30/11/2013

O CULTO FAMILIAR




No ano de 2010, depois de uns dias hospedados na casa dos pastores Abe e Andrea Huber, da Igreja da Paz de Fortaleza/CE, eu e minha esposa voltamos, entre tantas coisas, impactados pela prática (desta família exemplar) de um princípio tão simples, e ao mesmo tempo tão poderoso e profundo: o culto em família.

Até então eu não ignorava este conceito, pois cresci num lar cristão que conhecia esta prática (embora na casa de meus pais fosse algo mais esporádico) e em nossa própria casa já havia feito o culto doméstico, embora não com a intensidade e frequência que deveria. Às vezes orávamos juntos, outras vezes louvávamos juntos a Deus e em outras ocasiões compartilhávamos as Escrituras, embora raramente fazíamos tudo isto junto. Contudo, depois de participarmos de um destes cultos com a família Huber, Kelly e eu sentimo-nos muito encorajados e seguimos o conselho do irmão Abe de tentar realizar este culto doméstico cerca de cinco vezes por semana (a exceção fica pelos dois dias em que já cultuamos juntos: um na celebração do domingo e outro na célula).

Desde então temos vivido momentos preciosos em família na presença do Senhor, mais do que o que usualmente desfrutávamos. Adoramos juntos a Deus, oramos juntos ao Senhor, nos intercalamos a cada culto repartindo uma porção da Palavra e algum testemunho… e acreditamos que, num ambiente diário desta prática do culto familiar (além do momento devocional de cada um), é quase impossível que o diabo consiga ferir esta família!

E desde então, não apenas temos nos dedicado a ter nosso culto familiar, como também, sempre que hospedamos alguém em casa os convidamos a participarem desse nosso momento tão precioso, esperando que isto também os encoraje a começarem a fazer o mesmo!

Precisamos praticar este princípio do culto em família. O que compartilho a seguir são fragmentos de outros estudos bíblicos, principalmente “A Vida Espiritual da Família” (que já havia publicado em nosso site). Porém, tentei reorganizar e editar a exposição de alguns princípios, de modo a fazer mais sentido na visão do culto familiar que estou abordando aqui.
Exercer liderança espiritual no lar não exige apenas ter um culto com horário específico ou dia marcado, é atividade a ser exercida sempre, em diferentes situações. Mas a prática de um culto em família auxiliará, e muito, a vivência deste princípio.


CULTUAR JUNTOS NAS CELEBRAÇÕES PÚBLICAS Devemos desenvolver o hábito de cultuar a Deus em família, o que envolve – primariamente – o ir juntos à Casa do Senhor, como vemos acontecendo desde os dias do Velho Testamento:


“Todo o Judá estava em pé diante do Senhor, como também as suas crianças, as suas mulheres e os seus filhos.” (2 Crônicas 20.13)

“No mesmo dia, ofereceram grandes sacrifícios e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe.” (Neemias 12.43)

Elcana subia com toda a sua família para adorar ao Senhor (1 Sm 1.1-5). Acreditamos que pais cristãos devem levar seus filhos à igreja. Mesmo que ela não seja perfeita (e não é, porque não existe igreja perfeita!), é melhor que eles cresçam num ambiente que exalta ao Senhor e Sua 

Palavra do que num ambiente mundano que exalta o pecado e os prazeres da carne.
Lemos no Evangelho de Lucas que os pais de Jesus o levaram ao templo para consagrarem-no ao Senhor (Lc 2.22-24), depois há registros de que o fizeram por ocasião da Festa da Páscoa quando ele estava com 12 anos (Lc 2.41-43), mas a maior evidência de que Jesus cresceu exposto ao ensino da Lei na Sinagoga era o conhecimento que Ele trazia (como homem) das Escrituras.


CULTUAR JUNTOS NAS CASAS E GRUPOS MENORES Cultuar ao Senhor em família não envolve somente as celebrações públicas da igreja, mas também deve abranger as reuniões nas casas (nós, particularmente, denominamos estas reuniões nas casa de “células”). A Igreja do Senhor Jesus, desde o início, também se reunia nas casas:


“E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” (Atos 2.46,47)
Além dos encontros públicos (como o que se dava no pátio do templo), era nas casas que a Igreja de Cristo não só partia o pão (seja a ceia do Senhor ou os ágapes – as festas de amor) como também louvava a Deus e ganhava outras pessoas para Jesus. Era nas casas também que a palavra do Senhor era pregada:


“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo.” (Atos 5.42)

“…não me esquivei de vos anunciar coisa alguma que útil seja, ensinando-vos publicamente e de casa em casa.” (Atos 20.20)

CULTUAR JUNTOS EM NOSSA PRÓPRIA CASA Além das reuniões públicas e nas casas, podemos ter reuniões ainda menores. Jesus, por exemplo, falou de dois ou três reunindo-se em seu nome para orar. Creio que devemos cultivar o hábito de ter um culto familiar em nossa própria casa. Foi exatamente isto que aconteceu na casa de Cornélio (At 10.33). A reunião familiar também não precisa acontecer apenas dentro de casa, podemos nos reunir em algum outro lugar (e até mesmo com outras famílias) para buscar ao Senhor:


“Passados aqueles dias, tendo-nos retirado, prosseguimos viagem, acompanhados por todos, cada um com sua mulher e filhos, até fora da cidade; ajoelhados na praia, oramos.” (Atos 21.5)
Lucas revela-nos, no livro de Atos dos Apóstolos, detalhes de um ambiente de busca ao Senhor nas casas daqueles que os hospedavam:


“E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam.” (Atos 21.8,9)
O enfoque das filhas profetizando (como foi predito pelo profeta Joel – Jl 2.28) revela um ambiente de oração e fluir dos dons dentro da casa de Filipe, o evangelista.


ORANDO JUNTOS Penso que além de cobrir a vida dos familiares com oração, o cabeça do lar deve proporcionar um ambiente de oração onde os seus não só recebam oração em seu favor, mas também aprendam a orar uns pelos outros.
Além disso, sempre que possível, a família também deve procurar orar junta, assim como pratica o costume de comer junta. O salmista fala dos filhos à volta da mesa:


“A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa” (Salmo 128.3)
Muitas famílias deixaram de se reunir à volta da mesa para comer cada um no seu canto, na sua hora, ou até mesmo em frente à televisão. Isto é errado! A mesa é um lugar de comunhão! Porque deixamos de praticar muitas tarefas em conjunto, como família, é que hoje nos parece algo tão estranho e desconfortável tentar reunir a família para orar e adorar a Deus.
Uma família cristã deve aprender a prática da oração conjunta. Não quero dizer orar junto o tempo todo, pois a vida de oração e devoção a Deus ainda tem caráter individual, mas isto também deve acontecer no ambiente familiar. Quando uma família ora junto, goza de princípios operando em seu favor que, seus membros, orando sozinhos, não chegariam a experimentar.


“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18.19,20)
A Bíblia mostra que deve haver sintonia natural e espiritual entre a família (o que o apóstolo Pedro aplica ao casal serve também para toda família). Desentendimentos vão roubar o poder de unidade nas orações, que por sua vez serão impedidas:


“Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações.” (1 Pedro 3.7)
Muitos de nós normalmente não paramos para pensar na responsabilidade que temos como pais. Se deixarmos nossos filhos entregues à influência do mundo que os cercam de todos os lados (na escola, na mídia – que envolve televisão, rádio e principalmente a internet – na vizinhança, etc.) e não os levarmos à presença do Senhor para que aprendam a amá-Lo e temê-Lo, poderemos perdê-los espiritualmente (e eternamente).


ENSINANDO E CORRIGINDO OS FILHOS Como pais, temos a responsabilidade de ministrar (e corrigir) nossos filhos no caminho do Senhor:


“E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” (Efésios 6.4)
Quais as consequências de se negligenciar o ensino da Palavra em casa? Juízo divino para o cabeça do lar, além da evidente rebeldia e frieza espiritual que se manifestará vida dos filhos. A primeira palavra profética que Samuel proferiu foi contra alguém que ele certamente amava: o sacerdote Eli, que o criara no templo. E o que Deus disse envolvia a casa dele e sua negligência no sacerdócio familiar:


“Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa; começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei sua casa para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele não os repreendeu.” (1 Samuel 3.13)

O Senhor trouxe advertências anteriores, mas Eli não deu ouvidos. Deus está falando de negligência, aqui. Diz que embora conhecesse bem o pecado dos filhos, Eli não os repreendeu. 

Toda omissão na vida espiritual do lar sempre trará consequências sérias. Davi teve problemas com vários de seus filhos, e se você estudar com calma a história dele, perceberá o quanto ele era negligente em relação a seus filhos. Adonias, assim como Absalão, se exaltou, querendo usurpar o trono. Mas por trás desta atitude de rebelião, a Bíblia mostra a negligência de Davi como líder espiritual em sua casa:
“Jamais seu pai o contrariou, dizendo: Por que procedes assim?” (1 Reis 1.6)
Se não queremos sérios problemas futuros com nossos filhos, muito menos a qualidade do relacionamento deles com Deus comprometidos, então precisamos ser dedicados em ministrar, ensinar e proteger espiritualmente as suas vidas.

Quando temos nosso culto familiar instruímos nossos filhos de forma prática sobre como viver o Evangelho entre seus amigos de escola. Perguntamos e eles abrem o coração sobre suas dificuldades e oramos juntos. Mas também permitimos que eles compartilhem o que estão descobrindo acerca das verdades da Bíblia em seu tempo de leitura e estudo e como podemos viver e aplicar isto em nosso cotidiano.

É claro que não os ministramos só na hora do culto, mas sempre que a ocasião se mostrar necessária. Porém, descobrimos que, em nosso culto em família, temos um dos melhores ambientes para exercer nossa responsabilidade de, como pais, ensinar a Palavra de Deus a nossos filhos:


“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.” (Deuteronômio 6.6,7)

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22.6)

COMO DEVE SER O CULTO? Nossos cultos familiares variam de quinze minutos a mais de uma hora. Depende do dia e do tempo que temos. Mas procuramos manter uma estrutura básica. Eis o que fazemos:

1) Adoramos a Deus com canções e declarações de amor e gratidão. Minha esposa e meus filhos tocam instrumentos musicais (eu só toco sino – e não dá para dizer que faço muito bem!), logo é difícil o dia em que não temos uma boa música. Porém, quando estamos em viagem, longe do violão e do piano, apenas cantamos juntos.

2) Oramos de modo organizado distribuindo os pedidos e alvos de oração e intercessão.

3) Temos um momento de compartilhar da Palavra de Deus. Porém, não é necessariamente uma pregação; é mais um compartilhar que tentamos fazer ser seguido de uma aplicação prática. Embora, por serem filhos de pregadores, nossas crianças gostem de dar o que eles mesmos chamam de uma“pregadinha”. Isto é o que fazemos em nossa casa.

Contudo, cada um deve decidir a forma como conduzirá o culto em sua própria casa. Procurei seguir o modelo que aprendi na casa dos pastores Abe e Andrea Huber, porém, com a liberdade de fazer as adaptações do que, como família, já fazíamos muito bem – como o nosso estilo de cantar, orar e compartilhar a Palavra.

Que o Senhor ajude a cada um a, não somente começar este prática, como também a perseverar nela. Isto será saúde e proteção espiritual para o seu lar!!!

Autor: Luciano Subirá

ONDE ESTIVER O CADÁVER SE AJUNTARÃO AS ÁGUIAS


"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.” (Mateus 24:24-28)

Águia (αετός [grego], נשר [hebraico]) é o nome comum dado a algumas aves de rapina da família Accipitridae, geralmente de grande porte, carnívoras, de grande acuidade visual. Por vezes, dentro de um mesmo gênero ocorrem espécies conhecidas popularmente por gavião ou búteo.

As aves de rapina - ou rapinantes - são aves carnívoras que compartilham características semelhantes: bicos recurvados e pontiagudos, garras fortes e visão de longo alcance. Assim as rapinantes são aves ágeis na captura de seus alimentos: grandes artrópodes, peixes, anfíbios, pequenos mamíferos e pequenas aves. Mas cada rapinante está adaptada para caçar um tipo de animal, ou certo grupo deles. Por exemplo: Abutres, urubus e corvos são aves necrófagas (não caçam, mas alimentam-se de carcaças de animais já mortos), enquanto as águias são aves raptoras, ou seja, capturam suas presas e as levam ainda vivas para o ninho, onde são finalmente devoradas.

Por essa mesma razão, esse trecho do Evangelho segundo Mateus me causa forte impressão, especialmente a parte que relaciona águias a um cadáver. Em condições normais, nunca veríamos águias em torno de um cadáver. Essa é uma atitude típica de aves necrófagas, como o próprio nome diz, comedoras de cadáveres (do grego νεκρός, nekrós = “cadáver”; τρώγων trógon = “devorador de”) como os corvos (no grego κοράκι, koráki), urubus e abutres (do grego όρνιο, órvio).

Duas características das águias tornam essa situação ainda mais estranha: a primeira é que águias (αετός) são seres solitários, não caçam em grupo; a segunda é que águias caçam animais vivos, a ponto de ser grande a probabilidade de sua caça chegar ainda viva ao seu ninho, onde então é devorada pela águia adulta e seus filhotes. Ou seja: enquanto corvos e abutres são responsáveis por limpar a natureza das carcaças de animais mortos, livrando o meio ambiente da conseqüente contaminação, as águias capturam animais vivos para sua alimentação. Portanto, a visão de águias se reunindo em torno de um cadáver é algo terrível, porque é prenúncio de situações terríveis.

A primeira situação terrível é ausência absoluta de alimento vivo – peixes, roedores e aves - uma águia se sujeitaria a disputar pedaços de um cadáver. Transferindo esta visão ao aspecto simbólico espiritual da águia - a alma humana – seria algo terrível como a alma humana mergulhada em trevas, sem acesso ao alimento vivo da Palavra de DEUS e se alimentando de doutrinas mortas, contaminadas, em decomposição, ídolos inócuos e rituais fantasiosos.
A segunda situação terrível é a carência generalizada de alimento saudável. A imagem de várias águias disputando um cadáver retrata uma situação de carência total de alimento saudável, a ponto das águias se reunirem em torno de um cadáver. Não se trata de uma situação individual. 

Não se trata de apenas uma águia sem caça no seu território, mas de várias águias que não dispõem do alimento que a Natureza normalmente lhe fornece. Águias são predadores que enxergam muito longe e na situação retratada em Mateus, a visão das águias não encontra seu alimento mesmo ao longe. Outro importante aspecto é que as águias tem seu território bem definido. Não é comum uma águia invadir o território de outra águia, a menos que haja carência de caça no seu próprio território. Transpondo esta visão para o âmbito espiritual, onde a águia representa a alma humana, podemos imaginar uma multidão de almas famintas da Palavra de DEUS, sem no entanto ter acesso a ela. Essas almas se agrupam em torno dos falsos ensinos e se contaminam com eles, servindo a falsos deuses, falsos profetas e falsos messias, mergulhadas nas trevas da ignorância e da apostasia. Essas almas adoecem com a continuidade desse espetáculo tenebroso e a conseqüência é a morte.

A terceira situação terrível é a mudança no comportamento natural. Mateus descreve águias, no plural. São várias águias em torno de um único cadáver, disputando seus restos, como se fossem abutres. Este é o comportamento extremo oposto ao natural das águias, caçadoras solitárias, de vida reservada, seletivas quanto ao alimento que capturam vivo, para si e sua prole. A situação descrita por Mateus aborda a total inversão desse comportamento, com a adoção de atitudes típicas de animais que são comumente associados às abominações e à repugnância – abutres e corvos. As almas humanas, espiritualmente representadas por essas águias, comportam-se de maneira totalmente inversa ao que seria o seu projeto original, tornam-se abominações espirituais, afastadas da vontade de DEUS, caminhando com suas próprias asas para a sua extinção.

Mateus descreve um tempo próximo à segunda e definitiva vinda do Filho de DEUS. Um tempo em que falsos profetas e falsos messias arrastarão multidões para seus falsos ensinos e falsas doutrinas por meio de feitos maravilhosos e enganosos. É o próprio Jesus Cristo quem descreve esta situação drástica e abominável, onde águias – almas humanas - abandonam seu comportamento natural e se atiram à promiscuidade e contaminação devido à ação desses falsos profetas e falsos messias.

Havemos de cuidar da doutrina que abraçamos para a nossa salvação.Do alimento espiritual que ingerimos, a fim de não nos contaminarmos. Do alimento espiritual que ministramos aos nossos filhos naturais e espirituais, a fim de que não se maravilhem com os feitos extraordinários dos falsos profetas e falsos messias e com isso se desviem. Havemos de cuidar que não sejamos desviados nesses últimos dias. Assim seja, em nome de Jesus.

Autor: Robson Lelles

A MULHER SÁBIA


Grandes estudiosos relatam que a Bíblia Sagrada é considerada como uma bússola para o cristão. Sempre que estamos em dúvida a que atitude devemos tomar em alguma decisão, ao consultarmos as Sagradas Escrituras, com certeza encontraremos as respostas.

Se a lermos diariamente e colocarmos em pratica o que ela nos revela, obviamente seremos bem sucedidos em tudo o que fizermos.

Lendo as Escrituras o Espírito Santo de Deus me fez observar como era a procedência de algumas mulheres e que pelas suas atitudes tiveram destaque na Bíblia Sagrada.

Mulheres que venceram o inimigo através da autoridade dada por Deus, conquistada através da sabedoria divina, da vigilância e oração, do silêncio no tempo oportuno, da obediência para com seu marido, seu pastor ou com seu superior.

Neste assunto que irei abordar quero colocar como referência uma mulher que chamou muita a minha atenção: a mulher de Noé . Esta mulher abençoou o ministério de seu esposo através de sua obediência e dedicação à sua família; nos ensinando que a nossa responsabilidade é estar orando continuamente pelo ministério de nossos esposos, e andar lado a lado com eles, nunca esquecendo que Deus fez o homem, e viu que ele estava só, e então nos formou através de sua costela e se crermos que a Bíblia nos relata isto, acreditaremos então que espiritualmente somos uma só carne, sendo assim feitas para estar lado a lado com nossos esposos.

Quando digo lado a lado, não é literal, e sim estarmos sempre presentes em todo momento real em que nos é confiado, transparecendo sempre a todos alegria e não tristeza, mansidão, domínio próprio, amor, lealdade, benignidade ...

Fazendo uma analogia entre a mulher de Noé e a mulher de "hoje", podemos observar que muitas, (não generalizando) que são esposas de homens que estão na liderança de algum trabalho (pastores, obreiros, políticos, profissionais afins e etcs) não se preocupam em assumir seu papel de esposa dedicada; e quando são chamadas a assumirem seu lugar ao lado do esposo colocam sempre como empecilho seus afazeres de casa, filhos, cansaço; ou então: falta de roupa, pois já usou ?aquela? outro dia. Outras já são diretas: -Não vou hoje com você, leve as crianças para te fazerem companhia!

Outras, no entanto querem tomar a frente daquilo no qual Deus confiou ao seu esposo, e se ele resolver tomar alguma atitude sem consultá-la primeiro, será este um motivo para uma guerra conjugal. Com o passar do tempo, se o esposo não tiver pulso firme certamente esta mulher dominará sobre ele, cumprindo-se assim o que o profeta Isaias relata: - "Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo".

Imagine se Deus tivesse colocado a esposa de Noé na direção da construção da arca? Como mulher posso afirmar que ela não iria deixar ninguém para fora da arca, mesmo sabendo que só entrariam ela, seu marido, filhos e noras e um casal de cada animal, réptil e ave.O apostolo Paulo escreve que a mulher é considerada como vaso mais frágil; somos sensíveis, por outro lado somos consideradas fortes, pois além de gerarmos outra vida, ainda a carregamos durante nove meses e por fim sentimos a dor para termos, e quando o olhamos, toda aquela dor e sofrimento dão lugar para o amor e alegria com aquele desejo de cuidar e proteger.

Creio que este foi um dos motivos pelo qual Deus designou a tarefa da arca a Noé, neste caso Deus queria poupar somente a Noé e sua Família do dilúvio, pois o ser humano havia se corrompido, más Deus viu em Noé integridade e honestidade, e por que não dizer um bom marido também, pois a própria Bíblia nos revela na carta em que o apóstolo Paulo escreve á Timoteo onde "o homem que não consegue cuidar de sua casa, conseqüentemente não tem condições de cuidar das coisas de Deus". Em suma; não estou afirmando que a mulher não possa estar na frente de alguma liderança, mesmo porque a própria Bíblia nos relata mulheres que Deus determinou que estivessem na liderança e honraram o seu papel, de modo que todo o povo também teve a vitória, como foi o caso de Ester; mulher que usou de prudência ao dirigir-se ao rei Assuero sabendo usar as palavras no momento oportuno. Podemos também ler sobre Débora que foi profetisa e juíza de Israel. Porém estas mulheres andavam segundo a vontade de Deus, sabiam até onde iam seus limites; todavia se saíssem fora dos planos de Deus, certamente não teriam êxito.


Existe um ditado popular que diz "Ao lado de um grande homem existe uma grande mulher". Todavia podemos ver homens que tinham todo um potencial para serem bem sucedidos tanto na vida secular como na espiritual. Varões escolhidos por Deus para assumirem um ministério, más com o passar do tempo alguns pararam no caminho, outros voltaram para trás e poucos conseguiram levar adiante o que Deus havia colocado em suas mãos, sendo que muitas das vezes porque a esposa não quis assumir a responsabilidade que Deus a confiou, e ao invés de estar presente nas ocasiões que lhe são impostas preferem ficar assistindo "aquele capítulo especial da novela", acabando a delegar sua autoridade a seus filhos ou até a uma irmã, uma amiga ou conhecida em que confia, e diz: -Leva fulana querido, é a pessoa certa para fazer esta visita contigo, ela é honesta, educada e bem espiritual; nossa filha vai junto também, assim ninguém vai ter o que falar! Sendo que o nosso amado apostolo Paulo escreve aos Efésios:


"Vós mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor: Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja; sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos". Efésios 5.22-24


Querida leitora, se o teu esposo convidou-a para fazer uma visita com ele, não hesite e vá, pois sabemos que satanás fica procurando brechas para destruir lares. Conheço homens, que quando iam a uma visita, e chamavam suas esposas elas sempre davam desculpas, e sempre indicavam outras mulheres em que elas confiavam, no entanto, devido a tantas visitas que acabaram fazendo juntos, começaram a achar que havia muita compatibilidade entre os dois, e no final aconteceu o que o diabo havia planejado; adultério. E o interessante é que quando chega a este ponto muitas esposas culpam seus maridos chamando-os de sem-vergonha, traidor, colocando inclusive os filhos, parentes e amigos e até a igreja contra seu marido, más como a Deus ninguém engana e sabemos que cada um dará conta pelos seus atos, certamente tanto o esposo pela traição quanto a esposa que não traiu, más que contribuiu para que houvesse acontecido o ocorrido, terão que prestar contas ao Senhor. Todavia se a esposa estivesse sempre que necessário fazendo seu papel de auxiliadora, ajudadora, obviamente nada disso teria ocorrido. Sendo assim podemos analisar que muitas lutas que nos batem a porta são porque nós mesmos a procuramos; e o interessante é que depois culpamos a Deus, a Igreja, a família, e até o trabalho que é estressante demais, porém nunca admitimos que nós é que temos que nos concertar, que mudar de atitude, de maneira de viver. Se formos obedientes a Deus, como manda a Bíblia, com certeza nosso casamento será abençoado, e o que Deus confiou ao nosso cônjuge certamente frutificará, e o nome do Senhor Jesus será enaltecido.

No entanto a mulher que não anda segundo a palavra de Deus, ela abre uma brecha em seu casamento, permitindo que satanás entre e faça morada, sendo que, o serviço do mesmo é:
Matar; quando não há mais sintonia num relacionamento, e os papéis acabam sendo trocados (esposo fazendo o papel da esposa e vice-versa) e o respeito acaba, abrindo-se uma brecha no relacionamento, onde satanás entra e começa a fazer com que o relacionamento vá esfriando, e por fim morrendo.
Roubar; apartir do momento em que outorgamos autoridade a satanás sobre nossas vidas por falta de vigilância, além de esfriar o relacionamento, ele começa a prover ocasiões para nós, onde ficamos sem tempo para cultuar a Deus e a satisfazer ao nosso cônjuge; sendo assim satanás começa a roubar tudo aquilo que no dia do nosso matrimônio proferimos e prometemos a Deus e a nossos esposos, em satisfazê-los e amá-los, caminhar juntos na alegria e na tristeza, na pobreza e na riqueza e assim por diante...
Destruir; por fim, após um esfriamento de casamento, e após satanás conseguir roubar de nós todo aquele sonho e esperança de um relacionamento que era para ser duradouro, então ele destrói não só o casamento, más consegue também destruir o ego e o caráter do marido e da esposa, e todos que estão em volta também são afetados; filhos, parentes e amigos inclusive a Igreja.

O que estou escrevendo não é utopia, e sim a realidade que estamos vivendo no nosso cotidiano.

Tenho testemunhado muitos casamentos que começaram muito bem, más que ao longo do caminhar foram atropelados pelas astúcias ciladas de satanás, onde seqüelas dolorosas ficaram devido a falta de vigilância. Promessas de Deus foram-lhes feitas, más porque não foram cumpridas?

O livro de Deuteronômio faz uma ressalva sobre as bênçãos de Deus destinadas á nós através da nossa obediência, más também nos diz sobre os castigos que virão sobre nós pela nossa desobediência. Cabe a nós decidirmos o que queremos.

Deixo como exemplo para nós mulheres, a história de Eva, esposa de Adão. Deus já havia advertido a Adão sobre não comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, colocando-o como cabeça sobre Eva, onde sua responsabilidade também era de não permitir que ela comesse do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, porém; Eva deu mais crédito ao que satanás lhe prometeu, do que para seu marido, e também a Deus, que a formou que lhe havia dado um paraíso, onde ela não precisaria plantar e nem trabalhar para seu sustento, aliás, tudo o que eles precisavam Deus já havia providenciado.

Sem falar que ela ficou tão fascinada com o que a serpente lhe falou, que se esqueceu que cobra não fala, embora alguns estudiosos acreditem que os animais na época do Éden falassem.

Porém eu discordo piamente, pois os animais foram feitos segundo a Bíblia nos revela, para domínio do ser humano, como nos mostra no livro de Gênesis capítulo 1. Versículo 28.

Podemos perceber que além de Eva comer o fruto, persuadiu Adão a comê-lo também, revelando-se o pecado pela desobediência.

Conosco não é diferente do que foi com Eva. Satanás apresenta-se para nós mulheres, não de chifres e rabo, mas sim ele usa suas artimanhas para chamar a nossa atenção, como: você passa em frente de um outdoor e vê uma mulher linda, cabelos totalmente diferentes dos teus, corpo perfeito, pernas longas e bronzeadas, ao lado de um carro belíssimo de ultima geração, com um homem com pele de pêssego, aparentando ser tudo aquilo que você gostaria que teu esposo fosse; e, se ainda continuar a ficar alimentando o que a tua mente tão fértil pensou, satanás continuará a lançar setas para que você chegue à conclusão onde: ou que acredite que o seu casamento foi uma furada, que você casou-se com o homem errado, e o certo seria um igual ao da foto, e ai vem à murmuração: -Eu devia ter dado ouvido no que fulana falou, que meu pretendente não era este, e sim aquele outro..., Eu poderia ter casado com ele, pois agora ele tem uma vida estabilizada, um carrão..., Será que vai ficar viúvo logo? - Ai! Se arrependimento matasse já estaria morta! Ou então satanás vai querer que você acredite que está antiquada, fora de moda e de forma, e então para que fique ainda mais triste ele coloca alguém na tua frente para te dizer - "Como você está gorda! O que você fez no seu cabelo, que ele está tão desidratado? Faça um corte moderno, e mude a cor também, pois cabelo como o seu está fora de moda, e renove seu guarda-roupa com cores da nova estação, pois está parecendo uma velha, e só assim você vai ficar igual a aquela atriz que faz o papel principal da novela, e que por onde ela passa tira suspiros de todos". Então, você alimenta está idéia de uma tal maneira que começa a pensar que só será feliz se fizer umas mudanças drásticas no seu visual, esquecendo-se que a mudança tem que ser de dentro para fora, e não de fora para dentro, tornando-se uma obsessão em sua vida. Então você se depara com uma academia no caminho para casa, e ainda tem a coragem de falar: - É de Deus! Entra e faz sua matrícula, pois agora você acha que está muito fora de suas medidas, ou seja, fora das medidas daquela moça que estava no outdoor, que por sinal nem se parece contigo.

Próximo passo: entra numa loja e faz um monte de carnês, leva tudo o que a balconista falar que esta na moda, não importando que ficou um pouco apertado ou curto, pois você se matriculou na academia mesmo, e o importante é que sirva depois, e você fique igual à foto do outdoor.

Terceiro passo: antes de chegar em casa, passa num salão de beleza, e pede para que a cabeleireira "faça" você ficar igual à moça da foto, logicamente que tudo isso: academia, compras, corte de cabelo... Tudo feito sem ter consultado seu esposo primeiro, para saber se ele concordaria ou não, ou se poderia entrar no orçamento do mês; sem falar que quando você entra em sua casa depara-se com seu esposo que por sinal nada se parece com o homem do outdoor, pedindo-lhe o jantar, e ainda por cima nem notando a mudança que foi feita em seu cabelo, sem contar o dinheiro que foi "investido" neste novo visual. Enquanto isso satanás só está batendo palma de alegria, porque você tem sido uma aluna obediente à voz e as setas dele, aliás, você nem se preocupou em vestir-se com a armadura de Deus e agora desprotegida, é um alvo fácil para o inimigo.

Então toda esta fantasia chega em seu ponto clímax, onde você começa a achar que seu marido, sua casa, não te merecem, e que é hora de começar tudo de novo! - Então o adversário coloca em seu caminho um homem "parecido" com o da foto, falando-lhe palavras doces, suaves, prometendo-lhe uma vida totalmente diferente da que você estava acostumada a viver, porém depois que satanás consegui o que quer, que é o de destruir lares, ele se retira e vai procurar outra pessoa que também lhe abra uma brecha para entrar. Então você acorda de todo este pesadelo e vê que tudo não passou de ilusão, que não só sua vida foi massacrada, más a de seu esposo também.

Querida leitora, este exemplo que citei não é simplesmente um conto, más a realidade em que vivemos. Conheço prostitutas que no passado eram mulheres idôneas, bem colocadas no mercado de trabalho, com lares e filhos, más que infelizmente acabaram caindo nas ciladas de satanás, restando somente para elas as ruas, tornando-se "mulheres da noite".


Poderia escrever neste livro inúmeros casos de lares que foram destruídos por satanás pela falta de vigilância. Se pararmos para conversar com os andarilhos ouviremos casos muito semelhantes a este que relatei ou outros que iremos nos sensibilizar.
Por isso afirmo sempre que todos nós estamos sujeitos a passar por situações constrangedoras, porém se fizermos uso constante da palavra na qual o espírito Santo de Deus inspirou o amado apostolo Paulo quando escrevia aos Efésios, para que façamos uso da "armadura de Deus", pois somente após estarmos revestidos com o poder de Deus é que conseguiremos vencer as astutas ciladas de satanás.


Autor: Elen Viana



E VOCÊ, O QUE DIZ?


"Jesus? Ora, Jesus foi apenas um homem melhor, que fazia o bem".
Muitas pessoas neste mundo de meu Deus, mesmo as que se dizem cristãs, às vezes, quando confrontadas a respeito de Jesus, respondem algo parecido com a frase que citamos acima. Mas, para a salvação de nossas almas, é fundamental o que pensamos ou afirmamos a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Ele próprio perguntou aos seus discípulos o que pensavam dEle: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?... E vós, quem dizeis que eu sou?" (Mateus 16.13-16).
E você, meu amigo, o que diz a respeito de Jesus? De sua resposta depende a sua eternidade futura.
Afinal de contas, qual foi o homem "melhorado" que surgiu um dia aqui na Terra e fez estas declarações? - "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá". "Eu sou o caminho, a verdade, e a vida". "Eu sou a luz do mundo". "Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, será salvo". Se Jesus não era o que dizia, então era um louco. Mas louco mesmo é quem não crê que Ele é o próprio Deus.
E com relação a outros alternativos "salvadores", tais como BUDA, CONFÚCIO, ZOROASTRO, MAOMÉ, BAHA-U-LAH, INRI CRISTO, MARIA, REVERENDO MOON, e tantos outros "deuses" de seitas heréticas, Jesus diz: "Todos quantos vieram antes (e depois) de mim, são ladrões e salteadores (falsos messias). O fato é que homem algum jamais fez afirmativas (e milagres) iguais aos que Jesus fez. "Eu e o Pai somos um". "Quem me vê a mim, vê o Pai". Você já meditou seriamente nestas palavras?
Veja aqui o que disse o grande homem Napoleão Bonaparte a respeito de Jesus, quando se encontrava deportado na ilha de Elba:

"Ele é o único, realmente o único que é mais poderoso e mais vivo depois de Sua morte do que em vida aqui na terra. E o passar do tempo, que a tudo transforma, não apenas reconheceu a obra de Jesus Cristo, mas a aumentou ainda mais. Em quase todas as partes do mundo, Sua palavra é pregada, Jesus é amado e adorado. Qual a pessoa falecida que continua fazendo conquistas porque seus soldados continuam dispostos partindo para a guerra e para a vitória? Eu vivo ainda, mas as minhas tropas já me esqueceram. Alexandre, César, Carlos Magno, eu mesmo, nós fundamos reinos poderosos, mas o nosso poder se fundamenta em quê? Na violência. Jesus Cristo fundamentou seu reino no amor, até hoje milhares de pessoas dariam suas vidas com prazer por Ele. Eis aqui um Conquistador que realmente unifica, que não une uma nação apenas, mas toda a humanidade. Que milagre! A alma humana com todas as suas capacidades se sente ligada à existência de Jesus Cristo. E como? Através de um milagre que supera todos os outros milagres. Cristo quer o amor das pessoas, e isso é o mais fácil de se conseguir. Ele exige o coração. Isso é tudo o que Ele quer, e Ele o recebe. Através disso reconheço Sua natureza divina. Alexandre, Aníbal, César, Luiz XIV e outros dominadores do mundo falharam porque, apesar de terem conquistado todo o mundo conhecido da época, não conquistaram um único amigo verdadeiro. A comunhão que une Jesus e os salvos por Ele é mais santa e mais poderosa do que qualquer outro vínculo. Todos os que crêem seriamente nEle sentem o poder sobrenatural deste amor. Eles amam alguém que nunca viram. Essa é uma realidade que raciocínio nenhum explica, que força humana nenhuma alcança, e mesmo assim ela aconteceu. Isso eu admiro acima de tudo, e quanto mais penso sobre o assunto, mais me convenço da divindade de Jesus. Eu conheço os homens e lhes digo que Jesus Cristo não é apenas homem".
Oh meu amigo, constate esta maravilhosa realidade e verdade bíblica, pois ela mudará radicamente a sua vida:


"Quem crê em mim, como diz a Escritura (não como diz o homem), do seu interior fluirão rios de água viva" (João 7.38).
Uma coisa você pode ter a certeza absoluta: milhões de pessoas, em todo o mundo, desde que Jesus veio a esta terra, já creram e puderam dizer:


"Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo" (João 4.42).


Autor: Adail Campelo

O MURMURADOR E JESUS


Imagine uma torre de blocos, eventualmente na forma de pirâmide. Você remove um bloco e a torre se torna instável, e uma parte pode até cair. Se você remover vários blocos, toda a torre desmorona. A fofoca tem esse mesmo efeito na igreja.


Fofoca por toda parteComo saber se você está fofocando? O Apóstolo Paulo alertou o jovem Timóteo, um líder da igreja, para controlar a fofoca que estava acontecendo de “casa em casa”. Infelizmente, nós não gastamos o mesmo tempo nas casas uns dos outros como a igreja primitiva fazia, mas isso não significa que não dispomos de meios para a fofoca. Hoje, a fofoca espreita no Facebook, em e-mails, em telefonemas, nas mensagens e na boa e velha forma cara-a-cara.

Como a fofoca se manifesta? Ao longo dessa série, veremos as três faces da fofoca: o murmurador, o disperso e o intrometido – e o que Jesus fala sobre cada um.


Queixar-se de uns para outrosO Murmurador: A fofoca que reclama de uns para os outros.

O murmurador reclama dos outros. Essa pessoa é rápida em encontrar defeitos nos outros e lenta a encontrar falhas nela mesma. Sempre tem alguém “dando nos nervos” dela, machucando os sentimentos dela, desapontando as expectativas dela. Como sabemos? O murmúrio é a fofoca que se queixa e lamenta de uns com os outros.


Escolhendo a fofoca ao invés da graçaPorque escolhemos fofocar por meio da reclamação? Esse tipo de fofoca existe porque nos vemos como pobres vítimas. Nós acreditamos na mentira de que precisamos ser tratados de certa forma. Nós distorcemos a nossa identidade em Cristo substituindo-a por uma identidade de vítima. Nós nos vemos como o alvo do pecado dos outros, não como pecadores que devem suportar a ira de Deus. Nos distanciando de Cristo, nós escolhemos a fofoca ao invés da graça, reclamação ao invés de tolerância.

Os murmuradores são hábeis em apontar o problema do pecado, mas raramente oferecem soluções na graça, especialmente se, para isso, precisar admitir que ele ou ela está errado. O murmurador acredita na mentira de que merece algo que ainda não conseguiu. Eles acreditam ser mais importantes do que os outros. Se tivéssemos o que merecemos, isso seria o julgamento, mas Jesus nos deu o que não merecemos – Graça.


Quem é Jesus para o murmurador?Jesus é a única pessoa em toda historia que viveu uma vida perfeita e é a única pessoa que teria o direito de reclamar. Ele é o único verdadeiramente inocente e, no entanto, foi desprezado, ridicularizado e frequentemente vítima de fofocas.

Jesus nem sequer reclamou com as outras pessoas sobre quem o traiu: “você acredita que Pedro iria me trair, João, mesmo depois de tudo que fiz por ele?”. A disposição de Jesus de morrer por murmuradores nos mostra como responder com graça.

A disposição de Jesus de morrer por murmuradores nos mostra como responder com graça


Uma única vítima inocenteMurmuradores precisam entender que apenas Jesus é a vítima inocente. Ele morreu para que os murmuradores fossem libertos do que merecem para dar a eles o que não merecem. Ele levou a nossa condenação para pleitear a nossa inocência perante o Deus santo.

Você pode precisar de alguns minutos para se arrepender de sua identidade “auto-merecedora” de vítima e se voltar para receber e estender a graça para os outros por conta da sua identidade de graça imerecida. Nós não somos nem vítima nem heróis, mas Jesus é os dois para o murmurador. Ele é a vítima condescendente de nossa fofoca pecaminosa e o herói que nos resgata daquilo que merecemos. Ele leva a nossa causa e pleiteia pela nossa inocência. Ele nos oferece a graça.
Dê e receba graça, não reclamação

Iremos oferecer a graça aos outros ou vamos reclamar uns com os outros? Em vez de dar e receber reclamações, você poderia dar e receber graça? Jesus conquistou a graça para nós e para os outros. Transforme essa condição de vítima em uma atitude de graça para com os outros.



| Autor: Jonathan Dodson | | Tradutor: Marianna Brandão |
| Divulgação: estudosgospel.Com.BR

JA ESTOU CRUCIFICADO COM CRISTO


“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” ( Gl 2.19-20).

Uma alma deformada tem um caráter deformado. Isso produz a triste figura de um cristão que tem a vida dominada pelo inimigo. Uma pessoa assim, por ser negativa em suas emoções, vive acusando os outros.

Se irrita com tudo e com todos, se altera por pouca coisa, e só não se incomoda com os próprios erros. E, por fim, ela se recolhe ofendida a um canto, aborrecida… e o inferno dá gargalhadas, pois esse foi mais um que poderia ter sido usado maravilhosamente pelo Senhor, mas foi paralisado pelo inimigo.

Pessoas assim muitas vezes têm muitos dons e teriam condições de ser algo maravilhoso para o louvor da gloriosa graça de Deus. Mas em seus corações não existe mais espaço para outros.


Quanto mais esse caráter impulsionado pelas emoções estiver deformado, menor será seu raio de ação espiritual. Por isso, volte para o ponto de partida! Em outras palavras: volte para a posição de estar crucificado com Jesus.

Aquele que interiormente chegou à estaca zero tem espaço dentro de si para a total e completa vitória de Jesus. Aquele que leva a sério, até às últimas conseqüências, as palavras de Jesus:“Eis aí vos dei autoridade… sobre todo o poder do inimigo”, também tem vitória em todas as outras áreas.

O apóstolo Paulo, chamado por decreto do Altíssimo (At 9.16), na carta aos Gálatas 2.20, expressou todo seu sentimento ao Salvador, dizendo: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, e na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.

A vontade de Jesus Cristo sempre esteve e sempre estará em perfeita harmonia com a vontade do Espírito Santo e a vontade do Pai (Mt 6:10; Jo 4:34; Jo 10:30; 1 Jo 5:7). Dessa forma, Paulo nos afirma que o fato de Cristo viver nele implica na verdade de viver para fazer a vontade de Cristo.


A pergunta crucial nesse momento é: Você já foi crucificado com Cristo?Se a resposta é sim, então você pode ter a plena certeza que irá percorrer o mesmo caminho que Cristo e estará no mesmo destino que Ele.

Se a resposta é não, então você tem em que pensar, e está tendo o momento para fazer sua decisão. Você pode fazer uma oração pedindo para que Jesus Cristo venha habitar em seu coração, e então, o Espírito Santo fará a obra em sua vida.

A segunda pergunta crucial, é para você que já foi crucificado com Cristo. Para você que já convidou Jesus para entrar em seu coração: Cristo está vivendo realmente em você?

Você está com uma vida de oração, sempre procurando a vontade do Pai, sempre buscando agradar o Espírito Santo que habita em você, dando-Lhe liberdade para agir e direcionar seus atos? Ou você tem mantido o Espírito Santo aprisionado em seu corpo de pecado, enclausurando-O numa prisão, detendo-O numa masmorra, impedindo que Ele se manifeste em sua vida, entristecendo-O com seus pecados, esquecendo-O completamente em seu dia-dia, e colocando um véu negro sobre a Luz que deveria brilhar em sua vida?


Lembre-se da segurança e convicção que o apóstolo Paulo demonstrou ao afirmar: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Fp 1:21). Paulo afirma com a mais absoluta certeza que se viesse a morrer estaria tendo lucro, sairia na vantagem. Mas por que morrer seria lucro? Porque ele sabia para onde iria.

Ele tinha confiança plena nas promessas de Deus. Ele desejava que Jesus viesse a qualquer momento, e esse desejo era ardente e contínuo. Por isso sabia que seria galardoado (2 Tm 4:8). Paulo sabia que se partisse dessa terra ele não apenas receberia galardões, mas estaria face a face com seu Salvador.


Finalmente iria abraçar Jesus, iria tocar em Jesus, iria beijar Jesus, estaria com Jesus por toda a eternidade. Paulo desejava isso ardentemente, porque deixou que o Espírito Santo tivesse plena liberdade para agir em sua vida.

O que fora ratificado no capitulo 5.24 da mesma carta, onde a palavra revela que, os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências, no que vem a sustentação em Romanos 6.4-6, onde a palavra exorta: De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; sabendo isto: que o nosso velho homem foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado. E no Evangelho de Marcos 8.34, Jesus, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.

E os que trazem o rótulo de crente precisam acorda para a ordenança do Senhor Jesus, o qual preceituou: Negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Esta é a ordenança do Senhor, negar-se a si mesmo e cumprir em vosso corpo mortal o resto das suas aflições, porque Ele nos encorajou dizendo: Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.

Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós (Mt 5.11,12).

E a primeira carta de Pedro 4.13, diz: Assim também, deveis vos alegrar no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis com Ele.

E Fp 4.6,7 relata: Não estejais inquietos por coisa alguma, antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ação de Graça, e a paz de Deus que excede a todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo.

O LEGADO DOS HOMENS SANTOS DE DEUS
Os homens santos de Deus nos deixaram exemplos e verdadeiros testemunhos de fé, coragem e amor ao Santo nome do Senhor Jesus, porque verdadeiramente estavam debaixo da cruz de Cristo, cumprindo o resto das aflições do nosso Salvador, para que também, nós os imitamos em todo bom modo de viver em Cristo Jesus, o qual, por amor ao homem, ainda que pecador, entregou a si mesmo em sacrifício vivo, para libertá-lo do pecado e da morte.

Estevão, servo do Altíssimo, cheio de fé e unção do Espírito Santo, viu o Céu aberto, e o Filho à direita do Pai, por isso não temeu e nem recuou padecer até a morte, porque trazia consigo a certeza da recompensa da salvação e da glória futura.

O livro de Atos 5.40, 41, narra que os apóstolos, após prisões e açoites, regozijavam em Cristo, por terem sidos julgados dignos de padecer pelo seu nome.

Paulo e Silas sendo agredidos com muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança, os lançou no cárcere interior e lhes acorrentou também os pés no tronco. Perto da meia-noite, oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.

Uma pausa para refletirmos na profundidade da fé desses homens de Deus. Depois dos açoites, e no cárcere, com os pés acorrentados, sem saber o que ainda havia de lhes suceder, não se deixaram abater, antes se alegraram, cantavam e glorificavam o nome do Senhor.

E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.

E anunciaram a Jesus ao carcereiro e sua família, e na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa (Ato 16.22-34).

A Palavra narra ainda que sendo revelado a Paulo que ao chegar em Jerusalém seria preso e entregue nas mãos dos gentios, os seus seguidores começaram a implorar para que não fosse a aquela cidade, mas Paulo, cheio do Espírito Santo de Deus, lhes respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser preso, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus (Atos 21.10-14).

E o capítulo 12 do livro de Atos conta que naquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para maltratá-los; e matou a espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro.

E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.

E, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, preso com duas correntes, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio um anjo do Senhor, e o livrou do cárcere, porque a igreja fazia contínua oração por ele, a Deus, enquanto estava guardado na prisão.

Esses foram apenas alguns dos inúmeros episódios envolvendo os homens santos de Deus, e a palavra registra esses acontecimentos para que não desfalecemos nas tribulações, e para que se confirme a palavra do Senhor Jesus, o qual disse: Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo (João 16.31).

E você meu amado irmão, que também é compromissado com o Evangelho de Cristo, está preparado para fazer a obra do Senhor conforme o legado dos Apóstolos e a ordenança da palavra para imitá-los (I Co 11.1, Efésios 5.1), ou é um dos que anunciam apenas o evangelho da prosperidade, o qual arruína a verdade bíblica, entretanto, prioriza a prosperidade material, pregando que Jesus veio ao mundo para que o crente sendo fiel nos dízimos e ofertas tem o direito perante a Deus em viver uma vida regada de mordomia, com bom emprego, moradia de alto padrão, carros novos, imune as enfermidades, resguardado aos desajustes sociais e familiar, enfim, viver o paraíso aqui na terra mesmo, confrontando a palavra do Senhor Jesus o qual declarou: No mundo tereis aflições(Jo 16.33).

Porquanto, aconselhamos aos irmãos a não acreditar na palavra do homem, mas examinar tudo e buscar a confirmação na palavra do Senhor, no Novo Testamento, o qual foi escrito com o sangue do Senhor Jesus Cristo (Mt 26.28), porque os que estão crucificados com Cristo guardam os seus mandamentos e procuram fazer a sua vontade, e não andam por aí buscando o alheio e falsificando a palavra de Deus.

Porque o maior tesouro para os que esperam pela vinda de Cristo não está no presente século (o mundo não tem nada a oferecer para o povo de Deus), mas nos dias vindouros, na esperança de viver eternamente com Jesus Cristo e os seus santos anjos, na Nova Jerusalém, uma cidade edificada toda em ouro e tomada pela glória do Deus Pai, num lugar onde não haverá mais morte, nem pranto, nem dor, e nem clamor, porque as primeiras coisas já se passaram.

A CONFIANÇA EM DEUS E A RENÚNCIA ÀS COISAS MATERIAS Paulo disse: Sede meus imitadores como eu sou de Cristo: E se imitarmos a Paulo, estamos imitando a Cristo, porque ele foi um autêntico imitador do nosso Salvador, em toda sua boa maneira de viver, o qual deixou o seu testemunho, assim descrito:

Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.

Posso todas as coisas naquele que me fortalece. E o meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4.11-13, 19).

Porque se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8.31-39).

Disse Jesus: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

E por esse feito, por parte do Pai e do Filho, não há razão alguma para se desesperar diante das tribulações.

Jesus, pelo seu próprio sangue venceu o mundo na cruz do calvário, levou sobre si as nossas dores, porque o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Ele ainda nos encoraja a confiar nele, e chama para si toda responsabilidade de nos dar a paz, dizendo: vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei (Mt 11.28).

Portanto amados, não há nada a temer, porque a palavra do Senhor na primeira carta aos Coríntios 10.13 nos fortalece espiritualmente para que sejamos confiantes, porque assim está escrito:Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.

Porém, os que são de Cristo, renunciam o pecado e a obra da carne, porque com Ele estão crucificados, e trazem sobre si o testemunho de fé, humildade e amor ao Pai acima de todas as coisas, e também amam ao próximo, como a si mesmo.

Andam como Ele andou, e deixou em si mesmo o maior testemunho de humildade, bondade e santidade, para que o imitamos em sua perfeição.

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!


Autor: Jânio Santos de Oliveira

Via: www.estudosgospel.com.br

SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL


Texto Áureo:
Genesis 6.11 "A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência".


Leitura Bíblica em Classe: Gênesis 6.5-12

SÓ CRISTO TEM A SOLUÇÃO PARA TODO TIPO DE TRAUMAS
Introdução: O quadro de violência em grande escala e aumentando a cada dia, o isto pode ser comprovado pelos meios de comunicação que noticiam diariamente uma infinidade de ocorrências envolvendo a famigerada violência. Vários movimentos pedindo a paz e o fim da violência tem sido em vão, pois há uma causa e também uma origem de tudo isso. A violência que hoje vemos em todos os lugares do mundo, teve o seu início com a queda do homem no Éden, que motivou a introdução do pecado no mundo. O homem por si só, jamais atingirá os seus ideais de paz, pois esta paz não vem pelo lado exterior do nosso ser e sim pelo nosso lado interior. É no lado interior do homem que está alojado o pecado, que é o fator determinante de todo mal que se alastra assustadoramente por todo o mundo. A maldade e a violência que se instalou no mundo estão predestinadas a serem extintas, mas não pelo esforço do homem e sim pelo poder de Deus. Jesus disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (João 14.27); isso indica que o mundo pode lutar pela paz, mas sempre será uma falsa paz, pois se trata de uma paz exterior. A paz que Jesus oferece é a verdadeira, pois se trata da paz interior e só quem encontrou essa paz através de Cristo é que pode superar os traumas da violência social.


1. É O PECADO QUE GERA E ALASTRA A VIOLÊNCIA NO GÊNERO HUMANO
* Ele escraviza uma humanidade caída na perversidade- Genesis 6.5a.. E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra - 2 Pedro 2.12 Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,

Com a queda o homem passou a ficar escravo da maldade e da violência que brotam do seu interior; alguns em menor escala e outros em maior escala, pois todo homem em determinados momentos da sua vida está sujeito a ter manifestações, impulsos ou inclinações para a violência, pois cada um particularmente tem um tipo de temperamento. A prova que a queda do homem pelo pecado gerou a violência é observada com o primeiro assassinato registrado na bíblia em que Caim por ciúme e despeito, encheu o seu coração de ira, sendo possuído de uma violência irracional e fúria tirou a vida do seu irmão Abel. A mistura da geração setista (crentes) com a geração caimíta (pecadores), também foi um dos fatores que contribuíram para a disseminação do pecado e por conseqüência a violência descontrolada em todo o mundo da época, ao ponto de trazer preocupações ao próprio Deus. O Espírito levantou homens como Enoque, Enos, e Noé para pregar a graça divina em meio à rebelião, mas o temor necessário a mensagem desses pregadores não foi atendido.

* Ele escraviza a mentalidade do homem na depravação - Genesis 6.5b.. e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Efésios 4.19 Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza.

Tudo que essas gerações faziam era mau; todos os seus pensamentos eram pecaminosos; tudo que planejavam era corrupto. A liberdade em que eles se atiravam, na realidade era uma forma de escravidão pecaminosa. O homem se tornou um ser carnal e depravado, tendo usado mal o seu livre arbítrio para satisfazer suas inclinações corruptas. Em nossos dias não é diferente, pois a cada dia podemos contemplar o aumento incontrolável da violência. A situação de degradação que o mundo enfrenta não ira melhorar, muito pelo contrário; a tendência é aumentar a cada dia e isso tem sido notório. O que muitos ignoram é que os olhos de Deus estão sobre os justos e injustos e conhece toda a maldade que está no coração do homem. Deus não irá poupar ninguém dos seus juízos e da sua justiça. Tudo que o homem ceifar, ele colherá.

2. É O PECADO QUE LEVA O HOMEM A PERDER O SENSO DE FAZER O BEM
* A sua prática é um mal tão terrível ao ponto de afligir a Deus - Genesis 6.6 - Então, arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração. Romanos 3.12 Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.

Eles praticavam o mal por prazer e de uma forma deliberada e não se conscientizam do que faziam contra si próprios e também aos outros. Não havia esforço em retroceder nas suas práticas depravadas e sim de continuarem com as suas maldades. Esse é um quadro que se avoluma em nossos dias em todos os segmentos da sociedade, ou seja, no meio da pobreza e no meio da riqueza a violência está presente. Deus viu essa maldade como um pai que se entristece com as atitudes de um filho rebelde ao ponto de desejar não ter tido aqueles filhos. Quem deveria ser afligido por isso? Nós deveríamos nos afligir pela nossa conduta e não Deus. O que precisamos compreender é que Deus odeia o pecado, mas tem um grande amor pelo pecador. A falta de arrependimento faz Deus se afligir com a dureza do coração do homem, pois não quer que nenhum se perca.

* A sua prática é um mal que provoca Deus a punir com juízos - Genesis 6.7 - E disse o SENHOR: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal até ao réptil e até a ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Salmos 1.5 Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.

A um destino e um fim para todos os que insistem em viver no pecado sem esboçar qualquer sintoma de arrependimento. Nenhum ser vivente que não se rendeu a Cristo poderá escapar dos juízos divinos. A salvação eterna foi oferecida a todos sem exceção. O Espírito tem contendido com o homem desde o princípio, mas para a maioria tem sido em vão, pois de uma maneira proporcional quase todos preferem se manter na sujeira do pecado. A condição do homem no pecado é com uma sujeira que precisa ser varrida e lançada fora como se lança num monte de lixo; preferem perder a sua vida na devassidão do pecado ficando irredutíveis aos propósitos salvíficos divinos. Aos homens de boa vontade com relação a sua salvação nunca serão castigados pela justiça divina, senão aqueles que detestam ser reformados pela graça de Deus.


3. SOMENTE OS FIEIS REMANESCENTES ALCANÇARÃO A GRAÇA DIVINA
* Deus olha com favor os que atentam sinceramente para Ele - Genesis 6.8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR. Provérbios 28.18 O que anda sinceramente salvar-se-á, mas o perverso em seus caminhos cairá logo.

Noé achou graça diante de Deus, pois não se inclinou as correntes do pecado. Na construção da arca certamente passou por grandes constrangimentos, mas nunca se deixou levar pelas zombarias enquanto estava construindo o único meio de salvação diante do dilúvio prometido por Deus. Isso mostra que diante de todas as afrontas, perseguições, zombarias ou qualquer tipo de constrangimento, venha ser um motivo para retrocedermos; muito pelo contrário: quanto mais isso acontece conosco é que devemos prosseguir firmemente em nossa caminhada de fé, pois o importante é nunca perdermos a nossa espiritualidade. Deus pode ter se arrependido de ter feito o homem e isso Ele expressou num momento de indignação e profunda tristeza; porém, algo que Ele jamais se arrependeu ou se arrepende é do seu plano de redenção para a humanidade.

* Deus olha com favor quem anda na fé em correntes contrárias - Genesis 6.9 - Estas são as gerações de Noé: Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus. Hebreus 10.38 Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.

Noé enfrentou muitos obstáculos em sua vida, mas conseguiu transpor todos eles porque simplesmente mantinha a sua fé e integridade andando na presença de Deus. Foi assim que ele achou graça aos olhos de Deus em ser o escolhido para um novo começo. Enquanto o mundo estava cego para entender os sinais de Deus, Noé teve discernimento e espiritualidade para observar e interpretar esses sinais. Jesus falou de muitos sinais que precederiam a sua segunda vinda para arrebatar a igreja. Os sinais estão acontecendo e a vista de todos; seja pelas catástrofes da natureza, pela violência cada vez mais cruel, pela indiferença ao pecado e muito mais. Porventura quando vier o Filho do Homem achará fé na terra? Em todo um contingente de chamados essa fé será encontrada apenas nos escolhidos que fazem parte do rol dos fieis remanescentes.

* Deus olha com favor os seus fieis incluindo as suas gerações - Genesis 6.10 - E gerou Noé três filhos: Sem, Cam e jafé. - Atos 2.38 Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.

Todo esforço e abnegação empreendidos por Noé teve uma recompensa estendida a sua família. Os que priorizam o reino de Deus gozarão da misericórdia e graça divina. Deus sabe retribuir a nossa fidelidade nos enquadrando em suas promessas. Como o nosso trabalho não é vão no Senhor, temos promessa a nosso respeito, mas não fica só nisso; pois elas também são extensivas aos nossos filhos que por nosso intermédio também são beneficiados.

4. A MALDADE CONTAGIOSA JUSTIFICA DEUS VARRER O PECADO DA TERRA
* Quando o mal se generaliza o juízo divino está muito próximo - Genesis 6.11 - A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência - Isaías 13.11 E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos.

O paraíso foi perdido por causa do pecado, agora todo o mundo precisará de um novo começo para extirpar toda a humanidade pecaminosa da face da terra. O pecado enche a terra com violência e isto justificava plenamente a decisão de Deus de destruir o mundo. O que impede Deus de fazer isso imediatamente é os seus planos redentivos com relação ao homem, que precisa seguir e cumprir um curso escatológico. As etapas que faltam nesse curso escatológico é o arrebatamento da igreja, a grande tribulação, o milênio, o julgamento do trono branco e finalmente os novos céus e novas terras.

* Quando o mal se generaliza a medida divina chega ao limite - Genesis 6.12 - E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. Jeremias 30.23 Eis que a tempestade do SENHOR, a sua indignação, já saiu; uma tempestade varredoura, cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios.

Deus vai mostrar que Ele é o juiz de toda a terra, e que toda a humanidade é responsável pelos seus atos diante dele. Ninguém, com exceção dos salvos terá como se livrar dos julgamentos divinos. A misericórdia divina é distribuída aos obedientes, porém aos desobedientes não haverá misericórdia. O Senhor disse: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. O Senhor livrará da condenação os piedosos, mas reservará os injustos para o dia do juízo, para serem castigados por toda a eternidade.

| Autor: Pastor Adilson Guilhermel | Divulgação: estudosgospel.Com.BR

ENGRAVIDANDO DA MULTIDÃO


Uma das circunstâncias mais prazerosas da vida de uma casal é saber que a mulher está grávida, especialmente quando esse filho foi muito desejado e longamente esperado, assim também, deve ser o nosso desejo e prazer em Ter filhos espirituais, pois é a partir do primeiro (primogênito) que o Senhor nos dará uma multidão.

Gostaria de lembrar que o ato que leva uma mulher a encontrar-se grávida, inicia-se com muito prazer, depois aquela mulher começa a sentir no seu corpo os sintomas da gravidez, então, procura-se o médico e ele dá o veredicto: “ Parabéns! Você está grávida”.

Primeiro passo – Desejar ardentemente (1 Sm 1:11) – Ana confiou no Senhor e pediu, com toda fé de seu coração, um filho e Deus lhe concedeu, o que a deixou cheia de gozo e satisfação, a amargura deixou o seu coração e um gozo imenso tomou conta de todo seu ser.

Segundo passo – Entender que o Senhor quer nos dar muitos filhos (Gn 1:28) – Teremos tantos filhos ao ponto de enchermos toda terra e, para que isso ocorra, o Todo-Poderoso vai nos fazer muito férteis.

Terceiro passo - Aliançar-se com o Senhor Todo-Poderoso (Gn 17:1,5) - Engravidar-se de uma numerosa multidão a ponto de ser chamado "Pai de multidão", ou seja, (Abraão) tem que se deixar fecundar pela semente de vida do Senhor, através de uma vida de intimidade e plena comunhão com Ele.

Quarto passo - Amar o que Deus ama - GENTE (Jo 3:16) - O amor de Deus é tão tremendo que Ele deu o Unigênito, para que se tornasse o Primogênito entre milhares de filhos. Deus só nos engravida da multidão, quando estamos cheios de amor por ela. Quem ganha almas é sábio (Pv. 11:30), mas só os que amam é que podem ter êxito na Consolidação, pois o amor é o vínculo da perfeição (Col. 3: 12, 14). A Consolidação é o coração da multiplicação.

Quinto passo - Esvaziando-se de si e enchendo-se d'Ele (Jo 12:24) - Para que possamos ficar grávidos e dar luz a uma numerosa multidão, nos é necessário cumprir este maravilhoso princípio da Palavra de Deus, ou seja, reconhecer que é na morte do nosso eu, que o Senhor gera vida.

Sexto passo - Crer e velar pela promessa (Gn 28:3,4) - O poder da vida está na semente (Palavra de Deus) quem recebe a semente no seu útero espiritual, está fertilizado pelo poder da vida, e quem vela pela semente em nós implantada, dará à luz a milhares de vidas. Aleluia!!!.

Conclusão: Ame incondicionalmente as vidas. Jesus morreu por vidas. Ele é nosso referencial.

Autor: Artigo recebido por email

OVELHAS-MARIONETES


Quando olho para as multidões que invadem os templos das igrejas dos movimentos evangélicos que mais crescem no Brasil, vejo cada uma daquelas pessoas como ovelhas-marionetes. Pessoas que estão ligadas às linhas invisíveis das maquinações de homens e mulheres que parecem tentar transformar a Igreja em um grande palco para suas bem sucedidas “emprejas”.

Creio em milagres, em manifestações sobrenaturais, em libertação e todas as outras evidências do poder de Deus. Não tenho problema nenhum com nada disto. Minha indignação é contra aqueles que usam e abusam destes temas para atrair os incautos, como se só em suas igrejas ou em suas concentrações, e sob seus comandos estas coisas acontecessem! “A mão de Deus está aqui!”, reza o jargão de um homem que está fazendo o maior sucesso entre os moribundos, desesperados ou simplesmente entre curiosos e caçadores de bençãos. Mas, a mão de Deus está em todo lugar onde invocarmos Seu nome – não necessariamente dentro de um templo, igreja ou numa multidão! 
Onde há fé a mão de Deus está ali!

Confesso que as maneiras como as pessoas são manipuladas chegam a me assustar e causar certa revolta. Há poucos dias, por exemplo, passei em frente a um salão onde funciona uma igreja e vi a imagem de um enorme pássaro com as asas abertas e disse ironicamente para minha esposa: “Olha um urubú em cima do púlpito!”. Ela me repreendeu dizendo: “Pára! É uma águia!”... Mas para mim, tanto faz urubú como águia, em cima de púlpito nenhum bicho diz nada com coisa nenhuma!
Nem a Bíblia mais escapa! Vender Bíblia com a promessa de vitória financeira é o fim da picada! 

Só falta o apresentador dizer no bom carioquês: “Aquele irmão que não adquirir esta Bíblia tá ralado!”.
Falar das promoções de livros (muitos deles de teologia dúbia) dizendo que a única intenção é“abençoar os irmãos” é estelionato, é 171! A gente sabe que no fundo tudo é muito lucrativo!
Outra coisa que vejo, e que acho uma grande covardia, é o prazer masoquista que certos fazedores de milagres têm de colocar velhinhos caquéticos para desfilarem bambeando perante seus públicos! Isto sim é cruel... E depois? E depois... Aqueles velhinhos possivelmente voltarão para suas casas de muletas, ou em cadeiras de rodas! Mas, o que vale mesmo é a autopromoção, não importa se os velhinhos foram curados ou usados como gancho para o IBOPE...

Vejo também com muita preocupação a concorrência mórbida na disputa do tipo “quem cura mais”. Penso que se vangloriar com resultados de exames médicos nas mãos e tripudiar sobre as igrejas concorrentes é mais que tosco: é obsceno!

Aborreço-me só de ouvir aquelas vozes macilentas, cheias de engano que os televangelistas manipuladores fazem-nos ouvir em seus ridículos e insuportáveis programas supostamente interessados em “pregar o Evangelho” – diga-se de passagem, quase todos os referidos programas a meu ver até contém alguma coisa do Evangelho, mas são altamente poluídos pelas induções humanas, pelas falácias das doutrinas carregadas de heresias; pelas indulgências em forma de rosa, sal e óleos; além dos indecentes carnêzinhos supostamente milagrosos e das malditas campanhas e correntes, que nos dão a nítida impressão de que o interesse é a fidelização da clientela ávida por curas, prosperidade, soluções relacionais e outras “bênçãos” – as aspas aparecem aqui por que o que muita gente pensa que é benção pode ser maldição, conforme Malaquias 2.1 e 2:


“Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes e se não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e também já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Malaquias 2.1-2
Por outro lado, me aborreço também em ver naqueles programas e conhecer pessoas que dão sinais de que gostam mesmo de ser manipuladas e enganadas, pois algumas práticas são tão medonhas que até o mais cego dos cegos pode perceber, usando apenas a inteligência e o raciocínio que algumas coisas não têm nada a ver com a mensagem de Cristo ou dos Apóstolos.

Como pode uma pessoa acreditar que é necessário tomar um copo com água supostamente abençoado por alguém que está apenas seguindo um roteiro de um programa muito bem projetado, seguindo apenas uma fórmula que “deu certo”? Aliás, aquilo é tão mecânico e tão estupidamente frio, que a gente percebe que os indivíduos já nem disfarçam mais a falsa comoção com a qual fazem o que vou chamar de “chantagem espiritual” – eles chamam de prece ou oração.
Enfim, vejo também que as pessoas não se esforçam para buscar conhecimento nas Escrituras. Aí sim, elas entenderiam que sal grosso é muito útil em um bom churrasco, mas é totalmente inútil para possibilitar a benção de Deus?

Por enquanto, vou continuar com meu inconformismo e indignação, vendo multidões de pessoas como marionetes, brinquedos fáceis de manejar sob as hábeis mãos dos empresários e marqueteiros da fé, os quais se multiplicam como uma praga em nossos dias!


Autor: Pastor Aécio Felismino

FAMÍLIA EQUILIBRADA,IGREJA ABENÇOADA


De pé, diante daquele mar de rostos femininos, eu me preparava para falar sobre família no I Encontro Nacional de Mulheres em Serra Negra. Embora tremendo diante de tamanha responsabilidade, eu sabia que estaria falando a ouvidos atentos, pois se há assunto que sempre interessa às mulheres, que as preocupa, é o da família. E hoje, mais do que nunca, temos razão em nos preocupar.

Tudo que ouvimos a respeito dos relacionamentos familiares nos pinta um quadro triste de famílias desestruturadas pela separação, pelos números cada vez mais elevados de divórcios, pelo grande número de adolescentes grávidas, por doenças sexualmente transmissíveis destruindo corpos jovens e vidas inocentes, pela violência que resulta de crianças sobrevivendo nas ruas, longe de qualquer cuidado e carinho, envolvidas com drogas, cigarro, bebidas.

Garanto que pelo menos um desses problemas já tocou sua vida, querida leitora. Já tocou a minha. Embora crentes, não estamos imunes aos estragos que vêm ocorrendo na família. Mas não precisamos nos desesperar, pois não estamos à mercê das circunstâncias em que vivemos. Deus, em Sua soberania e sabedoria, muitas vezes permite que passemos pelo sofrimento para aprendermos os Seus caminhos. Ele nos dá princípios sólidos e inabaláveis para nos dirigir, nos orientar e mostrar o que deseja para nós. Como criador amoroso do mundo em que vivemos, dos seres humanos e da família, Ele sabe do que precisamos para viver bem.

Quer ver um exemplo de como Deus planejou tudo para o nosso bem?
Vivemos num mundo governado por certas leis naturais, as leis da física. Mesmo que você não entenda nada de física, como eu, garanto que já ouviu falar na lei da gravidade. Essa é a lei que diz que, se cairmos de certa altura, há uma força que nos puxa para o chão e, portanto, inevitavelmente nos esborracharemos. Aprendemos essa lei desde os tombos que levamos quando começamos a trocar os primeiros passos e convivemos bem com ela respeitando-a e evitando situaçòes nas quais ela será exercida. Assim, é do nosso interesse respeitar e obedecer a lei da gravidade e outras como ela se quisermos viver bem e saudáveis.

São essas leis que mantêm em ordem toda a imensa estrutura do Universo. Elas não existem por capricho, pelo gosto de fazer as pessoas se esborracharem no chão quando caem de certa altura, mas para manter todo o Universo em existência. Se, por acaso, a alguém fosse concedido o poder de apertar um botão e desligar a gravidade, o Universo em si, na forma como o conhecemos e que permite a vida que temos, desapareceria no mesmo instante.

Da mesma forma que criou as leis físicas, Deus estabeleceu leis espirituais que têm suas funções definidas na boa ordem das coisas da alma e do espírito e as revelou em Sua Palavra, o nosso Manual do Fabricante. Para viver bem como pessoas e como famílias, precisamos respeitá-las e obedecê-las. São elas tão confiáveis, imutáveis e inabaláveis quanto a lei da gravidade e as outras leis naturais. Se quisermos famílias fortes e equilibradas, temos de buscar o que Deus diz ser bom e fazer o que Ele mandar.

Quando estudamos o plano de Deus para a família, vemos três momentos importantes: A. Como Ele estabeleceu o casamento; B. A triste descrição do que aconteceu quando nossos primeiros pais pecaram; e, C. O que precisamos fazer hoje para restabelecer a boa ordem da criação.

A. O projeto original
Quando Deus criou os seres humanos como homem e mulher, Ele os fez iguais em sua essência, mas diferentes em função, para viverem em comunhão perfeita com seu Criador. Eles viveriam num relacionamento de perfeita intimidade em todos os aspectos, sem nenhuma barreira, cimentado por uma visão comum dos objetivos de suas vidas, um vivendo para o outro como a melhor forma de desfrutar a felicidade de realizar-se totalmente como parceiros complementares. Alimentados continuamente pelo amor doador e gracioso de Deus, eles seriam vasos que, ao transbordar, derramariam esse mesmo amor doador e gracioso sobre o outro.

Deus fez primeiro o homem, e colocou-o no jardim do Éden “para o cultivar e guardar”. Ele seria o provedor e o protetor da criação. Depois, deu-lhe uma ordem: poderia se alimentar das frutas de toda árvore do jardim, mas não das da árvore do conhecimento do bem e do mal. A ordem representava uma prova da sua obediência, uma admissão da criatura sobre sua posição de ser criado diante do Criador, uma renúncia a qualquer vislumbre de autonomia.

Depois, Deus declarou não ser bom o homem estar só e disse como solucionaria aquele problema: “Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gen. 2:18). E tendo assim planejado, executou Seu plano, criando a mulher a partir de uma costela do homem e estabelecendo a família , pois abençoou os dois e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a” (Gen. 1:28).

Encontramos na Bíblia três afirmações referentes a cada elemento da família. São elas a forma como Deus nos revela Seu plano original para o relacionamentos entre marido e esposa, entre pais e filhos.

1. “O marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja” (Ef. 5:23).
2. A esposa é a ajudadora do seu marido (Gen. 2:18, 20b).
3. Os filhos são bênção e herança do Senhor Deus (Gen. 1:27-28; Sl 127:3).
Vamos examinar com mais detalhes essas afirmações.


1. O marido é o cabeça da mulher.
Quando o apóstolo Paulo escreveu essas palavras, usou a língua grega comum que as pessoas a quem sua carta era dirigida usavam no seu dia a dia. Segundo um estudioso , havia duas palavras que Paulo poderia ter usada. A primeira delas é a palavra arche (pronunciada “arque”), que é traduzida por “cabeça” no sentido de denotar anterioridade, autoridade, o primeiro em grandeza e que pode ser traduzida por magistrado, chefe, príncipe, governante, cabeceira de um rio, etc. Se ao usar a palavra cabeça Paulo quisesse indicar alguém com autoridade sobre a mulher, teria usado a palavra arche. Entretanto, ele usou outra palavra – kephalé -- que também é traduzida por cabeça.

Essa palavra, da qual vem a nossa palavra cefaléia para dor de cabeça, significa apenas cabeça, a parte do corpo humano. Kephalé também podia ser usada para se referir à parte mais proeminente, em termos de posição, mas nunca foi usada para significar "chefe ou mandatário". É também um termo militar que designa "o que lidera, o que vai à frente", embora não no sentido de dar ordens. Não é usada para o general, que dá ordens às tropas, mas, sim, para o batedor, o que vai à frente dos companheiros no campo de batalha, o que se expõe primeiro ao perigo a fim de proteger e orientar os que o seguem. A liderança do marido como cabeça vem de conhecer a vontade de Deus e segui-la.

Paulo conhecia bem as duas palavras e, inspirado pelo Espírito Santo, usou deliberadamente a segunda ao dizer que o marido é o cabeça da mulher, aquele que lidera indo à frente para proteger os seus, servindo-os e dando por eles a própria vida, como Cristo fez pela igreja.

Para que o homem possa desempenhar bem essa função, Deus o capacitou com mais força e energia físicas, mais agressividade, o que o torna mais competitivo, mais voltado para objetivos e idéias, mais lógico e racional, mais unilateral em seu modo de pensar. Quando todas essas qualidades são canalizadas em pról do bem da família, o homem se torna um líder extraordinário, um conquistador, um vencedor.

2. A esposa é a ajudadora do seu marido
Após haver criado o homem, Deus disse não ser bom que ele vivesse só. O próprio Criador lhe daria uma ajudadora que fosse da mesma essência e da mesma espécie que ele, mas diferente, para complementá-lo. Na essência, os dois seriam iguais. Na função, seriam diferentes, complementares.

Ao fazer a mulher, Deus usou um método diferente daquele usado para fazer o homem. Ela foi criada a partir de outro ser humano, estando assim ligada a ele de forma indestrutível. A palavra do original hebraico usada para descrever essa ajudadora é “ezer”, que significa a pessoa que está diante de outra, cercando, dando apoio, suporte. Ela é usada no capítulo 2 de Gênesis duas vezes para se referir à mulher, e em mais de cinqüenta vezes no restante do Antigo Testamento para se referir a Deus como o ajudador do Seu povo. Assim, a mulher, em sua maneira feminina de ser, reflete algumas das características do próprio Deus.

Para que ela pudesse ser uma ajudadora competente e fiel, Deus a capacitou física e emocionalmente para ministrar como especialista nos relacionamentos. Ela tem mais resistência física, é mais ligada aos sentimentos, mais comunicativa, mais intuitiva, mais relacional, mais ligada às pessoas e ao meio ambiente. O Dr. Paul Tournier, psiquiatra cristão suiço, que escreveu um livro só sobre as mulheres, diz que isso ocorre porque a mulher tem o sentido da pessoa. Por sua própria natureza, ela é mais sensível às necessidades das pessoas, aos seus sofrimentos, aos sentimentos. Essa é a essência da feminilidade.

3. Os filhos são bênção do Senhor
Os filhos fazem com que seus pais se tornem co-criadores com Deus. É através deles que um novo ser é formado, embora a vida em si venha diretamente das mãos de Deus. Eles são confiados aos pais durante um período breve da vida para serem por eles criados e nutridos até atingirem a idade em que podem assumir as responsabilidades da vida adulta.

Através do cuidado dos filhos, os pais aprendem sobre o amor e o cuidado de Deus e amadurecem como pessoas. Eles são a fonte de nossas maiores alegrias e de nossas maiores tristezas.

No plano original de Deus, a família estava assim constituída, em amor, harmonia e plena felicidade. Ela foi criada para o bem do ser humano e faz parte da graça comum de Deus para toda a humanidade. Infelizmente, porém, o pecado entrou no paraíso e distorceu o que Deus havia criado como bem. É por isso que a família hoje encontra tantos problemas e dificuldades. Apesar de o projeto original ter sido perfeito, ele é hoje vivido por seres imperfeitos. Entretanto, o plano não mudou e Deus mesmo já proveu uma forma de restauração, como veremos na continuação deste estudo.

Famílias desestruturadas não são coisa de hoje. A Palavra de Deus nos dá um retrato autêntico das dificuldades enfrentadas pelas famílias, começando com a de Adão e Eva. Imagine você criar dois filhos e depois um matar o outro! Que sofrimento pode ser maior do que esse para os pais?

Essa foi a realidade que a escolha dos dois primeiros seres humanos legaram a todos nós. Separados de Deus ao escolherem seu próprio caminho, eles logo entraram em conflito. A harmonia que haviam desfrutado até então evaporou-se ao calor das acusações, dos sentimentos de vergonha e culpa que os levaram a esconder suas diferenças um do outro e a esconder-se de Deus.

O pecado distorceu as características essenciais do homem e da mulher, transformando o que Deus criou para o bem em fonte de tensão e conflito. O homem, criado para ser o provedor, o protetor, tenderia agora a ser fisicamente dominador, emocionalmente omisso. A mulher, sentindo a tendência de fuga do marido, tentaria controlá-lo ativa ou passivamente, procurando modificá-lo para corresponder às suas expectativas ou assumindo uma postura sufocante de total dependência dele. E seus filhos já nasceriam com corações inclinados à rebeldia. Provérbios 22:15 nos diz que a estultícia, ou insensatez, está ligada ao coração da criança. Insensatez é o oposto da sabedoria que provém do temor ao Senhor. As crianças já nascem afastadas de Deus, sem conhecê-Lo e sem temê-Lo, e essa insensatez se reflete primeiro na rebeldia contra os pais.

O que Adão e Eva plantaram, todos os seres humanos colhem.

Entretanto, Deus não nos abandonou aos nossos próprios recursos. Ele nos chama à restauração do relacionamento consigo através de Jesus Cristo. Seu Espírito agora opera em nós, moldando-nos à imagem do Filho, usando para esse objetivo tudo o que nos permite acontecer: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8:28-29).

Somos agora parte de uma família e, como tal, parecemo-nos uns com os outros porque temos a vida de Cristo em nós. Através da restauração de cada indivíduo, Deus quer restaurar as famílias à harmonia, crescimento e bênção que Ele planejou que ela oferecesse. E nos deu instruções do que é essencial fazermos para restabelecer o equilíbrio que foi perdido com o pecado.

O que Deus diz aos maridos.
Em Efésios 5:25-33, Ele diz em essência: “Maridos, amem suas esposas como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, e como vocês amam a si mesmos.”

O verbo amar, usada pelo apóstolo Paulo, vem do grego agapao que significa afeto benevolente, amor doador, sempre voltado para o bem da pessoa amada. É a mesma palavra usada para falar do amor altruísta de Deus, totalmente voltado para o ser amado, ao contrário do amor egoísta, que é voltado para a satisfação das próprias necessidades. Não é, portanto, um amor natural ao ser humano mas pode existir quando o amor de Deus encher o coração da pessoa. É o amor pelo qual todo coração de mulher anseia, em suas diversas facetas: Iniciativa, doação da própria vida se for preciso, dedicação, cuidado, proteção e mistério.

Nós amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro. Ele tomou a iniciativa, amando, buscando, atraindo, oferecendo as condições de nós retribuirmos o Seu amor. É o retrato do varão buscando e cortejando a sua amada. O homem é mais agente, a mulher, reagente. Quando ele toma a iniciativa no processo do relacionamento com uma mulher, está oferecendo a ela as melhores condições de exercer sua feminilidade. Na oferta e manutenção do amor, principalmente, o marido estará provendo o ambiente propício para uma reação apropriada da esposa. É notório na passagem citada que o apóstolo Paulo não ordena às esposas amarem seus maridos. Nem precisa. É praticamente impossível à esposa que for amada com o amor agape deixar de retribuir ao amor do marido.

Outro aspecto importante do amor que o marido deve dedicar à esposa é o da doação. Cristo amou a igreja e se entregou por ela, dando a própria vida. Ninguém pode duvidar da extensão de um amor como esse. O marido dá a vida pela esposa, não em algum gesto grandiloqüente de alta coragem em circunstâncias perigosas, mas nas pequenas concessões, nos pequenos gestos, no cuidado que tem para com as necessidades dela, na maneira gentil e respeitosa como a trata em particular e na frente dos outros.

O amor do marido deve servir de cobertura, de proteção sobre a esposa. Essa é a figura que encontramos no Antigo Testamento, quando o noivo cobria a noiva com seu manto, oferecendo-lhe sua proteção. Coberta pela masculinidade do marido, a esposa pode ser livre para se realizar plenamente como mulher e como pessoa. Quando o marido ama a esposa, rejubila-se com seus dons e capacidades e promove seu crescimento e realização, nem que para isso seja preciso assumir algumas tarefas dentro de casa, permitindo-lhe tempo e liberdade para buscar interesses que lhe sejam particulares.

O amor de Jesus pela igreja visa a sua santificação e aperfeiçoamento, o que redunda em glória para Ele próprio. O amor do marido que é calcado nesse exemplo visa o aperfeiçoamento, o crescimento, o amadurecimento e a restauração da pessoa que sua esposa foi criada para ser, o que redundará em felicidade e gozo para ele próprio. O marido que trata a esposa como uma rainha terá uma rainha por esposa.

Esse é o mistério do amor no relacionamento conjugal. Simbolizado pela redondeza das alianças de ouro, ele dá início a um processo infindo de doação que constitui o paradoxo de que é dando que se recebe, é doando a si mesmo que se cresce, é libertando que se liberta.

O que Deus diz às esposas
“Esposas, sejam submissas a seus maridos no Senhor, respeitando-os” (Efésios 5:22-24,33).

Sei que muitas mulheres têm dificuldade em entender o conceito de submissão, mesmo mulheres crentes. Mas, quando entendemos o que Deus está nos dizendo, vemos que, em última instância, o que Ele está pedindo é que nos submetamos a Ele, à Sua sabedoria, e ao Seu propósito para nós pois só dentro dele seremos realmente felizes e realizadas.

A primeira coisa que precisamos entender a respeito da submissão de que trata a Bíblia é que a ordem foi dada a pessoas que devem estar cheias do Espírito Santo (Ef. 5:18-21). Trata-se, portanto, de uma questão espiritual.

Para entendermos exatamente o que Deus está pedindo de nós, é interessante notar a palavra original – hupotasso - que o apóstolo usou ao dirigir-se às esposas. É uma palavra que indica a atitude de colocar- se voluntariamente à disposição de alguém, alinhar- se com ele e ser sensível às suas necessidades. Como verbo reflexivo indica que o sujeito da ação é também o seu objeto. Somente a própria mulher pode se submeter ao marido. Ninguém pode obrigá-la a isso.

Quando escreveu essas palavras, Paulo se dirigia a mulheres que eram pouco mais do que escravas em suas próprias famílias, sem direito sobre suas vidas. E, no entanto, ele lhes disse que deviam ser submissas porque submissão é algo interior, é uma atitude do coração e não apenas uma condição externa.

A submissão que Deus ordena não é da mulher para o homem. É apenas da esposa para com o marido. Nos nossos dias, uma mulher pode exercer posição de autoridade e comandar até mesmo uma nação, mas dentro de seu lar, ela deve ser submissa à liderança de seu marido.

Submissão não é condicional. Não encontramos nessa passagem a palavrinha “se”: Se seu marido a amar como Deus ordena, então você deve se submeter a ele. Não! E aí reside nossa maior dificuldade – a de respeitar nosso marido mesmo que ele esteja longe de fazer o que Deus lhe ordena.

Submissão não é simples obediência, passividade, rendição, co-dependência, nem omissão. É uma atitude de entrega voluntária e verdadeira de nós mesmas, é a doação de tudo o que somos em favor do outro.

O maior exemplo que temos desse tipo de atitude foi a que Jesus teve quando renunciou a todos os seus direitos para nascer neste mundo como ser humano, assumindo a forma de servo e entregando Sua vida por nós. Ele é o exemplo dado aos maridos e às esposas e não está nos pedindo nada que Ele mesmo não tenha feito. Ainda assim, na maior parte do tempo é praticamente impossível fazer o que Ele nos diz por nossas próprias forças. E é nessas horas que Seu poder pode vencer nossa fraqueza e operar em nós apesar de nós mesmas (2 Cor. 12:9).

Ao tratar seu marido com respeito, a esposa está cooperando para que ele seja tudo aquilo que Deus o fez para ser, sendo, portanto, uma verdadeira ajudadora, uma verdadeira “ezer”.

Aos pais, Deus ordena que criem seus filhos com disciplina e lhes ensinem a obedecer, para o bem deles (Ef. 6:1-4).

A criança que é deixada por conta própria vem a envergonhar os pais (Prov. 29:15). Por quê? Embora seja difícil de acreditar isso quando vemos um bebezinho com aquele olhar e sorriso tão inocentes, ninguém é naturalmente bom. Nascemos biologicamente vivos mas espiritualmente mortos, afastados de Deus. Por isso, cada bebê que vem ao mundo precisa ser ensinado a andar nos caminhos do bem, obedecendo a seus pais, aprendendo a reconhecer os limites da sua vontade. E essa é a tarefa que Deus deu aos pais.

Cada criança que Deus põe no mundo tem um valor inimaginável. É obra das Suas mãos. Ele mesmo a entreteceu no ventre materno e lhe deu as características que desejou. Assim, os pais devem conviver com seus filhos e observá-los para descobrir quais as tendências boas que Deus colocou em cada um deles para favorecer o seu desenvolvimento, enquanto corrigem e disciplinam a tendência para a rebeldia que os afastará primeiro deles mesmos e, mais tarde, de Deus.

É no ambiente familiar, mesmo aquele nos quais as pessoas estão se esforçando para dar o melhor de si, que seus membros sentirão as maiores alegrias mas também suas maiores tristezas. Como seres essencialmente relacionais, é na área dos relacionamentos que mais nos sentimos vulneráveis. Mas Deus vem ao nosso encontro na nossa vulnerabilidade.

Ele tem poder para mudar qualquer circunstância de nossa vida num abrir e fechar de olhos. Quando oramos desesperadamente por mudanças, e elas não ocorrem, é porque Ele está mais interessado em mudar o nosso coração, em corrigir a nossa perspectiva. Diante de circunstâncias difíceis, indesejáveis, temos a escolha de brigar, manipular ou nos omitir, ou então, entregando-nos “nas mãos daquele que julga retamente” (1 Pe 2:23), permitir que Ele nos use como instrumentos Seus nessas mesmas circunstâncias até que Ele escolha mudá-las ou que nós tenhamos mudado.

Talvez, depois de ler tudo isto, você esteja pensando: Não posso, não consigo, é demais para mim. Sua vida familiar pode estar destroçada, seus relacionamentos com seu marido e filhos áridos e conturbados. Talvez você esteja pensando que é tarde demais para fazer alguma coisa e salvar seu casamento. Mas é nesse exato ponto que Deus vem ao seu encontro e diz: “Deixe por minha conta. Deixe que eu aja através de você, que eu ame através de você.”

Ele não promete restaurar todos os relacionamentos quebrados, mas promete que, quando Lhe abrimos a porta do nosso coração, Ele entrará e ficará conosco, sustentando-nos com Sua força e produzindo lindos frutos em nossa vida.

Autor: Wanda de Assumpção