vivencial. Dito de outra maneira, muitas vezes nós projetamos para dentro da Bíblia nossas experiências pessoais, vivências, pressuposições e ideologias – o que é chamado no campo da interpretação bíblica de "eisegese", em vez de buscarmos extrair do texto bíblico aquilo que ele próprio quer nos dizer – o que é conhecido como "exegese".

Bem, de qualquer forma, cada um é livre para fazer o que quiser do "seu" corpo (o qual, na verdade, não é "seu", mas de Deus, quem o criou e, portanto, detém direitos sobre ele). Porém, se alguém for fazer qualquer tatuagem no corpo, fique à vontade. Só não vá, entretanto, sair dizendo por aí que você está fazendo isso porque a "tatuagem" que Jesus tinha em sua "coxa" te autoriza a proceder dessa forma!

Abraços,

Carlos Augusto Vailatti
Fonte www.estudosgospel.com.br
estudo recebido por emai

SEM PERDÃO NÃO EXISTE AMANHÃ


Alguém já disse que a família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família nuclear: pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.

Em mais de vinte anos de experiência pastoral observei que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades são acolhidos como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, a incompreensão do amigo, nos chegam dos lugares menos esperados: justamente no ninho onde deveríamos estar protegidos se esconde a peçonha letal.

Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar. Mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões, e promovendo distâncias abissais.

Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do ressentimento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos, que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.

Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1 + 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa nos padrões de causa e efeito do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens. É ingenuidade acreditar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos certo e errado, verdade e mentira, preto e branco. A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.

Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneiras diferentes pelas pessoas envolvidas, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, o que é importante para um e para outro, fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo, pedir e outorgar perdão ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para a reaproximação dos corações e cura das almas.

Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de re–significar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova consciência produzem libertações, ou, no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis. Mas por outro lado posso testemunhar quantas vezes já assisti esse filme, e o final não foi nada feliz. Minha conclusão é simples (espero que não simplória): o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, e bem diferente é olhar para o outro com o coração amoroso, com o desejo verdadeiro do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão. Abraços criam espaço para acordos, mas a tentativa de celebrar acordos nem sempre termina em abraços.

Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus agressores. José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Enquanto fala com seus irmãos sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado. Essa é a ordem certa. Primeiro, porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se (re)aproximar do que em fazer valer seus direitos e razões. Depois, porque, no colo do abraço o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.

Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração. Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos, e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo ferem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas? Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis. Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também. A razão é óbvia: dívidas de amor são impagáveis, e somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas e discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em alguma reparação de justiça, mas isso é inútil – dívidas de amor são impagáveis.

Mas o perdão tem o dia seguinte. Os que recebem perdão e abraços cuidam para não mais ferir o outro. Ainda que desobrigados pelo perdão, farão todo o possível para reparar os danos do caminho. Mas já não buscam justiça. Buscam comunhão. Já não o fazem porque se sentem culpados e querem se justificar para si mesmos ou para quem quer que seja, mas porque se percebem amados e não têm outra alternativa senão retribuir amando. As experiências de perdão que não resultam na busca do que é justo desmerecem o perdão e esvaziam sua grandeza e seu poder de curar. Perdoar é diferente de relevar. Perdoar é afirmar o amor sobre a justiça, sem jamais sacrificar o que é justo. O perdão coloca as coisas no lugar. E nos capacita a conviver com algumas coisas que jamais voltarão ao lugar de onde não deveriam ter saído. Sem perdão não existe amanhã.



Pastor Ed René Kivitz
Fonte www.edrenekivitz.com
estudo recebido por email

CRISTIANISMO A LA CARTE, AO GOSTO DO FREGUÊS


Foto/Imagem Cristianismo a La Carte, ao Gosto do Freguês Estudos Biblicos

A expressão francesa “à la carte”, que refere-se à possibilidade, no cardápio, de se escolher livremente o que quiser entre os vários pratos oferecidos por um restaurante, não se aplica somente ao ramo gastronômico. Essa expressão também pode ser empregada, e com muita justiça, ao ramo eclesiológico.

Nossa sociedade pós-moderna, repleta de relativismos e de valores utilitaristas, tem contribuído, e muito, para o surgimento e manutenção desse tipo de cristianismo. Aliás, esse “cristianismo à la carte”, ao gosto do freguês, pode ser verificado em várias esferas do nosso cotidiano, conforme podemos ver a seguir:

Na Esfera do Consumismo Cristão

No que diz respeito à esfera mercadológica, os “serviços à la carte” podem ser vistos basicamente em dois setores, no setor literário e no setor musical, para mencionar apenas estes dois.

No setor literário, além da enorme quantidade de livros “evangélicos” que temos à nossa disposição, chama a atenção também um grande universo de Bíblias à La Carte. Estamos experimentando hoje uma “overdose de versões bíblicas”. Os bibliófilos de plantão têm hoje à sua disposição todos os tipos de Bíblias, das mais simples até as mais inusitadas, tais como, a “Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira”, bem como, a “Bíblia do Adorador”, a “Bíblia do Surfista”, a “Bíblia do Executivo” e, até mesmo, a recém-publicada “Bíblia da Vovó”, que permite que a vovó coloque no verso da capa de tal Bíblia a foto do seu netinho querido!

Já no setor musical também se verifica a existência de um Mundo Musical Gospel à La Carte disponível, o que pode ser traduzido em termos de uma verdadeira “explosão na produção da nossa hinologia evangélica”. Todavia, uma vez que “tamanho não é documento”, deve-se ver com grandes reservas este crescimento cada vez maior da “música gospel” em nosso contexto brasileiro, pois, muitas vezes, as letras dessas músicas produzidas em larga escala estão repletas de conceitos e pensamentos bíblica e teologicamente estranhos ao verdadeiro cristianismo, e, inclusive, estão saturadas de idéias utilitaristas, humanistas, sincréticas, e, até mesmo, oriundas da teologia da prosperidade. Não nos enganemos: quantidade não significa necessariamente qualidade!

Na Esfera do Culto Cristão

Na esfera do culto cristão, o “cristianismo à la carte” também pode ser percebido com exagerada e triste freqüência. Digo “triste”, porque a “diversidade de opções cúlticas” disponível não significa necessariamente que estas opções sejam “boas”. Isto deve nos servir de alerta.

Em nossos dias, temos observado a crescente proliferação de igrejas de uma forma sem precedentes. A ordenança feita ao homem: “crescei e multiplicai-vos”, além do seu sentido voltado para a “reprodução da espécie humana”, tem sido obedecida à risca no âmbito do significado eclesial. Hoje, o fiel pode contar com Igrejas à La Carte. Há igrejas de todos os tipos e para todos os gostos: igrejas ortodoxas, liberais e neoliberais; igrejas tradicionais, pentecostais e neopentecostais; igrejas “com usos e costumes” e igrejas “sem usos e costumes”; igrejas “judaicizadas” e igrejas mais convencionais; igrejas cuja ênfase é missionária e evangelística e outras cuja ênfase é voltada para o ensino; igrejas altamente dotadas de recursos tecnológicos (com notebook, data-show, canhões de luz, mesa de som de última geração etc) e igrejas onde tudo funciona de forma, digamos, mais “artesanal”. Com tantas opções diante dos olhos, o cristão se pergunta: qual delas devo escolher para congregar?

Além disso, junto com esta enorme variedade eclesial existente, o fiel também encontra à mão várias Liturgias à La Carte. Há igrejas em cujos cultos permite-se que os homens sentem-se ao lado das mulheres e outras onde ambos devem se assentar separados. Há cultos onde “é de praxe” bater palmas e outros nos quais as palmas são terminantemente proibidas. Há cultos onde o silêncio é gritante e cultos nos quais o barulho é vazio de significado. Há cultos em que as manifestações espirituais ocorrem a granel e outros nos quais nem tanto. Há cultos nos quais a hinologia utilizada é a tradicional da denominação e outros nos quais os “corinhos” avulsos predominam.

Como se isso ainda não bastasse, há ainda as Pregações e Ensinos à la Carte. Há pregadores que “pegam pesado” com o fiel durante a mensagem e há aqueles que “pegam leve até demais”. Hápregadores que gritam e não dizem nada e há aqueles que falam mansamente, mas dizem tudo. Hápregadores que pregam durante uma hora e cuja mensagem parece que durou “uma eternidade” e há aqueles que falam durante apenas vinte minutos, mas cuja mensagem ecoa para sempre. Há aqueles que ensinam que se a vida do fiel “está de mal a pior” é porque ele está em pecado ou não está dando o dízimo corretamente e há também aqueles que dizem exatamente o que o fiel quer ouvir. Aqui, o “cliente” (ou melhor, o “crente”) tem sempre razão!

Na Esfera da Vida Cristã

Ora, tais múltiplas facetas deste “cristianismo à la carte” conduzem muitas vezes o fiel a uma Conversão à La Carte e também a um Arrependimento à La Carte, isto é, ao seu bel prazer.

Há muitas pessoas dentro de nossas igrejas que pensam que não há nada de errado em: falar um palavrãozinho de vez em quando, contar piadas sujas, olhar cobiçosamente para outra mulher, sonegar o imposto de renda, contar pequenas mentirinhas, enganar o patrão, alimentar pensamentos pecaminosos de todos os tipos, e assim por diante, para citar apenas alguns poucos exemplos. Tais pessoas relativizam o significado do pecado, ao mesmo tempo em que legitimam as suas práticas pessoais e individuais como sendo corretas. Em outras palavras, a repetição constante de certas práticas reprovadas acaba conferindo-lhes certo ar de normalidade e naturalidade.

Aonde Quero Chegar?

Em vista de tudo o que foi dito até aqui, o leitor (a) pode estar se perguntando: afinal de contas, aonde você quer chegar?

Bem, embora eu entenda, por um lado, que esta grande variedade de opções literárias, musicais, eclesiais e litúrgicas seja benéfica, pois ela acaba alcançando a cada setor da sociedade, tendo, aliás, um efeito inclusivo sobre aquelas partes da sociedade que partilham elementos e afinidades em comum. Por outro lado, temo que toda esta diversidade de “elementos gospel” exista em benefício de alguns poucos, e, ao mesmo tempo, em detrimento de muitos. Acredito que toda essa “personalização”, “particularização” e confecção feita “sob medida”, também pode ser perigosa, porque tende a dar uma visão “fragmentada” e “diluída” daquilo que deveria ser visto em seu conjunto e escopo mais amplos e não de forma reducionista.

O meu receio é que toda esta ideologia do “feito sob medida” possa vir de alguma forma a sacrificar o “todo” pela “parte” e o “conteúdo” pela “forma”. Temo que esse “cristianismo à la carte” (muitas vezes, com feições capitalistas), ainda que inconscientemente, possa desfigurar a face do verdadeiro cristianismo (se é que isso já não esteja acontecendo!), de modo a favorecer aquele que “gritar mais alto”, a fim de que este possa levar um “evangelho” mais “açucarado”, “barato” e “digerível”, isento de responsabilidades e compromissos. Ou seja, um “evangelho light”.

Na vida cristã temos que entender que, apesar do nosso livre-arbítrio, não estamos autorizados a escolher “engolir” apenas os “pratos” de que mais gostamos. Aliás, como uma criança que “torce o nariz” diante de certos alimentos, mas que, por fim, acaba comendo-os, pois descobre que lhe são necessários, temos também que aceitar a vontade de Deus em Sua totalidade, tal como expressa em Sua Palavra. Enfim, que o “cristianismo à la carte” possa dar lugar ao “Cristianismo Segundo Cristo”.



Fonte www.estudosgospel.com.br
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PÃO E SOPA DE LENTILHAS: QUANDO O FAST FOOD FALA MAIS ALTO


Foto/Imagem Pão e Sopa de Lentilhas: Quando o Fast Food Fala Mais Alto Estudos Biblicos

Em Gênesis 25.19-34, encontramos a famosa passagem bíblica que narra uma das negociações mais estranhas e lastimáveis da história. A transação envolve, de um lado, uma espécie de sopão do tipo “fast food”, e, do outro, um direito adquirido de nascença. De um lado, temos o “pão e (a) sopa de lentilhas” (hebr. lehem unezid ‘adashim) preparados pelo “chef de cuisine”, Jacó, e, do outro, temos o direito de “primogenitura” (hebr. bekhorah) do caçador, Esaú.

Esaú, depois de vir de uma caçada no campo provavelmente mal-sucedida, e, estando extremamente cansado e faminto, acaba vendendo o seu direito de primogenitura (o qual lhe assegurava, conforme a crença comum entre os povos do Oriente Médio Antigo, tanto bênçãos espirituais como materiais – cf. Ex 22.29; Dt 21.15-17) para o seu irmão, Jacó. Essa “transação comercial” saiu muito cara para Esaú, que trocou um direito adquirido de nascença por um pedaço de pão e uma sopa de lentilhas (Gn 25.34), alimentos estes que, juntos, poderiam ser comprados hoje por cerca de R$3,00 (três reais)!

É como se Esaú trocasse a sua possante “Ferrari” pelo humilde “Fusquinha 68” de Jacó. Que atitude mais insana! Que despautério! O faminto Esaú, traído pelo seu apetite humano, “deu de bandeja” a sua primogenitura. Ela custou o preço de uma simples comida “fast food”!

Esse triste e lamentável episódio ocorrido entre esses dois irmãos nos mostra que, muitas vezes, assim como Esaú, nós também desprezamos as coisas que têm real valor e importância para a nossa vida (tais como, a presença de Deus, a comunhão cristã, as amizades verdadeiras, a consciência tranqüila, o caráter etc). Nestas situações, em nome de um prazer imediatista e por causa de um “aqui e agora” absolutamente efêmero e vazio, terminamos por abrir mão de tudo aquilo que realmente importa para o nosso viver.

O mais triste nisso tudo é que esse tipo de comportamento mundano, que valoriza apenas a satisfação sensorial imediata ao mesmo tempo em que despreza as questões transcendentais e eternas, é a “bola da vez” do nosso tempo. Esaú morreu há milênios atrás. Porém, ele deixou muitos descendentes nos dias de hoje. E os seus descendentes continuam a perpetuar a sua prática de forma admirável. Contudo, as “moedas de troca” hoje são outras. Em sua época, Esaú trocou a sua primogenitura por uma comida do tipo “fast food”. Hoje, entretanto, as coisas “evoluíram” bastante.

Hoje, troca-se facilmente um bom e duradouro casamento por apenas meia hora de prazer com um (a) amante praticamente desconhecido (a). Hoje, troca-se uma vida toda pela frente por uma morte estúpida durante uma tola discussão no trânsito que poderia ter sido evitada. Hoje, troca-se a paz de espírito e a consciência tranqüila por algumas poucas notas de dinheiro adquirido de forma desonesta e ilegal. Hoje, troca-se o caráter e a boa reputação por alguns míseros momentos de euforia. Enfim, hoje, troca-se com a maior naturalidade a Casa e a Presença do Pai pelas “bolotas” de alguns suínos (Lc 15.11-16)! Os alimentos podem até ter mudado (do “pão e sopa de lentilhas” de Jacó para as “bolotas” dos porcos), mas o erro continua sendo sempre o mesmo. Ainda continuamos a preferir o Egito e todos os seus prazeres temporários, em vez de Canaã, a Terra Prometida por Deus.

Nesta era do “fast food”, que Deus nos ajude a fugir da tentação do “pão” e da “sopa de lentilhas”.
Fonte www.estudosgospel.com.br
estudo recebido por email

UM NOVO PARADIGMA DA MISSÃO DA IGREJA


Foto/Imagem Um novo paradigma da missão da igreja Estudos Biblicos

“A filosofia do bufão é a filosofia que, em cada época, denuncia como duvidoso aquilo que parece ser inabalável. Declaramo-nos a favor da filosofia do bufão – aquela atitude de vigilância negativa frente a qualquer absoluto.”

Creio que vim de fábrica com o chip da filosofia do bufão. Antes mesmo de conhecer este pensamento do filósofo polonês Leszek Kolakowski sempre desconfiei do senso comum. Para quem porventura se preocupa comigo, advirto estar em boa companhia – também estou alinhado com o apóstolo Paulo: “examine tudo e retenha o que é bom”, pois “contra a verdade nada pode senão a verdade”.

Desta vez questiono o conceito de missão da igreja associado à grande comissão. Discordo dos que afirmam que a missão da igreja é apenas fazer discípulos. Primeiro porque a declaração de Jesus registrada em Mateus 28.18-20 é apenas uma das diversas referências bíblicas de onde podemos deduzir a missão da Igreja. Segundo, porque acredito que a teologia é a síntese das diversas referências bíblicas a respeito de um tema. E finalmente por considerar reducionista a equivalência da tarefa de fazer discípulos com a missão da igreja.

As referências bíblicas utilizadas para deduzir a missão da igreja são diversas, sendo as mais utilizadas as dos evangelistas, como por exemplo Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.46-48; João 20.21; Atos 1.8.

É fácil perceber que cada um destes textos possibilita um resultado diferente para o enunciado definidor da missão da igreja. O registro de Mateus possibilita a fórmula “fazer discípulos”, implicando necessariamente o ensino detalhado de todas as ordens de Jesus. Marcos indica a proclamação do evangelho como tarefa essencial, e nesse caso o conteúdo do kerigma é a boa notícia da chegada do reino de Deus. Lucas também sublinha a proclamação, mas o conteúdo do kerigma é menos abrangente, restrito à convocação ao arrependimento para perdão dos pecados. João abre um leque extraordinário quando afirma que a missão da igreja deve ser derivada da missão de Jesus – “assim como”, o que remete a declarações do tipo: “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10.45), ou ainda: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10), de onde poderíamos deduzir que a missão da igreja se sustentaria em três ações concomitantes: buscar, servir e salvar. Por fim, em Atos (1.8) o evangelista Lucas aponta na direção do testemunho a respeito da pessoa e obra de Jesus como aspecto essencial da missão.

Alguém poderia afirmar que em essência a missão da igreja é fazer discípulos, e para tanto deve buscar e servir o perdido, anunciando a boa notícia da chegada do reino de Deus, convocando ao arrependimento para a remissão dos pecados, testemunhando em todo lugar a respeito de Jesus, visando a salvação de todo o que crê. Esta compreensão, entretanto, é bem mais complexa do que a mera declaração “fazer discípulos”. A sugestão de que as variantes presentes nas diversas narrativas contém ou explicam o significado completo do “fazer discípulos” é em si uma interpretação do conjunto de referências de onde se pode deduzir a missão da igreja. Isto é, dizer que “fazer discípulos” significa de fato isso e aquilo é elaborar teologicamente juntando, como peças de um quebra-cabeça, citações daqui e dali, amarrando um conceito no outro de maneira a buscar um sentido mais completo a partir da soma das partes afins. Duas perguntas surgem subjacentes a esse exercício. A primeira quer saber quantas e quais são as peças do quebra-cabeça, isto é, quais referencias bíblicas devem ser coligidas. A segunda interroga a respeito do resultado final do quadro a ser montado, isto é, questiona se o nome do quadro é mesmo “fazer discípulos” ou se haveria possibilidade de organizar as peças de maneira a chegarmos em outro enunciado definidor da missão da igreja.

Uma leitura mais ampla da Bíblia Sagrada, disposta inclusive a buscar as referências do Antigo Testamento como elementos constitutivos da missão do Messias transferida para a igreja, nos levaria necessariamente a concluir duas coisas: a primeira é que existem outras tantas narrativas negligenciadas pelo senso comum dos que definem a missão da igreja, e a segunda é que incluídas e consideradas estas outras peças do quebra-cabeça o resultado final será não apenas diferente como também e principalmente muito mais abrangente do que a mera declaração “fazer discípulos”.

Consideremos, por exemplo, apenas mais três referências bíblicas: Mateus 5.13-16; Lucas 4.17-21 [Isaías 61.1-4]; e Efésios 1.16-22.

Estas três referências apenas já são suficientes para ampliar completamente a perspectiva de compreensão da missão da igreja. A narrativa do Sermão do Monte, onde Jesus identifica seus discípulos como sal da terra e luz do mundo, deduzindo estas funções da identidade dos discípulos descritas nas bem-aventuranças, amplia o horizonte de compreensão da missão, incluindo a necessária transformação ou no mínimo afetação da realidade conjuntural – a terra e o mundo – onde os discípulos estão presentes. A narrativa de Lucas, quando Jesus aplica para si mesmo a profecia de Isaías, inclui na ação e presença messiânica a liberdade dos cativos e oprimidos, dando margens a interpretações diversas, desde os que espiritualizam os termos para que se refiram apenas à escravidão e opressão espirituais, até os que compreendem esta escravidão e opressão como incluindo as dimensões sociais, econômicas e políticas [a mesma discussão ocorre na hora de interpretar aqueles que Mateus chama de “pobres de espírito” e Lucas apenas de “pobres” (Mateus 5.3; Lucas 6.20)].

O texto de Efésios mais se parece como uma elaboração que o apóstolo Paulo faz da narrativa de João: “assim como Pai me enviou eu também vos envio”, pois vincula o propósito de Deus para Jesus com a relação entre Jesus e a Igreja. O apóstolo afirma que o propósito final de Deus é fazer Jesus Senhor sobre todas as coisas, “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro”, e para tanto não apenas “sujeitou todas as coisas a seus pés”, como também “constituiu Jesus como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos”. A igreja é o instrumento através do qual Jesus exerce sua autoridade sobre todas as coisas.

Ainda que exista certa divergência nos limites implicados, está claro que a presença e atuação de Jesus e sua Igreja no mundo extrapolam a relação pessoal do indivíduo com Deus. Considero reducionista a definição da missão da igreja que se esgota no esforço de chamar pessoas ao arrependimento para remissão dos pecados e ensinar a elas todas as coisas que Jesus mandou, que resume a fórmula “fazer discípulos”.

É verdade que alguns missiólogos se defendem dessa pecha de reducionistas. Utilizam basicamente dois argumentos. O primeiro popularizado na máxima “converta-se o homem e a sociedade se endireitará”, sugerindo que as implicações sociais, econômicas e políticas do evangelho não dizem respeito à missão da igreja, mas à atuação dos cristãos na sociedade. A igreja se preocupa em cumprir sua missão: “fazer discípulos”, e os discípulos se ocupam em transformar, na medida do possível, a sociedade.

O segundo argumento utilizado contra a acusação do reducionismo se baseia no princípio da evangelização por presença, que preconiza o testemunho silencioso, através da vida íntegra e do serviço, como necessários à conquista do direito de falar e fator facilitador do anúncio do evangelho. Este raciocínio mantém a dicotomia entre evangelização e responsabilidade social, dando primazia ao testemunho verbal do conteúdo do kerigma sobre os atos de justiça. Nessa perspectiva a igreja é vista como uma comunidade diaconal, mas o serviço cristão se presta a oportunizar e autenticar a pregação (verbal) do evangelho.

Mais uma vez fica patente que a mera citação de textos bíblicos é insuficiente para a definição da missão da igreja, sendo necessária uma elaboração teológica que promova o sentido unívoco das diversas narrativas. Nesse caso, teologia por teologia, opto por descartar aquela que conclui que a missão da igreja se resume a fazer discípulos que viverão na sociedade de modo digno para que o anúncio do evangelho seja possível e credibilizado.

Considero que as expressões “fazer discípulos” e missão da igreja apontam realidades distintas e não podem ser consideradas sinônimas. Estamos, portanto, diante de pelo menos dois paradigmas, um que resume a missão da igreja na expressão “fazer discípulos” (paradigma da Grande Comissão) e outro que considera a missão da igreja em termos mais abrangentes (paradigma da Missio Dei).

O paradigma da Grande Comissão segue mais ou menos o seguinte esquema: (1) testemunho de presença (vida íntegra e de serviço) como pré-evangelização; (2) testemunho verbal do “plano da salvação”; (3) batismo: integração dos convertidos à igreja; (4) discipulado; (5) envio do discípulo para testemunho de presença (vida íntegra e de serviço) como pré-evangelização e testemunho verbal do “plano da salvação”.

Nesse paradigma, a salvação é eclesiocêntrica e se resume à conversão pessoal e individual: salvo é todo aquele que crê na mensagem do evangelho, se arrepende para a remissão de seus pecados, e passa a viver integrado na comunidade cristã, sob os imperativos éticos do evangelho e o compromisso de propagar e difundir a mensagem de salvação. Uma derivação deste paradigma ocorre quando se acrescenta o conceito de plantar igrejas, mas ainda assim o conceito de missão fica atrelado à igreja e sua expansão.

O paradigma da Grande Comissão é uma teologia da missão baseada em conceitos como: salvar almas, aceitar Jesus como Salvador pessoal, evangelismo pessoal, testemunho verbal, primazia da evangelização (compreendida como anúncio verbal) sobre a responsabilidade social, plantar igrejas, expansão missionária,e crescimento da igreja.

O paradigma da missio Dei tem origem em Karl Barth, na Conferencia Missionária de Brandemburgo em 1932. A influência do seu pensamento atingiu o auge na Conferência do Conselho Missionário Internacional ocorrida em Willingen (1952). De acordo com David Bosch (Missão transformadora. São Leopoldo, RS: Sinodal, 2002), “foi lá que a idéia (não o termo) da missio Dei emergiu, pela primeira vez, de maneira clara. Compreendeu-se a missão como derivada da própria natureza de Deus. Ela foi colocada, pois no contexto da doutrina da Trindade, não da eclesiologia nem da soteriologia. A doutrina clássica da missio Dei como Deus, o Pai, enviando o Filho, e Deus o Pai e o Filho, enviando o Espírito foi expandida no sentido de incluir ainda outro ‘movimento’: Pai, Filho e Espírito Santo enviando a igreja para dentro do mundo”.

O novo paradigma da missio Dei descarta a idéia de missão restrita ao discipulado individual e supera o reducionismo da salvação como livramento dos indivíduos das penas eternas. A igreja não é para o mundo, nem mesmo espaço de fuga do mundo, mas o próprio movimento de Deus para dentro do mundo, e nesse sentido, igreja com o mundo. A missio Dei se relaciona com a missão da igreja fazendo desta última a comunidade solidária com o Cristo encarnado e crucificado, bem como ressurreto e exaltado: igreja como plenitude da humanidade e epifania. Bosch conclui que “o propósito primeiro das missiones ecclesiae não pode, por conseqüência, ser simplesmente a implantação de igrejas e a salvação de almas; pelo contrario, ele deverá ser o serviço à missio Dei, representar a Deus no e diante do mundo (…) Em sua missão, a igreja é testemunha da plenitude da promessa do reino de Deus e é partícipe da batalha contínua entre esse reinado e os poderes das trevas e do mal”.

Desenvolvendo e dando contornos práticos ao conceito da missio Dei, Wesley Ariarajah, do Sri Lanka, acredita que não podemos “compreender a missão simplesmente como uma mensagem que trazemos ou atividades que fazemos no mundo, mas como participação com Deus e todos os outros ao trazer cura e integralidade, justiça e paz, reconciliação e renovação no mundo” (Hope S. Antone. Rumo a um novo paradigma nos conceitos de missão. Theologies and Cultures, vol V, no.2, December, 2008). Ariajarah sugere quatro aspectos da missão: os agentes e o objetivo da missão, a natureza da comunidade da fé em missão, e o conteúdo da missão. Antone acrescenta um quinto aspecto: o espírito da missão.

O paradigma da missio Dei implica a afirmação de que “cristãos estão em missão porque Deus é “de antemão presente e ativo no mundo, atraindo-o a si mesmo”, conforme Ariarajah. Deus é o principal agente da missão, e a executa através de muitas maneiras, não necessariamente exclusivamente debaixo do guarda-chuva da igreja. A participação de Deus no sofrimento humano extrapola a ação dos cristãos e “coloca esta amorosa, cuidadora, julgadora e apaixonante presença e missão de Deus no coração de todos os afazeres humanos, independentemente de suas ambigüidades”, diz Ariajarah. Deus age através da igreja, com a igreja, além da igreja, apesar da igreja, e, de quando em vez, contra a igreja.

Caminhando um pouco mais, compreendemos também que o objetivo da missão não pode se restringir a “ganhar almas e plantar igrejas”, pois o conceito de conversão deve ser ampliado da mera adesão a uma outra religião, passando a ser considerada como profunda transformação que exige o engajamento do convertido na missio Dei, afim de promover salvação, libertação, reconciliação e restauração de toda a criação, e não apenas de pessoas/indivíduos. “O novo paradigma de missão vê a conversão como a atividade transformadora do Espírito nas vidas de indivíduos e comunidades, para uma vida orientada para Deus e o próximo, comenta Hope S. Antone.

Um terceiro aspecto do novo paradigma diz respeito à natureza da comunidade de fé em missão. O paradigma tradicional, que objetiva a conversão de pessoas está baseado na sugestão de que os cristãos devem ser maioria para que mudanças no mundo sejam percebidas. Esta noção pode receber pelo menos três senões: confunde tamanho com força, acredita no ultrapassado princípio positivista do progresso – mudar o mundo, e desconsidera as imagens bíblicas para a igreja.

O êxito da missão não deve ser avaliado a partir do “aumento do número de conversões, batismos ou igrejas construídas como medidas para determinar o sucesso – mas sim o quão bem-sucedidos temos sido ao mostrar o abrangente amor de Deus de tal modo que a comunidade e o mundo em que vivemos possam se tornar muito mais amorosos e justos, como foi o planejado por Deus”, acredita Antone.

O conteúdo da missão deve transpor a barreira “de assuntos meramente doutrinários para abordagens espiritualmente profundas”. Ariarajah acredita que “a missão que é baseada nos usuais apelos cristãos de exclusividade ou superioridade e absoluta posse da verdade não tem futuro”, pois “na realidade, tal posição apenas cria mais rivalidade e animosidade entre os adeptos de diferentes religiões”.

A igreja não é apenas portadora de uma mensagem, mas advento de um novo tempo. A igreja é sinal histórico do reino de Deus. Sua presença no mundo deve ser uma expressão clara de que o reino de Deus chegou. Por trás do “clamor por uma justiça econômica, paz e reconciliação genuínas, liberdade da violência e opressão e por condutas justas nas relações internacionais, está uma busca espiritual profunda”, diz Ariajarah, e justamente por isso a igreja oferece não apenas uma nova mensagem, mas a si mesma como sinal de um novo mundo (a se consumar na eternidade).

Antone sugere ainda que há necessidade uma outra mudança na forma de compreender a missão. A respeito do espírito presente por trás da metodologia ou prática de missão, defende a solidariedade genuína com as pessoas em suas necessidades humanas reais, em detrimento da mera ação proselitista.

É urgente a troca do verbo “converter” para “servir”. Os cristão não fomos chamados a convencer pessoas a respeito da vida e obra de Jesus através de argumentos persuasivos, mas a demonstrar Jesus com nosso estilo de vida. O Cristianismo não é um conjunto de ideias – uma ideologia que se espalha pelo discurso, mas uma pessoa, que se expressa através do amor e do serviço dos seus seguidores.

À luz dessas reflexões e influenciado pelo movimento de Lausanne e a chamada teologia da missão integral, creio que a igreja – compreendida inclusive e principalmente como comunidade local, está a serviço do Deus em missão, e deve ser um sinal histórico do reino de Deus, levando o evangelho todo para o homem todo, promovendo e protagonizando os frutos do ministério terreno de Jesus: salvação, libertação e restauração integrais, no poder do Espírito Santo, para a glória de Deus.

Autor: Ed René Kivitz
extraído: midia gospel
estudo recebido por email

O PRINCÍPIO DE TUDO, A CRIAÇÃO DO MUNDO


Foto/Imagem O Principio de tudo, A Criação do Mundo Estudos Biblicos

“No principio criou Deus os céus e a terra” Genesis 1:1

Essa é a informação no Manual do Fabricante sobre o inicio da criação registrado de forma sucinta no livro de Gênesis. No princípio... Deus criou os céus... E por fim a terra. Habitamos numa galáxia chamada via láctea, de forma espiral um gigantesco aglomerado de nada menos do que 100 bilhões de estrelas. Nossa galáxia tem um diâmetro de 100 mil anos luz, ou seja, se pudéssemos navegar em uma espaçonave de um lado a outro da galáxia, viajando a velocidade da luz, (300, 000 km por segundo) 100 mil anos luz na medida de 365 dias, observe: Um minuto tem sessenta segundos; uma hora tem sessenta minutos logo 60X60= 3.600 segundos. Um dia tem vinte e quatro horas, e uma hora tem 3.600 segundos logo 24X3. 600=86.400 segundos. Um ano tem 365 dias sendo que um dia tem 86.400 segundos chegamos à conclusão de 31.536.000.

A velocidade que a luz percorre o espaço é de 300.000 kilômetros por segundo. Isso significa que: 31.536,000X300. 000, a distancia exata de um lado a outro da galáxia é 9.460.800.000.000 de Kilometros. Se é que consegue compreender a dimensão, dessa distancia. Dentro dessa imensidão de estrelas, ao qual o nosso sol é uma entre as 100 bilhões que existem, o nosso planeta terra cabe dentro do sol 1 milhão e trezentas mil vezes. A maior estrela da nossa via láctea é ANTARES. (Ela possui um diâmetro de 241 milhões e 350 mil kilometros; para ser ter uma idéia cabe todo o nosso sistema solar o sol, a terra e os demais planetas dentro dela).

Bem isso realmente é colossal. Imagine que se estivéssemos no núcleo de nossa galáxia, há 30 mil anos luz de distancia do nosso sistema solar numa estação espacial, teríamos que fazer o seguinte levantamento cartográfico: Aumentar um pequeno segmento do braço da espiral, onde se encontra o nosso sistema solar, em cerca de 40 vezes.

Então o sol e os planetas seriam vistos apenas como manchas microscópicas, perdidas num amontoado de estrelas e nuvens enormes de poeira estelar. Em seguida precisaríamos cartografar essas nuvens gasosas aumentando em 625 vezes, assim, o sol, que está a 30 mil anos-luz do centro da galáxia poderia ser visto, justamente com as estrelas mais próximas. Diz o Manual do Fabricante:

"Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz". (Salmos 19:1-3)

Bem, considerando que a nossa galáxia Via láctea é apenas uma dos bilhões que existem no universo, fazendo as contas, 100 bilhões de galáxias vezes 100 bilhões de estrelas, existem 10 centilhões de estrelas, ou seja, o numero dez, (10) seguido de 21 zeros. Essa estimativa só leva em conta o que os astrônomos chamam de universo visível, ou seja, aquele cuja luz chega até nós. Evidentemente, os astrônomos não passam o tempo descobrindo e contando estrelas. Isso seria uma tarefa impossível.

Portanto, crer em Deus é uma questao de lógica, não uma questão de fé acreditar que tudo que ai está foi criado pelo acaso é o mesmo que acreditar que aconteceu uma explosão numa tipografia e surgiu um dicionário. Pense nisso!
Autor: Pedro Luiz De Almeida
extraído: mídia gospel
recebido por email

O PASTOR DE TEMPO INTEGRAL E O MINISTÉRIO PASTORAL


Foto/Imagem O pastor de tempo integral e o ministério pastoral. Estudos Biblicos
A Igreja, a crise institucional, o pastor de tempo integral e a política secular.

Vivemos num tempo muito confuso. Em nenhuma época da história se viu tanta agitação em todas as áreas da esfera social. Vivemos tempo de intensas crises institucionais afetando de uma forma direta o cidadão gerando distúrbios sociais que os sociólogos denominam de “fadiga institucional”.

Há um cansaço nas grandes instituições, gerando uma fobia e desalento no coração das pessoas que dependem delas para viver; há um visível fracasso dessas instituições sociais, pois elas não estão cumprindo com eficácia a sua missão social (A motivação e a segurança de quem dela depende para sustentar suas familias).

Esse processo tem se avolumado nessa década. A igreja como instituição divina, brota da revelação, mas é também uma instituição humana (uma pessoa Jurídica, uma associação sem fins lucrativos) E têm uma missão fundamental nesses tempos de crises sem, no entanto ser afetada pela crise no seu aspecto humano, pois centenas de famílias dependem dela como instituição terrena, nesse caso, os pastores de tempo integral que sustentam suas famílias através dela... Nada contra o subsidio pastoral, o apóstolo Paulo disse que obreiro é digno de seu salário.

I Corintios 9:14

A grande pergunta que nos inquieta a todos é a seguinte: Qual é a missão da igreja como instituição terrena nesse contexto social aflitivo? Onde impera a desordem e o caos social, ela tem que ser voz profética, por um lado através de seus porta voz os pastores como instituição divina deve orientar o povo e ensinar a palavra de Deus e encontrar a resposta para as crises existenciais, aliviando o cansaço daqueles que são vitimas de um sistema adoecido, nesse caso, as famílias que freqüentam os cultos (Mateus 11:28)

Por senso de missão, a igreja. tem que denunciar os desmandos de uma liderança política abusiva e errada;há de ser voz profética; o seu interesse maior deve ser o reino de Deus e suas prioridades, a verdade do evangelho no contexto social. A igreja nesse contexto tem que assumir o papel social de ser o sal da terra, a luz do mundo.

Como evitar que essa “fadiga institucional” afete a instituição igreja “em seu aspecto humano”?

Como instituição divina, apesar das ambigüidades humanas, ela tem que ser igreja no meio do caos, como voz profética, combatendo a inércia do povo e ao mesmo tempo combatendo a corrupção no meio político, denunciando os desmandos e o pecado que permeia na sociedade, que produz o cansaço nas instituições. Ela não pode sofrer as conseqüências desses desatinos e perder o foco de sua missão”.

Devemos nos posicionar dentro dos seguintes temas que envolvem diretamente a igreja como instituição divina, mas que também é de composição humana sendo também uma instituição terrena.

Consideremos o Nascedouro da igreja, no seu aspecto divino como ela surgiu e a forma como se institucionalizou neste mundo.

A primeira referência de Jesus sobre a igreja no seu aspecto divino, foi quando ele se dirigia a Jerusalém a caminho de Cesárea, a região mais paganizada de Israel. Lá se estabeleceram os seleucidas, descendentes dos Persas.

Por cerca de um século depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício de suas instituições religiosas.

A Judéia era dirigida pelos sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo.

A geração que precedera esse histórico de armações e esquemas políticos prevalecera e se instituiu a cultura pagã no meio dos judeus que habitavam ali. Entre tantas seitas no decorrer da ocupação de reinos, com a mistura do paganismo grego vieram os herodianos, daí o nome Cesárea de Felipe, pois Herodes deixara aquela região para um de seus sobrinhos.

Os herodianos criam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos. Seu nome foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua época.

Os herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa. E é nesse cenário geográfico e cultural, no meio de um povo sem verdadeiras raízes judaicas é que Jesus faz a sua primeira referencia sobre a igreja; os moradores daquela região assimilaram uma cultura de que o sagrado deveria sempre estar diretamente envolvido em esquemas políticos.

Quando Jesus chegou à Cesárea de Felipe, interrogou os seus discípulos acerca do que os homens diziam Dele, quem Ele era. (Mateus 16) Os seus discípulos disseram que uns diziam que era João Batista, outros Elias, e outros Jeremias. Então Jesus perguntou aos seus discípulos: "E vós, quem dizeis que eu sou?". Então lhe respondeu Simão Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Então Jesus lhe disse: "Bem-aventurado és tu, Simão Bar Jonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus”.

Mateus 16.13-17.

Depois disto Jesus ainda disse a Pedro: ... “Pois também eu te digo que tu és Pedro, (petros-Definição grega, pequeno pedregulho) e sobre esta Pedra (referindo se a Si mesmo “Petra-Definição grega, Pedra grande que consolida”.) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Jesus chamou Simão de “pedra”, e Ele mesmo também de “Pedra”. Jesus em muitos lugares das Escrituras é chamado de “Pedra”: para se cumprir a profecia de Daniel "Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo são o sonho, e fiel a sua interpretação”.

Daniel 2.44-45.

Por mais que nós evangélicos não aceitemos essa questão de Pedro ser pedra, ele também o é na construção desse grande edifício espiritual que é a igreja. Veja sua afirmação sobre essa posição “... vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifício espiritual agradáveis a Deus por Jesus Cristo”.

I Pedro 2:5

Não foi a toa que Jesus fez sua primeira referência sobre a igreja a caminho de Cesárea. Essa foi à região mais paganizada de Israel, dali surge à revelação a igreja (Iklesia) )(tirados para fora) ; há de ser igreja no meio do paganismo; há ser luz para iluminar os povos; há de ser igreja no meio de esquemas corrompidos e mundanos, mas não se fundirá a isso... Está acima disso, será a voz a ser ouvida sem contaminar-se com isso. Portanto, a igreja brota da revelação divina, mas é de composição humana e tem que viver com essas ambigüidades sem, no entanto mesclar-se nisso. Portanto a igreja tem um papel fundamental nesse tempo da graça, nessa atual dispensação. Ela há de sobreviver como igreja em sua missão de transmitir integralmente a Palavra de Deus, (revelação divina) em meio ao paganismo e ao caos social que ai se instalou e ser fonte motivadora para tirar o homem do pecado e das conseqüências decorrentes disso.

A igreja brota da revelação, mas é de composição humana, assim sendo, ela necessita que seus pastores se dediquem em tempo integral a esse mister sagrado. Que seus pastores que a defendam em tempo integral. Que proclamem o evangelho, e estejam 100% comprometidos com a fonte da revelação para transmitir com eficácia a mensagem deo evangelho, isso porque, ela (a igreja), representa o reino de Deus na terra. Em outro aspecto que precisamos entender é sobre o reino de DEUS. Ele (O reino de DEUS) não é deste mundo; e esse reino não está entre nós com visível aparência, visto que está em nós. No Evangelho de Lucas o SENHOR JESUS disse: “... Porque o reino de DEUS está dentro de vós” – (Lc 17.21).

Se estiver dentro de nós significa que o reino precisa estar de uma forma completa, impregnando a nossa vida. Deve ser a nossa respiração, a nossa fonte maior de motivação. O reino deste mundo oferece outros valores, outra mentalidade

Isso nos leva o um segundo aspecto onde devemos fazer uma profunda avaliação da missão pastoral com relação à função nela exercida, no caso, o ministério pastoral em tempo integral e suas implicações e a qualidade desse tempo que se dedica a ela. Em outro aspecto também importante o tempo que se dedica à política secular ( especificamente um cargo publico). Pois tanto um como o outro exige-se uma completa entrega e absorção total.

O interesse do reino de Deus vem na contra mão da história. Quem anda na contra mão vai se chocar com alguém. E isso que verdadeira igreja tem feito durante todo o tempo que vem pregando a mensagem do evangelho durante os séculos desde que ela surgiu no cenário histórico.

Está se chocando contra os falsos valores que permeiam este mundo; e é inevitável o confronto. Portanto, vamos avaliar o seguinte:

Os pastores em tempo integral, cujas funções está em cuidar do bem estar do povo de Deus nos seus múltiplos aspectos ( a vida espiritual da comunidade ensinando os princípios do evangelho que é sua missão prioritária, orientando seus membros membros a sobreviver à fadiga institucional provocada pelo pecado) e alimentar o povo de Deus com a revelação da palavra, pregando e preservando a saúde emocional e espiritual das ovelhas, cultivando e aplicando os valores do reino de Deus na vida familiar.

Portanto, os pastores que estão em tempo integral devem estar absorvidos com a mensagem do reino de Deus, e com a fonte de alimento, (Palavra de Deus) ,que daí brota a revelação.

Não sou contra a política secular na igreja. Homens como Daniel, Esdras Neemias, Isaias entre outros, foram de suma importância no contexto da história bíblica e cumpriram fielmente sua missão profética e política. Eles eram profetas e estadistas, e viveram em outro contexto histórico, e não pastoreavam igrejas, pois nesse tempo ela não existia, era uma figura profética.

Pode um pastor de tempo integral assumir cargos públicos e ser eficaz nesse mister;qual a opinião de Paulo a respeito disso?E essa é a opinião dele quando se reportava a Timóteo a seguinte advertência. “Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente”. II Timóteo 2:5-6.

Há na igreja local pessoas chamadas e vocacionadas para exercer a política secular, dando uma excelente contribuição, até mesmo para lutar pelos interesses da instituição no seu aspecto humano, não no seu aspecto divino. A igreja como corpo de Cristo não precisa de advogados, Jesus é o Senhor da igreja e ele é suficientemente capaz de defende-La mesmo diante das mais severas perseguições (as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo). A história comprova esse fato.

Ação Social e cidadania-Uma missão especifica da igreja, através de pessoas vocacionadas para esse mister.

Na verdade, não vejo nenhum problema de estarmos envolvidos com as questões sociais desse mundo. O grande problema é quando isso ocupa o lugar do ministério pastoral para aqueles que dedicam o tempo integral e dele recebem seus salários. Creio que temos muita gente dentro do púlpito e fora do púlpito realmente vocacionada para essa missão, mas porque que então alguém assim não se dedica a uma coisa única e não as duas? A missão pastoral exige um engajamento e um comprometimento profundo com a revelação da palavra de Deus, para tratar a saúde emocional do povo de Deus, além do mais a instituição os paga para isso, em alguns casos, recebem excelente remuneração. Para isso o pastor em tempo integral exerce o ministério da Palavra e ganha para isso. Os apóstolos no inicio da igreja em Jerusalém chegaram a essa conclusão, pois resolveram escolher diáconos para ajudar socialmente o povo em suas necessidades físicas. “E os doze, convocando a multidão dos discípulos disseram: Não é razoável que nos deixemos à palavra de Deus e sirvamos as mesas. Escolhei, pois irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre esse importante negócio”,

Atos 6:2-4.

Muitos pastores possuem uma vocação para esse tipo de causa. E exercem com muita seriedade e integridade, mas então, que se dediquem a isso de forma integral e deixem o púlpito, e permaneçam na vocação e no dom que receberam. O apóstolo Paulo recomenda exatamente isso:

“Tendo, porém diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério. Dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmerece-no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligencia; quem exerce misericórdia, com alegria.” Romanos 12:3-8.

Ou deixem o púlpito e abrace a tribuna como vocação. A tribuna é fria no seu aspecto pragmático da lógica humana, o púlpito é quente na revelação da palavra de Deus. Temo que o calor do púlpito com a frieza da tribuna deixe morno para quem realmente é vocacionado para o ministério pastoral. Jesus disse a igreja de Laodicéia em uma das cartas dirigidas à igreja do tempo do fim, isso porque creio que vivemos a época de Mornidão espiritual, o ultimo estágio da igreja na terra, veja essa clara advertência.

““... Conheço as tuas obras, que nem és quente e nem frio. Quem me dera fosses frio ou quente! “Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te de minha boca;...” Apocalipse 3: 16.

Repito; e que fique claro; quem tem vocação política que use a tribuna com sabedoria para criar leis e negociações que exige a arte de fazer política com sabedoria de Deus ..

Uma pessoa correta, que vai defender o interesse de toda comunidade que votou nele, não apenas um segmento dessa sociedade, criando leis e aprovando no legislativo para que o executivo as cumpra em beneficio do bem estar comum. (penso que deve ser assim). Portanto o político é muito bem remunerado e assessorado para se dedicar de tempo integral; não é um trabalho voluntário.

Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa, Portanto, quem se utiliza do púlpito para alimentar o rebanho de Deus e se dedica em tempo integral, é pago pela comunidade para esse fim, deve se dedicar ao calor do altar e manter a chama viva com as coisas do alto (Colossenses 3:1) Isso porque ser político é uma vocação, além do mais, recebe remuneração para exercer essa função, e são pagos muito bem devido às responsabilidades implícitas no cargo publico.

O pastor em tempo integral, também é pago (em alguns casos muito bem... em outros casos... nem sempre, mas enfim... recebem para isso, porque o ministério pastoral antes de ser uma profissão é uma vocação. O ministério pastoral é um cargo que deve ser exercido pelo amor do serviço ao reino de Deus.

A verdade é que um pastor em tempo integral recebe um subsidio da igreja para se dedicar em tempo integral a ela. Teria ele tempo para aquecer o altar com a chama da revelação? Visitar seus membros? Orar com eles? Ser o padrão dos fiéis no trato na fé e na pureza? Teria ele tempo para buscar orientação para o seu rebanho nos tempos de crises? Orientar da forma bíblica as grandes questões sociais de geram o cansaço nas instituições? Dar força ao cansado? Sarar as feridas emocionais de sua congregação? Com todas as funções pastorais tais como; batismo, oficio fúnebres, casamentos, mesmo assim ocupar uma tribuna no legislativo?

E a tribuna?

Teria que compor com partidos, fazer negociações para as emendas, ser imparcial para um bem estar conjunto da sociedade que o representa. Visitar as suas bases de apoio, participar de comissões especiais quando assim o seu partido o convocar apresentar projetos de leis que beneficiem a sociedade como um todo sendo imparcial em seus projetos, participar de eventos, ouvir sua base nas convenções do partido, se envolver com eleições publicas, vigiar muito para não cair em armações políticas que visem o beneficio próprio à custa do dinheiro publico, Preparar-se para as correrias de uma eleição que termina o cargo eletivo começam as eleições dos cargos do Estadual e Nacional e quer queira ou não o político não pode estar alienado dessas questões.

Parece-me um contra-senso, não fazer nem uma coisa e nem outra como deveria por uma questão de prioridades que cada oficio exige.

Não seria mais eficaz a igreja em ser pastor Em Tempo integral? Não beneficiaria muito mais o seu povo, em vez de se mesclar com outros assuntos? Não Estaria como pastor sendo muito mais útil ao seu povo, já quem decide é o próprio povo nas eleições majoritárias na escolha dos candidatos ao cargo publico? Pensando nisso, nenhum membro de igreja num bom senso comum, observando criteriosamente por esse ângulo, votaria em um pastor em tempo integral, mas isso não o impede que a igreja indique homens sérios e vocacionados em sua membresia vocacionados para fins politicos de se candidatarem a cargos públicos. É função pastoral pedir orientação a Deus para escolher homens de Deus vocacionados para a política secular para serem eleitos pela igreja para representarem bem os interesses da comunidade perante a sociedade no legislativo e quiçá no executivo.

Estar fazendo ambas as coisas, sem querer julgar ninguém, isso me cheira ganância e desejo de poder, e ambição descomedida, e fazer isso em homem de Deus é mais vergonhoso alem de tudo isso é escandaloso.

“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos de rebanho.” I Pedro 5:2.

O Pastor de tempo integral, além do critério de ser chamado e vocacionado para o ministério pastoral, tem o dever por uma questão de bom senso e ética e respeito por aqueles que pagam seus subsídios pastorais de exercer bem o seu ministério, isso sem falar as responsabilidades diante de Deus, onde vai ter que prestar contas a Deus de seus dons e responsabilidades que lhe foram impostas.

O reino de Deus exige prioridade do Reino e dedicação dos seus ministros em tempo integral. Esse é o posicionamento da Palavra de Deus concernente a esse assunto.

“Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que viva do evangelho... Mas esmurro o meu corpo e o reduzo á escravidão, para que, tendo pregado aos outros, não venha eu mesmo as ser desqualificado”.

I Corintios

9: 14-27.

Nele em quem somos vocacionados para realizar uma grande obra, o pastorado em em tempo integral. (Efésios 4:1)

Autor: Pedro Luiz Almeida
extraído: mídia gospel
estudo recebido por email

O QUE FAZER COM A FRUSTRAÇÃO ?


Frustração é a ação de impedir que um ser atinja o objetivo ao que tende pela sua própria dinâmica. Estado em que se encontra o organismo quando depara com um obstáculo mais ou menos importante no caminho que o leva à realização completa de um comportamento.

O pior é que frustração detona uma serie de sentimentos nocivos. As frustrações que advém a nossa vida despertam volições quais a raiva é uma espécie de gatilho que detona distúrbios emocionais que afligem a alma.

São muitas as coisas que nos frustram. Falta de dinheiro para adquirir um produto. Quando você faz um negócio esperando resultados positivos e alguém te prejudica. Uma festa que você aguardava, mas não foi convidado. A falta de reconhecimento profissional, não se sentir correspondido, um sentimento de querer sem ser querido.

A verdade é que a frustração pode nos levar a uma autocomiseração o de sentirmos –nos diminuídos com a nossa auto-estima baixa. Perder uma oportunidade de emprego ao qual almejava. Se isso não for imediatamente resolvido através de atitudes certas vai desencadear um mal maior.

Embora o terreno das frustrações possa ser vasto – inclui todos os tipos de dificuldades que o ser humano está sujeito –, no âmago de cada frustração encontra-se uma estrutura fundamental: o choque entre um desejo e uma realidade imutável.

“Eu queria isso, mas a realidade é outra”. O cenário de minhas expectativas foi radicalmente mudado em outra geografia. O que fazer? Imediatamente dar a volta por cima através de uma decisão de não deixar que sentimentos medíocres me invadam a alma. É como fazer uma barreira na minha mente com assertivas praticas para conter e fazer uma represa das frustrações que poderão se tornar numa inundação de ressentimentos de ira e magoas.

Você tem que entender que urgente trabalhar com as perdas e as frustrações e fazer dessas coisas ferramentas para buscar o amadurecimento espiritual e emocional para viver acima da mediocridade. Algumas coisas a pensar diante de uma frustração:
A vida é cíclica

Crie esse condicionamento mental, isso é de suma importância, pois o momento em que frustrações nos atingem são quando nossas expectativas referentes aos nossos sonhos são almejados com todas as forças do ser. Há coisas para determinados ciclos da vida que não se encaixam no momento em que pensávamos que se encaixariam. Você vai amadurecer com a aparente derrota de uma expectativa frustrante. Pense: “Não era meu momento” Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Teu momento vai chegar. Pense como agiu Calebe; quais foram às expectativas dele com relação à conquista da terra prometida. Os Espias deram um relatório negativo da terra exceto Josué e Calebe. Veja como Ele tratou a questão cíclica durante 40 anos que teve que adiar seu sonho de conquistar o Hermon. :

“Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela”.

(Nm 13:30). Apesar de todo seu entusiasmo e dedicação Deus puniu a nação adiando o sonho da posse da terra para mais 40 anos. Deus prometeu que no futuro por causa da atitude de Calebe ele receberia sua porção no tempo certo. Calebe entendeu e confiou em Deus, pois a vida tinha lhe ensinado que ela é cíclica. 40 anos mais tarde ele pode tomar possa da promessa da conquista da terra. “Salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá, e a terra que pisou darei a ele e a seus filhos; porquanto perseverou em seguir ao Senhor”.(Dt 1:36)
A Vida é uma escola

Frustrações na vida são inevitáveis.

Quem melhor assimila essa verdade são os poetas que aprendem a destilar poemas das frustrações e das decepções na vida. Se a vida é uma escola é porque Deus nos prepara para projetos que são maiores que nossa existência terrena. Pense na vida como um vestibular para a eternidade. Pense no ser eterno que somos e que nossa breve vida terrena é apenas um tempo, e que a eternidade com seus mistérios aguardam os que forem aprovados e aprendem a extrair as lições que a vida nos ensina e nos prepara para a eternidade. A vida quer nos ensinar a ser feliz, isso porque A felicidade é estado de ser. Não é algo a ser alcançado tem tudo a ver com o estilo de vida que se leva. É um sentimento de bem estar consigo mesmo. Você constrói a felicidade no coração, o centro das decisões de tua vida. Um mergulho introspectivo dentro de você mesmo para fazer avaliações dos sentimentos que nos habitam.

A felicidade não tem nada a haver com idade e nem com estado físico em que se encontra, mesmo doente é possível experimentar a felicidade.

Ser feliz é saber coordenar os sentimentos e extirpar sentimentos, frustrantes aqueles que trazem destruição emocional que como enxurrada da chuva querem te levar ao caos existencial para você perder a fé e a esperança.

Ser feliz é extrair das pequenas coisas grandes emoções. Ser feliz é nunca desistir de quem te ama e mesmo quando as coisas derem erradas transformar os erros em lição de vida.
Frustrações na vida são inevitáveis

Pense que enquanto viveres por aqui você se decepcionará com alguém e geralmente as frustrações acontecem com as pessoas aos quais mais amamos.

Não deveria ser assim, mas é. Tanto quanto amanhã é um novo dia da mesma maneira alguém vai te frustrar.

Somos assim, temos a tendência de nunca agradar, isso porque a causa maior de todas as nossas motivações somos nós mesmos. Essa insatisfação que procede dentro de nossa própria natureza egoísta, frustra-nos a nós mesmos quando pensamos em ter atitudes altruístas e às vezes nos quedamos surpreso e decepcionados por causa da nossa vã consistência.

Bem se é para me conformar diante das frustrações acho que esses argumentos são suficientes para entendermos que precisamos ser bons alunos na escola da vida.

As frustrações vem sobre dois tipos de pessoas no mundo. As fracas e as fortes. Ao fracos, restam o isolamento, auto comiseração e a amargura e o julgamento e deixar-se vencer por esses sentimentos medíocres e passar por essa vida sem perceber a beleza das cores assistir os acontecimento do mundo em preto e branco. A melhor coisa para os fracos é ir morar no lado escuro da lua. Para os fortes é a grande oportunidade de amadurecer. Os fortes aprenderão a arte da tolerância, da paciência, do perdão. Os fortes avaliarão o outro lado das perdas. Como um escultor que da forma ao mármore frio pelo cinzel, os fortes esculpirão suas personalidades, tendo coragem para viver e humildade para vencer. Lembrem-se As frustrações são obstáculos imprevisíveis para você ver as belezas da vida na adversidade e nas contrariedades.

Nele, o único que não nos frustra e nos ensina a graça de superar frustrações.

Autor: Pedro Luiz De Almeida
extraído: mídia gospel
recebido por email