28/12/2013

O VERDADEIRO TESOURO






O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

- Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir um anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:

“Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo Sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda”.

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

- Nem pense mais nisso, disse o homem.

- Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!

Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros. Valorize o que você tem, os amigos que estão perto de você, o emprego que Deus lhe deu, o conhecimento que você adquiriu, a sua saúde, o sorriso do seu filho. Esses são os seus verdadeiros tesouros.


“Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.”

A MÚSICA QUE VINHA DA CASA





Como sempre fazia na véspera de Natal, o rei convidou o primeiro ministro para um passeio. Gostava de ver como enfeitavam as ruas – mas para evitar que os súditos exagerassem nos gastos com o objetivo de agradá-lo, os dois sempre se disfarçavam com roupas de comerciantes que vinham de terras distantes.

Caminharam pelo centro, admirando as guirlandas de luz, os pinheiros, as velas acesas nos degraus das casas, as barracas que vendiam presentes, os homens, mulheres e crianças que saiam apressados para juntar-se a seus parentes e celebrarem aquela noite em torno de uma mesa farta.

No caminho de volta, passaram pelo bairro mais pobre; ali o ambiente era completamente distinto. Nada de luzes, velas, ou o cheiro gostoso de comida pronta para ser servida. Não se via quase ninguém na rua, e como fazia todos os anos, o rei comentou com o ministro que precisava prestar mais atenção aos pobres do seu reino. O ministro acenou positivamente com a cabeça, sabendo que em breve o assunto estaria de novo esquecido, enterrado na burocracia cotidiana, aprovação de orçamentos, discussões com emissários estrangeiros.

De repente, notaram que de uma das casas mais pobres vinha o som de uma música. O barraco mal construído, com várias frestas entre as madeiras apodrecidas, permitia que vissem o que se passava lá dentro, e era uma cena completamente absurda: um velho em uma cadeira de rodas que parecia chorar, uma jovem completamente careca que dançava, e um rapaz de olhar triste que tocava um tamborim e cantava uma canção do folclore popular.

– Vou ver o que está acontecendo - disse o rei.

Bateu à porta. O jovem interrompeu a música e veio atender.

– Somos mercadores em busca de um lugar para dormir. Escutamos a música, vimos que ainda estão acordados, e gostaria de saber se podemos passar a noite aqui.

– Os senhores encontrarão abrigo em algum hotel da cidade. Infelizmente não podemos ajudá-los; apesar da música, esta casa está cheia de tristeza e sofrimento.

– E podemos saber por que?

– Por minha causa – era o velho na cadeira de rodas que falava. – Durante toda a minha vida, procurei educar meu filho para que aprendesse caligrafia, de modo a ser um dos escribas do palácio. Entretanto, os anos se passavam e as novas inscrições para o cargo jamais foram abertas. Até que esta noite tive um sonho estúpido: um anjo aparecia e me pedia para que comprasse uma taça de prata, já que o rei iria me visitar, beber um pouco, e conseguir emprego para o meu filho.

“A presença do anjo era tão convincente que resolvi seguir o que dizia. Como não temos dinheiro, minha nora foi hoje de manhã até o mercado, vendeu seus cabelos, e compramos esta taça que está ai na frente. Agora eles tentam me alegrar, cantando e dançando porque é Natal, mas é inútil”.

O rei viu a taça de prata, pediu que servissem um pouco de água porque estava com sede, e antes de partir, comentou com a família:

– Que coincidência! Hoje mesmo estivemos com o primeiro ministro, e ele nos disse que as inscrições seriam abertas na semana que vem.

O velho acenou com a cabeça, sem acreditar muito no que ouvia, e despediu-se dos estrangeiros. Mas no dia seguinte, uma proclamação real foi lida por todas as ruas da cidade; procuravam um novo escriba para a corte. Na data marcada, o salão de audiências estava cheio de gente, ansiosa para competir por tão cobiçado cargo. O primeiro ministro entrou, pediu que todos preparassem seus blocos e canetas:

– Eis o tema da dissertação: por que um velho homem chora, uma mulher careca dança, e um rapaz triste canta?

Um murmúrio de espanto percorreu toda a sala: ninguém sabia contar uma história como essa! Exceto um jovem com roupas humildes, em um dos cantos da sala, que abriu um largo sorriso e começou a escrever.



“Encontra o sucesso quem acredita nos seus sonhos e se empenha para transformá-los em realidade.”

O CÉU E O INFERNO ÍNTIMOS




Conta-se que certo dia, um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.

- Monge, disse o samurai, com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.

O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse:

- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável.

- Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe.

O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva.

Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.

- “Aí começa o inferno”, disse-lhe o sábio mansamente.

O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.

O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.

O velho sábio continuou em silêncio.

Passado algum tempo, o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.

Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:

- “Aí começa o céu”.


“O céu é o pão de nossos olhos”.










- Ralph Waldo Emerson

O SORRISO DE DEUS




Havia um pequeno menino que tinha o desejo de se encontrar com Deus. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente.

Um dia encheu sua mochila com pedaços de bolo e refrigerante e saiu para brincar no parque.

Quando ele andou umas três quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça olhando os pássaros.

O menino sentou-se junto a ele, abriu sua mochila e ia tomar um gole de refrigerante, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então, lhe ofereceu um pedaço de bolo.

O velhinho, muito agradecido, aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo; então ele ofereceu-lhe seu refrigerante.

Mais uma vez, o velhinho sorriu ao menino. O menino estava tão feliz! Ficaram sentados ali sorrindo, comendo bolo e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas, antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho.

Aí, o velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face:

- O que você fez hoje que te deixou tão feliz assim?

Ele respondeu:

- Passei a tarde com Deus. Você sabia, que Ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi?

Enquanto isso, o velhinho chegou em casa com o mais radiante sorriso na face e seu filho perguntou:

- Por onde você esteve que está tão feliz?

E o velhinho respondeu:

- Comi bolo e tomei guaraná no parque, com Deus. Você sabe que Ele é bem mais jovem do que eu pensava?

A face de Deus está em todas as pessoas e coisas que são vistas com os olhos do amor e do coração!


“A grandeza de um homem depende da intensidade de suas relações com Deus.”

O PRESENTE MAIS ESPECIAL




Era uma cidade perdida entre a exuberância da mata e o escarpado da serra.

Uma cidade do interior como muitas outras. Na única escola havia uma só classe de alunos e uma única professora. As crianças, de variadas idades, eram amadas por ela e com carinho acolhidas todos os dias para as horas de ensino. Para aquela mestra, cada menino e menina era uma criatura especial.

Quando chegou o dia do professor os alunos desejavam lhe dizer que também a amavam muito e lhe levaram presentes.

Agitadas, cada uma delas desejava entregar antes a sua dádiva.

Os filhos do dono da chácara próxima, trouxeram uma cesta de frutos. Cada um mais bonito e cheiroso que o outro.

Os filhos do dono da granja trouxeram uma boa quantidade de ovos.

A filha da cozinheira do restaurante trouxe um bonito bolo de cenoura, com cobertura de chocolate.

Os três irmãos que viviam na fazenda lhe trouxeram um pequeno animal, um cabritinho.

A cada um, emocionada, ela abraçava e agradecia.

Por fim, o menino-índio, o único índio na escola, lhe deu uma concha.

Ela ficou encantada com a beleza da concha e, recordando seus próprios tempos de infância, colocou-a no ouvido para escutar o barulho do mar.

Ficou embevecida. Pela sua mente passaram as cenas dos dias em que, criança, brincava na areia, molhava os pés nas ondas que morriam na praia, fazia castelos e fortalezas.

Quando foi abraçar o menino, reparou que suas pernas e pés estavam empoeiradas, que a unha do dedão estava quebrada e que seu short estava sujo.

A camisa estava molhada de suor. Braços e mãos estavam imundos. Em seu rostinho suado os olhos faiscavam de alegria, percebendo o encanto da professora com a concha.

Foi no confronto com esses olhos que ela se deu conta de que a praia mais próxima estava a três horas de caminhada. Considerando a volta, isso significava seis horas de caminhada ininterrupta. E perguntou ao menino:

- Mas você foi buscar essa concha para mim tão longe?

Sorrindo ainda, ele respondeu:

- A caminhada faz parte do presente.


“O amor é a única coisa que cresce a medida que se reparte.”

UMA CASA NO CAMINHO




O pequeno Ricardo não agüentou o cheiro bom do pão e falou:

– Pai, estou com fome!

O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência.

– Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu estou com muita fome!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente.

Ao entrar, dirige-se a um homem no balcão:

– Meu senhor, estou com meu filho de apenas seis anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois, sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome do Senhor me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!

Amaro, o dono da padaria, estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame seu filho.

Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida com arroz, feijão, bife e ovo.

Para o pequeno Ricardo era um sonho, comer após tantas horas na rua. Para Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e de seus outros dois pequenos filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá. Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada.

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e a lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de dois anos de desemprego, humilhações e necessidades.

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

– Ô Maria! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo, está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer.

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho.

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas.

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório.

Agenor conta então que há mais de dois anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos biscates aqui e acolá, mas, que há mais de dois meses não recebia nada.

Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos quinze dias.

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho.

Ao chegar em casa com toda aquela “fartura”, Agenor é um novo homem, sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso. Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta era toda uma esperança de dias melhores.

No dia seguinte, às cinco da manhã, Agenor estava na porta da padaria, ansioso para iniciar seu novo trabalho. Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando. Tinham a mesma idade, trinta e dois anos, e histórias diferentes, mas, algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa.

E, ele não se enganou, durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres.

Certo dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar.

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta.

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula e Vamos encontrar agora o doutor Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo seu escritório para seu primeiro cliente, e depois outro, e mais outro...

Ao meio-dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o “antigo funcionário” tão elegante em seu primeiro terno.

Mais dez anos se passam, e agora o doutor Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço. Mais de duzentas refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista.

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um. Contam que aos oitenta e dois anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que na mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido.

O filho Ricardo mandou gravar na frente da “Casa do Caminho”, que seu pai fundou com tanto carinho, os seguintes dizeres:

“Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar.”


“Nenhuma atividade no bem é insignificante. As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes e o bem que praticares em algum lugar é teu advogado em toda parte.”

A INVEJA E A COMPETÊNCIA




Marcos era um funcionário extremamente insatisfeito com a empresa em que trabalhava e seu patrão. Trabalhava há 20 anos na companhia, era sério, dedicado e cumpridor de suas obrigações.

Um belo dia, ele foi ao dono da empresa para fazer uma reclamação. Disse que trabalhava ali há 20 anos com toda dedicação, mas se sentia injustiçado. O Fábio, seu colega de departamento, que havia começado há apenas três anos, estava ganhando muito mais do que ele.

O patrão fingiu não ouvir e lhe pediu que fosse até a barraca de frutas da esquina. Ele estava pensando em oferecer frutas como sobremesa ao pessoal, após o almoço daquele dia, e queria que ele verificasse se na barraca havia abacaxi.

Marcos não entendeu direito, mas obedeceu. Voltando, muito rápido, informou que o moço da barraca tinha abacaxi.

Quando o dono da empresa lhe perguntou o preço ele disse que não havia perguntado. Como também não sabia responder se o rapaz tinha quantidade suficiente para atender todos os funcionários da empresa. Muito menos, se ele tinha outra fruta para substituir o abacaxi, neste caso.

O patrão pediu a Marcos que se sentasse em sua sala e chamou o Fábio. Deu a ele a mesma missão que dera para Marcos:

- Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal hoje. Aqui na esquina tem uma barraca. Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.

Oito minutos depois, Fábio voltou com a seguinte resposta: eles têm abacaxi e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. Se o senhor preferir, têm também laranja, banana, melão e mamão. O abacaxi está R$ 1,50 cada, a banana e o mamão a R$ 1,00 o quilo, o melão R$ 1,20 a unidade e a laranja R$ 20,00 o cento, já descascada.

Como falei que a compra seria em grande quantidade, ele dará um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo.

Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou Fábio. Voltou-se para Marcos e perguntou:

- O que é mesmo que você estava querendo falar comigo antes?

Marcos se levantou e se encaminhando para a porta, falou:

- Nada sério, patrão. Esqueça. Com sua licença.


“Os ventos e as ondas estão sempre do lado dos navegadores mais competentes”.










- Edward Gibbon

27/12/2013

FÉ NO TRÂNSITO


A minha fé manifesta-se, mais vezes que gostaria de admitir, no trânsito. A autenticidade da minha vida cristã, atrás do anonimato do insulfilme. Nos momentos em que somos provocados por “barbeiros” e tentados a “defender nossos direitos”, especialmente de chegar 5 segundos mais cedo no próximo semáforo, é quando “o justo viverá pela sua fé” (Hb 2.4).

Mudar meus hábitos de pilotagem tem sido um projeto pessoal em minha vida nos últimos anos. Sempre achei que Deus havia me chamado, como “professor/pastor”, a “dar um lição” aos outros motoristas na “auto-escola da vida”. Mas, pela graça de Deus, pela vida de Cristo em mim (Gal 2.20), tenho progredido cada vez mais. Minha esposa é testemunha disso. Mas ainda há uma boa estrada para andar. Literalmente.

Talvez eu seja hipócrita, mas acho graça assistir alguns outros motoristas, talvez irmãos em Cristo, que publicamente proclamam sua crença em Cristo através de adesivos de carro, mas cujos hábitos de pilotagem colocam em dúvida sua profissão de fé:

“Esse carro ficará desocupado em caso de arrebatamento”
“Buzine se você ama a Jesus”
“Carro rastreado pelo Espírito Santo”


É hora dos motoristas cristãos se converterem, assim como os para-choques de seus carros! E para aqueles que são chamados como líderes e exemplos para o rebanho do Senhor, é imprescindível que nossos hábitos no trânsito reflitam um coração transformado por Jesus: É necessário, portanto, que o bispo [pastor/presbítero] seja irrepreensível...temprerante, sóbrio, modesto...não violento, porém cordato, inimigo de contendas (1 Tm 3.2,3). “Torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (1 Tm 4.12). Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos...paciente (2 Tm 2.24).

Se somos o que somos quando ninguém nos vê (ou nos reconhece); se revelamos nosso verdadeiro caráter no escuro, quando ninguém consegue ver quem está no volante—quem somos, de fato? Assim como no lar, o trânsito tende a ser um lugar onde baixamos as máscaras e somos quem realmente somos.

Mas como mudar esse quadro? Como mudar velhos hábitos de ignorância, ira e impaciência nos engarrafamentos e diante de pessoas egoístas que ultrapassam quilómetros de carros parados quando voam pelo acostamento?


Mudança bíblica acontece quando vejo minha incapacidade, vejo meu coração, vejo as tendências da minha carne, e corro até a cruz de Cristo para obter misericórdia e graça em tempo oportuno (Hb 4.16). É um processo contínuo, momento após momento, em que identifico minha profunda carência da vida de Jesus sendo vivida através de mim, e em arrependimento e fé, corro até a cruz, onde encontro misericórdia e graça. Envolve uma renovação da minha mente, para não ser conformado ao egoísmo que norteia as leis de sobrevivência selvagem nas estradas, mas transformado à Lei Outro-cêntrica que é a vida de Cristo em nós (Rm 12.1,2; Mc 10.45; Fp 2.1-11).

Essa dependência de Cristo e Seu Espírito, momento após momento, em que somos transformados pouco a pouco à imagem de Cristo, de glória em glória, chama-se “santificação” (2 Co 3.18). Diz respeito às atitudes e ações diárias, corriqueiras, “insignificantes” da vida, onde a vida de Cristo manifesta-se (ou não) em nossa vida. Quando somos tentados a dar uma “cortada” no sujeito que nos cortou na rodovia. Quando queremos falar algumas palavras escolhidas sobre o motociclista que arrancou nosso espelho no engarrafamento. Quando aquela mulher passou na nossa frente e pegou o último lugar no estacionamento. Quando o caminhão na nossa frente só anda 15 km por hora na longa subida, sem ultrapassagem. É nesses momentos que carecemos da graça (e da paciência) de Jesus!

Graças a Deus, pela obra de Cristo na cruz Ele já nos vê como “homens perfeitos”, vestidos na justiça de Jesus (2 Co 5.21). E um dia todos nós que conhecemos a Cristo chegaremos ao final desse processo, com a imagem de Cristo eternamente “impressa” em nós:

Estou plenamente certo de que Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus (Fp 1.6)

Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é . . . (1 Jo 3.2,3)

Mas hoje, Deus quer que cooperemos com Seu Espírito e Sua Palavra para que cada dia que passa nos tornemos mais parecidos com Seu Filho em atitudes, ações e pensamentos, para que Ele seja glorificado em nós—NO TRÂNSITO!

O livro de Provérbios nos traz grandes desafios neste sentido. Alguns textos que podem nos ajudar a renovar nossa mente nas horas de tentação no volante incluem:

A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Pv 15:1)

A ira do insensato num instante se conhece, Mas o prudente oculta a afronta (Pv 12.16)

O insensato expande toda a sua ira, Mas o sábio afinal lha reprime. (Pv 29.11)

O longânimo é grande em entendimento, Mas o de ânimo precipitado exalta a loucura. (Pv 14.29)

Se procedeste insensatamente em te exaltares, ou se maquinaste o mal, põe a mão na boca (Pv 30.32)

Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, E o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade. (Pv 16.32)

Quem retém as palavras possui o conhecimento, E o sereno de espírito é homem de inteligência (Pv 17.28)

O homem iracundo suscita contendas, Mas o longânimo apazigua a luta (Pv 15.18)


Antes de por um peixe ou adesivo “cristão” no seu carro, veja se os hábitos do velho homem não podem ser crucificados pelo poder da ressurreição de Jesus. Na minha vida, sei que é uma obra em constante andamento. Antes de buzinar se você ama a Jesus, que tal dirigir como Ele?


Autor: Davi Merkh

NA CONTRAMÃO DA VERDADE


"Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos". 2 Tessalonicenses 2:9-10.

A Igreja atual tem muitas nuvens carregadas sobre a sua tenda, e se ouve a partir dessas nuvens o estampido de fortes trovões, mas não se vê a descida das chuvas torrenciais e restauradoras. Na verdade, temos muita propaganda, mas poucos frutos verdadeiros. Temos muito do homem e pouco de Deus. Vivemos o tempo em que as novidades se multiplicam dentro das igrejas. A Bíblia é usada como um livro mágico e cabalístico para referendar todas as birutices e maluquices engendradas no laboratório da religião do lucro, para enganar os incautos com uma fé sincrética e para enriquecer os líderes fraudulentos e cheios de ganâncias. O apóstolo Paulo já nos preveniu a respeito de tais homens que falam e fazem coisas miraculosas em nome de Deus. Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão! Filipenses 3:2.

Esses cães que muita gente ainda desconhecem, o profeta maior interpreta quem são eles. Leiamos com muita atenção em Isaías 56:11 Tais cães são gulosos, nunca se fartam; são pastores que nada compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, todos sem exceção. Infelizmente muitas pessoas têm seguido as suas práticas, obviamente pelos mesmos interesses que é a ganância. Nunca se fartam! Mas o triste fim deles e também de seus seguidores será lamentável conforme está escrito em Apocalipse 22:15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.

Em nome de Deus esses pregoeiros de outro evangelho mantêm as pessoas prisioneiras de uma religião que abandona a Bíblia, para abraçar a religião da experiência, do misticismo e da heterodoxia. Em lugar da exposição da verdade, estabelecem as campanhas de milagres; em lugar do ensino da Palavra de Deus, estabelecem a busca da prosperidade; em lugar da libertação do pecado, estabelecem a libertação dos demônios; em lugar da salvação, estabelecem a cura; em lugar da ajuda do alto, estabelecem a auto-ajuda. Hoje a pregação é totalmente centrada no homem e aquilo que ele supostamente alcançou de Deus. São os testemunhos de curas e milagres que atraem as multidões e não mais a Verdade da Palavra de Deus. É por esse motivo que o próprio Deus lhe envia a operação do erro, para crerem na mentira do diabo. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira. 2 Tessalonicenses 2:11.

Nos dias em que estamos vivendo a Bíblia deixou de ser o único princípio de fé e prática em muitas igrejas. Os testemunhos de ícones da sociedade que aderiram à fé evangélica têm mais aceitação e ibope do que a pregação da Palavra. O povo anda sôfrego atrás de astros humanos, mas está apático com a mensagem do bendito evangelho de Cristo. 

O culto “show” substituiu o derramar da alma diante do Senhor. Há muitos ensinos separados das Escrituras circulando no meio do povo de Deus. Tem muita gente faminta do Verdadeiro Pão do céu, que é Cristo, mas o que estão servindo ao povo é uma ração envenenada. Porque quem está com fome, come qualquer tipo de alimento, ainda que seja amargoso. Devemos tomar muito cuidado com alimento cuja origem é desconhecida. 

Você pode estar comendo a sua própria destruição. Então, saiu um ao campo a apanhar ervas e achou uma trepadeira silvestre; e, colhendo dela, encheu a sua capa de colocíntidas; voltou e cortou-as em pedaços, pondo-os na panela, visto que não as conheciam. Depois, deram de comer aos homens. Enquanto comiam do cozinhado, exclamaram: Morte na panela, ó homem de Deus! 2 Reis 4:39-40a. Para que eles pudessem comer e saciar a fome, foi necessário que Eliseu jogasse farinha na panela. 

Essa farinha representa o trabalhar da cruz no Antigo Testamento. O trigo para se tornar farinha é necessário passar pela moenda. E isto fala do nosso Senhor lá na cruz, quando Ele foi moído pelas nossas iniqüidades. Então, a farinha foi o que salvou aqueles homens famintos da morte da panela. Leiamos 2 Reis 4:41 Porém ele disse: Trazei farinha. Ele a deitou na panela e disse: Tira de comer para o povo. E já não havia mal nenhum na panela. Há muito veneno misturado no meio da comida que o povo de Deus ingere. Precisamos estar atentos! Por favor, irmãos, não fiquem impressionados de que, onde existe uma multidão, aí está à verdade. O argumento é o seguinte: 

“Se a igreja está crescendo, então é obra de Deus, porque, se não fosse de Deus, o trabalho jamais poderia prosperar”. Esse raciocínio é enganoso e insidioso. Essa conclusão está equivocada. Nem tudo que cresce é verdadeiro. Nem todo “sucesso” procede de Deus. Nessa sociedade embriagada pelo sucesso, o critério da verdade mudou radicalmente. Precisamos entender que nem todo crescimento é sinal de vida. Nem tudo que cresce é de Deus. As seitas heréticas também crescem. O câncer também é um crescimento desordenado de células da morte. 

A igreja de Sardes tinha o nome de uma igreja viva aos olhos dos homens, mas estava morta aos olhos de Jesus. Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Apocalipse 3:1.

Vocês se lembram quando Jesus pregou o seu sermão sobre o Pão da Vida? Naquela oportunidade, a multidão de discípulos que o seguiam começou a se dispersar. Jesus não amaciou Seu discurso nem buscou um método mais atrativo para manter a multidão a qualquer custo. Jesus na ocasião foi duro sobremaneira, e, por causa disso muitos o abandonaram. À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. João 6:66.

A loucura sem tamanho do ser humano é deixar o verdadeiro evangelho para correr atrás de coisas que são produzidas pelos homens. Será que podemos responder a essa pergunta: Por que os homens estão rejeitando o evangelho? Porque o evangelho é em si mesmo desagradável, desprezível, repulsivo e alarmante para o mundo. 

Ele revela o pecado, condena o orgulho, traz convicção ao coração incrédulo e demonstra que a justiça humana, até mesmo nos melhores e mais atraentes aspectos da natureza humana, é imprestável, corrupta, não passa de trapos de imundícias. Todos nós nos tornamos impuros, todas as nossas boas ações são como trapos sujos. Somos como folhas secas; e os nossos pecados, como uma ventania, nos carregam para longe. Isaías 64:6(LH). Diante dessa verdade da Palavra de Deus, não podemos culpar a ninguém por nossos fracassos e miséria. Que tristeza ver tantas pessoas professando um cristianismo do Deus utilitário. 

As pessoas não querem Deus, querem as suas coisas. Será que nós, povo que morremos e ressuscitamos com o Senhor, também não estamos incorrendo neste erro incoerente de fazer do nosso Pai, um Deus utilitário? Se somos filhos de Aba, a vida espiritual para nós, é aquela que nos leva a tirar do coração o que há de mais precioso e oferecê-lo ao Senhor, a buscar nos compartimentos mais secretos da alma os sentimentos mais nobres e puros e dedicá-los a serviço da adoração. 

A partir do momento que uma pessoa morre com Cristo, ele será capaz de adorar e servir a Deus por nada, simplesmente porque este é Deus e não porque o cobre de benefícios, aí ele encontra o sentido maior da sua piedade. Somente pelo trabalhar da cruz, poderemos levar a nossa alma a se render ao Senhor, tendo Ele como o nosso anseio maior. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã. Salmos 130:6. Será que somos capazes de amar a Deus e servi-lO com integridade e temor, mesmo quando estamos passando pelo vale árido da nossa alma? Que testemunho eu teria a dar sobre Deus, seu amor, graça, bondade e misericórdia, quando não há nada de concreto para contar ou afirmar? Não há nenhum carro novo, nenhuma promoção no trabalho, nenhuma cura, nenhuma revelação, nada. Apenas Deus. 

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. Habacuque 3:17-18. Amém!


| Autor: Claudio Morandi | Divulgação: estudosgospel.com.br |

CONVERTIDO OU CONVENCIDO


Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. Salmo 51:12-13.

Certa ocasião uma pessoa me indagou: Será que somos hoje uma igreja de convertidos ou de convencidos? Não é fácil identificar formalmente o convertido do convencido. Há uma grande dificuldade em perceber o perfil correto de um convertido, em face, muitas vezes, da conduta exemplar do convencido. 

Com freqüência enfrentamos uma séria barreira na compreensão adequada da conversão, porque os expedientes condicionadores da educação religiosa exercem uma camuflagem quase perfeita no esquema das aparências. Alguém já disse que o homem reto tem virtudes além do que pode expressar, mas o hipócrita expressa muito além das virtudes que possui. Sendo assim, o mimetismo do convencido se torna uma tarefa extremamente árdua em parecer aquilo que de fato não é. 

O mausoléu de mármore enfeita muito bem a podridão do cadáver. Mas o formalismo da educação religiosa é tão vazio de significado, como a clara do ovo é destituída de sabor. Mesmo sabendo que há razoáveis semelhanças comportamentais entre um convertido e um convencido, e bom lembrar que suas diferenças são fundamentais para não nos deixar confundidos por muito tempo.
Uma coisa é ser convertido pela graça de Deus, outra bem diferente é tornar-se prosélito de um sistema religioso. Jesus desaprovou a tática do caçador, com esta censura:


Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas, porque percorreis terra e mar para fazer um prosélito e, quando conseguem, vocês o tornam duas vezes filhos do inferno do que vocês. Mateus 23:15.

Um prosélito é uma pessoa convencida a um sistema sem a transformação do seu caráter, por meio da obra suficiente de Cristo. O prosélito se constitui num praticante ritual, privado totalmente da vida espiritual. Mas ele focaliza com tanta potência os seus holofotes sobre os outros, que fica quase impossível de enxergar o que está acontecendo por trás da luz.

Sabemos muito bem que o condicionamento repressivo de um sistema religioso austero, pode forjar hábitos morais extremamente válidos para convivência social. Muitas pessoas em razão de sua rígida ética religiosa estão livres de uma vida na cadeia, mas não isentas da condenação eterna. A civilidade institucional nada tem a ver com a etiqueta espiritual autêntica, ainda que as analogias dificultem o julgamento. Atos corretos nem sempre correspondem atitudes justificáveis. 

Um procedimento honesto pode estar motivado por interesses imorais ocultos. Não nos devemos iludir com as aparências: O tambor, apesar de todo o barulho que faz, está somente cheio de ar. Convencidos sinceros podem apresentar uma peça teatral bastante convincente. O disfarce mais astuto se caracteriza por um rosto de anjo encobrindo um coração de demônio.


Muitos me dirão naquele dia: Senhor,! Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi abertamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:22-23.

Eis aqui um grande problema: Convencer o convencido que ele não é convertido. É mais difícil esmagar uma meia mentira do que uma mentira completa. É muito mais fácil se pregar para um pecador perdido e perverso, do que pregar para um crente convencido. Henry W. Beecher dizia: A presunção é a doença da alma humana mais difícil de ser curada. A falsa conversão é muito pior do que a total ignorância.
Davi colocou a conversão como conseqüência do conhecimento dos caminhos do Senhor. Na verdade o homem precisa conhecer o Caminho do Senhor.

Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pela veredas antigas, qual é o caminho, e andai por ele, e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele. Jeremias 6:16.

Assim como Cristo é a razão pela qual o santo nasce, e a raiz pela qual o santo cresce, é também, o caminho pelo qual o santo anda.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. E ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6.

A verdadeira experiência da conversão é a dependência completa de Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor. Isto significa inteira renúncia de nós mesmos e total cobertura da suficiência de Cristo. Andar neste Caminho é subordinar toda a nossa existência ! no perímetro absoluto de sua graça.

O convertido é alguém que pela graça deixou de se esforçar para ser aceito, uma vez que Deus já o aceitou em Cristo: Enquanto, o convencido busca a sua aceitação no exercício enfadonho do cumprimento zeloso da lei. Ninguém consegue encobrir aquilo que Deus revela, muito menos manifestar o que Deus oculta. 

Se não há revelação do Espírito a respeito da pessoa de Cristo e de seu sacrifício, tão pouco haverá consciência real da obra da conversão. Mesmo que o comportamento honesto fale de uma personalidade digna, somente a conversão genuína pode patentear a santidade do coração. Não devemos confundir a santidade produzida por Jesus Cristo, com a honestidade decorrente de uma moral ilibada, firmada nas bases da lei.

 Muitos homens ao serem convertidos não tiveram mudanças comportamentais significativas. O apostolo Paulo disse que: Segundo a justiça da lei, eu era ir! repreensível. Filipenses 3:6b. A sua grande transformação ficou por conta dos propósitos ou intenções do coração, resultantes da conversão operada por Deus. Paulo era homem sério na sua conduta e sincero na filosofia de vida. 
Mas quando o Espírito o converteu a Cristo, a vida santa de Cristo passou a ser a santidade do seu coração. Alguém me disse recentemente de uma descoberta gloriosa: Jesus não só me substitui na cruz, morrendo em meu favor; mas me substitui na existência, vivendo em meu lugar.


Eu estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. Gálatas 2:20.

A santidade derivada da conversão é a própria suficiência da vida de Cristo satisfazendo as necessidades mais profundas do coração.
Se o convertido é a única pessoa no mundo que se encontra perfeitamente satisfeita por causa da santidade de Cristo manifesta em seu interior, o convencido é uma pessoa internamente descontente em razão da incoerência marcante refletida nas aparências. 

Demonstrar na fachada aquilo que não se é por dentro, causa um desconforto insuportável, capaz das maiores tragédias. A máscara do fingimento não pode garantir a verdadeira felicidade, pois o disfarce da hipocrisia produz débito insolúvel na consciência reprimida. J. Blanchard afirmou que a felicidade superficial sem a santidade espiritual é um dos principais produtos de exportação do inferno. E podemos ter absoluta certeza que é totalmente impossível haver santidade espiritual, se não houver conversão cristã legítima. Assim, a pessoa convertida vive pela fé na sujeição completa da suficiência de Cristo e na atitude permanente de profundo arrependimento. 

Quando a Palavra de Deus converte um homem, tira dele seu desespero, mas não seu arrependimento, ensinava C. H. Spurgeon. O homem convertido não é um mero convencido que se arrependeu e creu, mas um contínuo confiante que vive arrependido pela graça que o alcançou. Somente Deus vê o coração convertido e somente o coração convertido pode ver a Deus. Não confunda convertido com convencido, pois este equívoco pode ser fatal. Mas também, não julgue a experiência dos outros, pois cada um tem que avaliar a sua própria experiência.


Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. 1Pe 2.9



Autor: Norberto Carlos Marquardt

É TEMPO DE GRITAR


A Igreja cristã no Brasil é ameaçada, não pelos “jericoenses”, como nos dias de Josué, mas por“ventos de doutrina”, grupos heréticos que usam principalmente a palavra Pentecoste como bandeira. Eles pregam um evangelho diferente do que recebemos e praticamos hoje, o qual tem sido o sustentáculo do crescimento espiritual, durante estes 86 anos do pentecostalismo autêntico.

Nos primeiros anos de pentecostalismo no Brasil, todos o perseguiam, todos o ameaçavam, todos o criticavam, inclusive algumas denominações da época. Também a Igreja Católica Romana, com seu “jesuitismo ferrenho”, mandava sustar os cultos evangélicos ou espancar, prender e, se fosse preciso, matar os crentes. Até nos cemitérios públicos ela proibia que sepultassem os“protestantes”. Os pentecostes eram chamados de “capa verde”, "canela de fogo”, “bode”,“besta fera”, “espíritas”, “luteros”, “nova seita”, etc. Tudo fizeram para impedir a marcha e o crescimento do pentecostalismo no Brasil.

Neste período negro de oposição, Deus levantou centenas de homens e mulheres cheios do Espírito Santo e de fé, que saíram por toda parte, ou seja, cidades, vilas, aldeias e longínquos sertões; muitos deles desprovidos de recursos financeiros e sem o meio de transporte adequado como possuímos hoje. Diversos destes pregadores não tinham conhecimento teológico; alguns são sabiam desenvolver sermões homiléticos, mas entendiam o que pregavam e ensinavam. 

Anunciavam Jesus salva o pecador arrependido e batiza o crente com o Espírito Santo, cura as enfermidades, opera milagres e faz maravilhas. Resultado: O povo, as autoridades e os que perseguiam ouviam e viam os sinais e aceitavam a Cristo como Salvador.

O Diabo, o maior inimigo da Igreja do Senhor, por não poder impedir o seu crescimento procura“globalizar” as religiões e usa como “isca” as heresias, as seitas falsas, os chamados “ventos de doutrina” e, por último, um “falso pentecoste”. É necessário que os pastores, líderes, todos os obreiros, levantem-se e ordenem ao povo para “GRITAR” e protestar contra esta falsa“globalização” religiosa, que nada mais é do que um prenúncio da manifestação do Anticristo.

A Igreja cristã não é uma “globalização” ou ajuntamento de raças, povos ou religiões, como apregoa a “Nova Era”, dentro de um consenso universal. A Noiva do Senhor Jesus é constituída de“um povo especial, zeloso e de boas obras”. Atualmente o vocábulo globalizar está em alta. É destaque entre os membros do governo, da sociedade, das nações, do comércio, da política e da religião. A ordem é “globalizar”.

Com o crescimento da obra de Deus em nosso país, a igreja evangélica saiu dos humildes salões para os grandes templos; além dos subúrbios e das zonas rurais encontra-se os centros das grandes cidades; além das escolas dominicais possui os Institutos Bíblicos (Seminários Teológicos). Alcançamos todas as camadas sociais da nossa pátria: do varredor de rua ao legislador. Temos diversos membros que ocupam cargos de vereador, deputado, senador, ministro de Estado, governador, etc. E tudo isso, sem alterar as nossas doutrinas e os nossos bons costumes. O inimigo, por não poder impedir a marcha e o crescimento da obra de Deus, tenta infiltrar em nosso meio as falsas doutrinas.

Seus discípulos vestiram-se ou fizeram-se de “gibionitas” como nos dias de Josué e entraram em nosso meio para semear o “joio” (heresias), com seus “ventos de doutrinas” (Ef. 4.14) e começaram a dizer: “Somos vossos conservos”; “Somos pentecostais”; “Deus não olha placa de igreja”. E acrescentam: “lá”, referindo-se ao movimento deles, “Jesus está abençoando da mesma forma”.

Com esta filosofia tentam desestruturar a Noiva de Cristo, pois pregam, como diz o apóstolo Paulo, “outro evangelho” (2 Co 11.4), através dos “ventos de doutrina” da “Nova Era”, do“culto da prosperidade”, da “ação positiva”, da “Nova Unção”, do “cair do Espírito”, etc. Este último, o nome já diz tudo: “cair”. Se fosse crescer ou subir no Espírito, tudo bem, mas “cair no Espírito”?!

“São muitos os que se infiltraram hoje entre os crentes, de Bíblia em punho, parecendo crer exatamente como cremos. No entanto, um estudo mais cuidadoso revelará que suas posições doutrinárias são inaceitáveis à luz das Escrituras e do cristianismo histórico ortodoxo” (do livro Super Crente – Paulo Romeiro)

A Igreja de Cristo não precisa de uma “nova unção”, mas, sim, conservar a que recebeu, a do Espírito Santo (1 Jo 2.27). Se temos o revestimento do genuíno poder de Deus (1 Jo 2.6), não precisamos de Kenneth Hagin, Benny Hinn ou de passar pela escola Rhema ou pelos“neopentecostais”.

“O crente recebeu uma unção da parte de Cristo, ou seja, o Espírito Santo (2 Co 1.21,22). Através dele, conhecemos a verdade. Todo filho de Deus recebe o revestimento de poder, a fim de que seja guiado na Verdade (Jô 14.26; 16.13). À medida em que os cristãos permanecem em Jesus e lêem a Palavra de Deus, o Espírito Santo ajuda-os a compreender suas verdades redentoras:
- Todos os crente podem estudar e conhecer a verdade de Deus e aprender uns com os outros, mediante o ensino, a exortação e a instrução (Mt 28.20; Cl 3.16; Ef 3.18).
- Os crentes têm duas salvaguardas contra o erro doutrinário: a revelação bíblica e o Espírito Santo.
- O crente não precisa dos que ensinam doutrinas extrabíblicas. Este é significado das palavras do apóstolo João: “não tendes necessidade de que alguém vos ensine”. (Bíblia de Estudos 
Pentecostal – CPAd).

Foi através do grito de Josué, dos sacerdotes e de todo o povo, que os “muros” de Jericó caíram e Israel venceu a batalha. Pastores, líderes e igrejas: gritai, protestai contra estas heresias da “Nova Era”. Venha de onde vier este alerta e os “gibionitas” fugirão.

GRITAI!


Autor: Pr José Apolônio

CÉU,INFERNO E PURGATÓRIO


"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." (MC 16:15)

"João Paulo II esclarece o seu conceito de purgatório..."
"Nem o inferno é uma 'fornalha' nem o céu 'um lugar, afirmou o Papa.

O céu e o inferno não são lugares físicos e reais, afirmou João Paulo II.
'O céu não é o paraíso nas nuvens nem o inferno é a terradora fornalha. O primeiro, é uma situação em que existe comunhão com Deus e o segundo é uma situação de rejeição' O purgatório, contudo, não é um mero estado de espírito, como o são o céu e o inferno, mas uma condição de vida - 'aqueles que, depois da morte, vivem nesse estado de purificação, já estão imersos no amor de Cristo, que lhes tira todos os resíduos de imperfeição' (Correio da Manhã de 29.7.99, de 6-8-99, Jornal de Notícias de 5-8-99)

Estas afirmações do papa João Paulo II fazem parte de um conjunto de asserções sobre a vida futura que acabaram pela publicação de um manual de 'guia para o céu' que inclui alguns ensinamentos sobre indulgências constantes de um édito papal de 1998, sobre que boas ações têm que fazer os católicos para as ganhar durante o ano 2000, que o papa proclamou como 'Ano Santo' (Jornal Público, de 19.9.99).

Para o papa católico, a condenação eterna não é obra de Deus, mas apenas o resultado das nossas ações atuais. Focalizando o destino eterno da alma nas boas ou más obras presentes ou de súplica futura, reduz a questão da eternidade a um mero estado de espírito ou condição de vida, negando a existência real e física dos lugares do céu e inferno.
Vejamos o que a Bíblia diz sobre este assunto.


1. O CÉU
O Senhor Jesus prometeu àqueles que O recebam a preparação de um lugar «na casa do Pai», na qual havia muitas moradas (João 14:1). É nesse lugar que se encontra o trono de Deus (Isa. 66:1), sendo daí que o Senhor estende a Sua soberania, faz conhecer o Seu poder, a Sua glória e a Sua sabedoria.

O céu é um lugar eterno (2Co. 5:1, Salmo 45:6; 145:13), um alto e santo lugar (Isa. 57:15), onde se manifesta a paz, onde não pode entrar choro, tristeza ou dor (Apoc. 7:16,17).

Como tal, não é simbólico ou um mero estado de espírito. Foi para esse lugar que Enoque e Elias foram elevados, assim como foi para esse lugar que o Senhor Jesus ascendeu (Atos 1:11). O Senhor Jesus não ascendeu para um mero estado de espírito ou para uma vaga esfera abstrata no universo, mas para um lugar real de honra, e onde foi visto por Estêvão, à mão direita de Deus (Atos 7:56), assim como por Paulo (2Co.12) e por João (Apoc. 1:10-18).

2. O INFERNO
O Senhor Jesus alertou igualmente para o inferno, um lugar onde o seu bicho não morre nem o fogo nunca se apaga» Assegurou que os que praticarem a iniquidade serão lançados no lago de fogo e enxofre, onde haverá choro e ranger de dentes (Mat. 13:42).

Ele, um dia, dirá a esses: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos" (Mat. 25:41. Cfr. ainda Apocalipse 20:10 e 21:8)

Tal como o céu, o inferno e o lago de fogo e enxofre são lugares reais. E entre o inferno e o céu existe um abismo tal impossível de transpor (Lucas 16:26).

O inferno é um lugar de tormento (Lucas 16:23), de vergonha e desprezo eterno (Daniel 12:2) onde existe separação absoluta e eterna de Deus e o desprezo eterno de todos os que lá se encontra. "A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite" (Apoc. 14:11)


3. O PURGATÓRIO
O purgatório não existe. Trata-se de uma invenção da Religião Católica, concretamente do papa Gregório I, em 593 e que veio a ser aprovada no Concílio de Florença de 1439 e confirmada no de Trento em 1563, sustentando-se nos livros apócrifos de II Macabeus 12:42-46.

Contudo, a Bíblia é bem clara ao afirmar (Mat. 25:46) que uns irão para o tormento eterno e os justos para a vida eterna. Não há outro lugar ou outro destino.

O malfeitor que foi crucificado ao lado do Senhor Jesus, apesar dos seus muitos pecados, não teve de ir para um lugar de purificação, antes o Senhor Jesus lhe assegurou: 'em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso' (Luc. 23:43). Lemos igualmente em 1 João 1:7 que 'o sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado'. Só pela graça do Senhor Jesus somos salvos, por meio da fé e nunca pelas obras de justiça que possamos fazer (Efésios 2:8,9; Romanos 10:9-13; 3:20-28 e 5:1-10), só dessa forma podendo alcançar a paz com Deus.

Autor: Joel Timóteo Ramos Pereira

A JANELA DA OBEDIÊNCIA


Esta semana eu li um artigo que me chamou muita atenção, e me deixou feliz, por conhecer mais de Deus, e de seu poder.

O artigo intitulava a surpreendente arca, escrito pelo Dr. Farid Abou-Rahme . fizerem uma pesquisa, para descobrir, qual as melhores dimensões para um corpo ( barco ), resistir as condições estremas do mar. Mas, para a surpresa de todos, o professor (que não era cristão) disse: “Eu não deveria dizer-lhes isto, mas as melhores dimensões encontram-se na Bíblia". São as dimensões da arca de Noé. Aquele navio não podia afundar. A pergunta é: “Quem ensinou Noé a projetar um navio que não podia afundar".

Deus disse a Noé que fizesse uma arca: “Faze para ti uma arca de madeira de gofer: farás compartimentos na arca, e a betumarás por dentro e por fora com betume. E desta maneira a farás: De trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinqüenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares baixos, segundos e terceiros” (Gênesis 6:14-16).

As dimensões da arca foram analisadas por especialistas em engenharia hidráulica. O Dr. Henry Morris, que foi presidente de departamentos de engenharia civil nas melhores universidades americanas, depois de analisar cuidadosamente estas dimensões, concluiu que era quase impossível que a arca afundasse.

Nisso nós cristãos, temos que dar glórias a Deus, por termos um Deus tão poderoso ao nosso lado.

Mas o que me chamou atenção na arca, foi o seu tamanho, a suas dimensões. Eu fiz uma pesquisa sobre as dimensões da arca e veja o resultado:

a medida completa da arca; 150 metros de comprimento, 25 metros de largura e 15 metros de altura. Deus mandou fazer a arca com 3 andares, cada andar dividido em compartimentos. Então, deu o total de 56.000 metros cúbicos mais ou menos. Era igual a 560 carros de trem. Cada carro de trem cabe 240 ovelhas, então a arca podia caber mais de 125.000 ovelhas. É calculado que a arca tinha na faixa de 75.000 animais. Parece que a ovelha é o tamanho médio dos animais, por isso sabemos que tinha bastante espaço na arca para todos os animais.

Você deve estar perguntando, pastor Reginaldo, o que tem a ver, tudo isso com a janela da obediência?


Já vou explicar: O tamanho da arca é gigantesco, o que me intriga é: PORQUE DEUS MANDOU COLOCAR, SÓ UMA JANELA NA ARCA? Gênesis 6:16 – Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima.

Pense comigo: com tantos animais na arca, com o passar dos dias, o mau cheiro seria insuportável, a arca precisaria de muita ventilação, e Deus ordenou que se colocasse uma só janela. Todas as casas hoje tem mais de uma janela, para entrar ventilação.

Então porque será que Noé, colocou somente uma janela na arca. É neste ponto que eu quero chegar. Esta janela eu chamo ela, JANELA DA OBEDIÊNCIA, a ordem que Deus para Noé, era de colocar uma só janela na arca. E se Noé resolvesse por conta própia colocar mais de uma janela. Noé poderia dizer: Deus não vai se importar, vai dar mais ventilação no ambiente, não vai fazer diferença nenhuma, Deus não vai nem notar. Eu creio que a arca não flutuaria , ela afundaria.


Muitas vezes ocorre isto conosco, obedecemos as Deus nas coisas grandes e desobedecemos nas pequenas . Deus disse que a madeira teria que ser de Gofer, teria que betumar a arca por dentro e por fora, colocar uma só porta, até ai tudo bem , mas quem se preocuparia com uma janela.

Eu te respondo: Deus quer nossa obediência total, até nas mínimas coisas.
O segredo pra ser abençoado é fazer, como a mãe de Jesus falou aos serventes na festa das bodas de cana: João 2:5 fazei tudo o que Ele vos disser, ou seja obediência total, até nas mínimas coisas.

“FAZER EXATAMENTE O QUE DEUS MANDAR”

Existe algumas passagens da Bíblia que ao lermos achamos sem importância, que não tem valor algum.

Em Êxodo quando Deus disse a Moisés para ele construir o tabernáculo. São tantos detalhes, coisas mínimas: pega uma cortina dá tantas voltas, pinta de tal cor e isso e aquilo, um colchete, um alfinete, uma dobra a mais uma a menos. Será que para Deus isso não tinha importância?. Tinha e muita porque era ordem de Deus, e o Senhor quer obediência nas mínimas coisas.

A ORDEM ERA UMA SÓ JANELA NA ARCA, ELA ERA A JANELA DA OBEDIÊNCIA

Será que a arca flutuaria se fosse colocado duas , ou mais janelas na arca?

Será que a glória de Deus iria descer sobre o tabernáculo, se Moises não fizesse, exatamente o que Deus lhe ordenará.

Êxodo (25:40) "Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que te foi mostrado no monte."

Êxodo (26:30) "Levantarás o tabernáculo segundo o modelo que te foi mostrado no monte

Êxodo(27:8) "Oco e de tábuas o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão."

Êxodo (31:6) "Eis que lhe dei por companheiro Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e dei habilidade a todos os homens hábeis, para que me façam tudo o que tenho ordenado"

Êxodo (31:11) "e o óleo da unção e o incenso aromático para o santuário; eles farão tudo segundo tenho ordenado."

Depois de tudo feito conforme as ordens de Deus, A Sua Glória encheu o tabernáculo. Êxodo 40:34-35 – ENTÃO A NUVEM COBRIU A TENDA DA CONGREGAÇÃO, E A GLÓRIA DO SENHOR ENCHEU O TABERNÁCULO: DE MANEIRA QUE MOISÉS NÃO PODIA ENTRAR NA TENDA DA CONGREGAÇÃO, PORQUANTO A NUVEM FICAVA SOBRE ELA, E A GLÓRIA ENCHIA O TABERNÁCULO.

Que Deus os abençoe


Autor: Reginaldo Alves

Via: www.estudosgospel.com.br

A SAMARITANA E O BRAMIDO DA CORÇA


"Assim como a corça brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti ó Deus”. Sl 42:1.

A corça é um animal de pequena estatura, arisco e de costume migratório. E uma característica interessante: a corça não suporta o confinamento. É um animal dotado de olfato privilegiado que lhe possibilita sentir cheiro de água a quilômetros de distância. É capaz ainda de perceber, metros abaixo da superfície, a existência de um lençol de água.

Em regiões desérticas da África e do Oriente Médio, empresas construíram quilômetros de aquedutos sob a superfície terrestre. E as corças sedentas, ao pressentirem a água jorrando pelo interior dos dutos, correm por cima das tubulações na tentativa de encontrarem a nascente, ou então um possível local por onde essas águas pudessem ser alcançadas. A sede de Davi, pelo Senhor era comparada ao anseio de uma corça pelas águas.

Como é que a corça suspira e anseia pelas águas? É com desespero. Gritando, correndo, buscando, farejando. Com sede. Com olfato privilegiado para localizar a fonte certa. Continuamente, todos os dias. Não se permitindo acomodar e fugindo do confinamento. A corça pode ser encontrada facilmente junto às margens dos rios, é um ambiente seguro para fugir de seus predadores. A água é para a corça: vida, proteção.

"Bem aventurado os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos" Mt 5:6.


A visão de justiça que o homem tem, é rasa. Não vai além do que os olhos podem ver. O símbolo do Direito, que rege as condutas éticas da nossa sociedade, se apresenta com uma tarja sobre os olhos e uma balança nas mãos. A interpretação é de que: a "justiça é cega, por não se permitir privilegiar pobre ou rico, mas todos, de igual modo. O mesmo peso e medida para todos os homem". Mas, essa justiça terrena, é falha. Apesar de seus esforços. O mundo vive em constante clamor e pavor, porque os tribunais "manquejam".

Dessa forma, concluímos que ter sede e fome da justiça, relatada no código processual terreno, é como viver implorando por alimento, com um prato vazio nas mãos e um copo fendido, que não sustenta água. Nenhum ser humano consegue alcançar a plenitude de seus direitos. Felicidade é algo que as constituições dos países não garantem.

Mas, o que tem fome e sede de Justiça, será farto. Essa Justiça é com "J" maiúsculo porque representa o Reino de Deus. Aquele que a buscar, com a intensidade de uma corça, bramando pelas águas, será saciado. Eternamente: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" Rm 5:1. Através da fé, de um Reino, que não é desse mundo, somos revestidos de Justiça, que traduz Cristo em nós. Apenas Nele se cumpre a Justiça em seu sentido pleno. Sem deixar brechas, incertezas.

"Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna" Jo 4: 14.

E ali, junto ao poço de Sicar, ao meio dia, sob o sol "escaldante", estava a mulher samaritana. Como uma corça sedenta, buscava água do poço. Por muitos anos, seu interior estivera em sequidão. Ela buscava por justiça, porém não encontrava, era infeliz. Tivera cinco maridos, estava na sexta tentativa. Sofria preconceitos, a julgavam impura. Até que, ela teve um encontro com a Justiça. Jesus, a aguardava sentado junto ao poço. Ele se apresentou como a fonte de água viva, que iria transformar para sempre a vida da samaritana. Aleluia!

"Senhor, dá-me dessa água para que não mais tenha sede e venha aqui tirá-la" Jo 4:15

O "bramido da corça" foi ouvido, e ao receber Jesus em seu coração, se arrependendo do seu passado, aquela mulher, renasceu. Tornou-se bem aventurada. O cântaro, que ela transportava para colocar água do poço, foi abandonado. Em uma tradução legitima de que havia bebido da água espiritual, satisfazendo sua sede. Todos os homens carregam "cântaros". Buscam "poços" para enchê-los. Alguns os enchem com vícios, drogas, prostituição, roubo, mentira, vaidades... Coisas impossíveis de saciar a sede. Pelo contrário, criam uma abertura no solo, a caminho do poço, pelas idas e vindas, até que enfim, o solo se abre e os consome.

Que o nosso bramido, a nossa intensa busca seja pelo alimento que não perece. Pela água que não cessa. Para que o "cântaro" frágil e raso, seja abandonado em troca de algo muito maior. Que esse seja o nosso suspiro, envolto em aroma suave de águas puras a banhar nosso ser, fazendo brotar novidade de vida. Jesus está sempre pronto para atender "o bramido das corças".

Autor: Wilma Rejane

A MORTÍFERA TEOLOGIA DA EVOLUÇÃO


O ponto de vista criacionista não devia ser ensinado nas escolas, pois, a despeito do que possa ser dito em contrário, o “Criacionismo Científico” desemboca diretamente na religião.
Sempre que há um debate público sobre o ensino das origens do universo e dos seres vivos, a alegação acima é uma das que mais ecoam. Todavia, por alguma razão, os evolucionistas nunca são rotulados de fanáticos religiosos. 

Em conseqüência disso, o ponto de vista evolucionista domina o debate sobre a questão das origens. Uma vez que a separação entre Igreja e Estado é um dos fundamentos constitucionais dos EUA [e da maior parte dos países ocidentais], os defensores do ponto de vista criacionista enfrentam uma luta desigual, até mesmo para serem ouvidos no âmbito público. O campo de jogo não parece equilibrado. Afinal, pressupõe-se que a ciência evolucionista é neutra e objetiva, enquanto a ciência criacionista não passa de um dogma religioso disfarçado.

Será que essa história mudaria se a evolução fosse tratada como uma religião? Até que ponto a evolução é apenas o ensino errôneo de que toda manifestação de vida na Terra se originou numa progressão natural a partir de seres vivos menos complexos para seres vivos mais complexos? Na verdade, os evolucionistas fazem isso soar como se uma força superior estivesse em operação para levar adiante o processo evolutivo. Alguns deles chegam a tratar essa força invisível como se fosse um deus.

A filósofa Mary Midgley demonstra esse fato com muita propriedade em seu livro Evolution as a Religion [A Evolução Como Uma Religião]. Sua pesquisa revelou que na maioria dos textos científicos sobre evolução há afirmações que não são científicas, mas sim religiosas. Midgley comenta sobre esses textos:


“Eles fazem insinuações espantosas sobre uma vastidão de assuntos tais como a imortalidade, o destino humano e o sentido da vida”.

Querendo ou não, os autores desses textos fizeram uma combinação de análise científica e aplicação espiritual. Aí está o sinal evidente de uma religião! Embora Midgley não demonstre nenhuma simpatia pelo cristianismo, ela inteligentemente identificou a hipocrisia daqueles que negam a natureza religiosa do evolucionismo.


A Fonte da Teologia da Evolução Não é preciso ir muito além dos escritos de Charles Darwin, o pai da moderna teoria evolucionista, para encontrar a fonte da teologia da evolução. Em dado momento, Darwin cogitava ingressar no clero da Igreja Anglicana, mas essa trajetória mudou radicalmente depois que ele passou cinco anos (1831-1836) navegando e explorando a diversidade de seres vivos nas ilhas Galápagos, localizadas próximo à costa do Equador. Em sua autobiografia, Darwin escreveu que nessa época estava num conflito para aceitar a presença do mal num mundo criado por Deus, conforme explica:


Parece-me que há muita miséria no mundo. Eu não consigo me convencer de que um Deus benevolente e onipotente tenha intencionalmente criado a Ichneumonidae [i.e., espécie de vespa] com o expresso propósito de parasitar larvas vivas de outros animais para delas se alimentar, nem criado um gato com a finalidade de caçar um camundongo.

Em 1859, Darwin publicou seu livro intitulado The Origin of the Species by Means of Natural Selection [A Origem das Espécies Por Meio da Seleção Natural], no qual expõe detalhadamente sua concepção de que a vida, em todas as suas manifestações, não provém da mão de um criador, mas origina-se no processo de sobrevivência do mais apto. Dessa forma, Darwin revelou quem era o seu deus. Numa carta escrita a um amigo, ele chegou a denominar e escrever com todas as letras:“Minha divindade ‘a seleção natural’”.
Darwin expressou suas concepções religiosas numa carta que escreveu quando já estava velho e doente:


A ciência não tem nada a ver com Cristo, exceto na maneira pela qual a pesquisa científica torna o homem mais cauteloso em reconhecer a evidência. Quanto a mim, não creio que tenha existido alguma revelação. No que diz respeito à existência de uma vida futura, cada ser humano deve julgar, por si mesmo, entre probabilidades remotas e conflitantes.
Não é de admirar que ele tenha escrito o seguinte:


Nessa época, ou seja, entre 1836 e 1839, eu gradativamente chegara à compreensão de que o Antigo Testamento não era mais confiável do que os livros sagrados dos hindus [...] Aos poucos, passei a desacreditar no cristianismo como uma revelação divina [...] Assim a descrença lentamente penetrou em mim até que me tomasse por completo. O processo foi tão devagar que nem cheguei a sentir angústia.
Há pouquíssima evidência, para não dizer nenhuma, de que Darwin tenha mudado de idéia. O caminho que ele percorreu está descrito em Romanos 1.21-23:


“Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis”. Romanos 1.21-23
Deus criou todas as pessoas com um conhecimento nato sobre Ele. Porém, devido ao fato de que o ser humano se dispôs contra Deus, as pessoas O rejeitam e passam a fabricar suas próprias divindades para adorar. Os seres humanos são instintivamente adoradores, contudo muitos adoram ídolos. O declínio de Darwin, ao deixar de professar o cristianismo para se tornar o pioneiro da evolução, tem atraído muitos seguidores. Não há nada mais conveniente do que substituir a consciência do Deus único e verdadeiro pelo postulado divino da seleção natural.


O Caráter da Teologia da Evolução O deus da evolução é a estupenda força da natureza que, segundo se supõe, conduz gradativamente todos os seres vivos ao aperfeiçoamento. Essa divindade é impessoal, complacente e isenta dos constrangimentos inerentes a um relacionamento pessoal. Ninguém faz orações ao deus da seleção natural. Embora os livros didáticos não definam a doutrina da teologia da evolução, seus contornos e pontos culminantes podem ser identificados de três maneiras.

Em primeiro lugar, a teologia da evolução forma a base para o dogma do humanismo secular, segundo consta no Manifesto Humanista I e Manifesto Humanista II. O documento do Manifesto Humanista I, escrito em 1933, inicia com uma conclamação para a necessidade de se criar uma nova religião que se adapte à era vindoura. Seus dois primeiros pilares de fé consideram “o universo como auto-existente e não criado” e propõem que o ser humano “é uma parte da natureza, o qual surgiu como resultado de um processo contínuo [i.e., evolução]”.

Quarenta anos mais tarde, em 1973, acrescentou-se ao documento a necessidade de se depositar fé no progresso humano, apesar do surgimento do nazismo e de outros regimes totalitários que emergiram após a primeira edição do Manifesto Humanista em 1933:
Os humanistas ainda crêem que o teísmo tradicional, particularmente a fé no Deus que ouve orações e que, supostamente, ama e cuida das pessoas, escuta e entende suas orações, e que é capaz de fazer algo em favor delas, é uma fé reprovada e obsoleta. O salvacionismo [...] ainda se mostra nocivo, distraindo as pessoas com falsas esperanças de um céu após a morte. Mentes racionais confiam em outros meios para sobreviver [...] Nenhuma divindade nos salvará; temos que nos salvar a nós mesmos.

A religião dos humanistas é a fé na evolução e, para eles, somente os mais aptos sobreviverão.
Em segundo lugar, Darwin acreditava que a moralidade se originou a partir do mesmo processo que originou todos os seres vivos, a saber, através daquilo que ele admitiu ser o seu deus, a seleção natural. Na luta pela sobrevivência, vencem os mais aptos pelo simples fato de que esses demonstram elevados valores morais, não necessariamente valores corretos. Portanto, a moralidade depende de determinada situação e não possui nenhum fundamento externo que regule aquilo que é certo ou errado.

A maioria dos cientistas sociais considera a seleção natural como a doutrina fundamental que orienta suas pesquisas no campo da moralidade. Ao partir do pressuposto de que o ser humano é simplesmente um “animal superior”, o estudo do comportamento animal interpreta elementos de equivalência para o comportamento humano. “As ciências biológicas continuam a revelar novas descobertas sobre a natureza dos seres humanos em sua relação com o restante do mundo animal”. Tal mentalidade gera uma ética situacionista e uma moralidade que se baseia no momento. Não é de admirar que nos Estados Unidos se leia nos adesivos de pára-choque dos carros os dizeres: “Não fique surpreso se nossos filhos agirem como animais, já que eles aprenderam que são descendentes destes”.

Em terceiro lugar, alguns teólogos desejam fazer a união da evolução com o Deus da Bíblia. Leia estas palavras de acomodação:
Uma visão de futuro biblicamente inspirada oferece uma estrutura mais adaptável tanto para a ciência evolutiva quanto para a busca religiosa por significado [...] Em vez de atribuir a Deus um plano “inflexível” para o universo, a teologia evolucionista prefere considerar a “visão” de Deus para o mesmo [...] O Deus da evolução não determina as coisas de antemão, nem egoisticamente esconde apenas para Si a alegria de criar. Pelo contrário, Deus compartilha com todas as criaturas da própria abertura destas quanto a um futuro indeterminado.

Mais uma vez, o ser humano cria um deus à sua imagem e semelhança. Faça uma comparação com aquela época caótica do período dos Juízes em Israel, quando “...cada um fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25).


O Resultado da Teologia da Evolução Os riscos são altíssimos nessa batalha; as conseqüências são vida eterna ou morte eterna. O capítulo 17 do livro de Atos descreve o modo pelo qual o apóstolo Paulo lutou uma batalha semelhante em Atenas, que era o centro da filosofia e cultura grega no primeiro século. Paulo andou pela cidade de Atenas e percebeu uma abundância de templos dedicados a muitos deuses. Ele abordou os filósofos no Areópago mencionando a religiosidade do povo ateniense. Paulo usou com perspicácia a realidade do altar dedicado “Ao Deus Desconhecido” para prosseguir seu discurso e explicar a verdade bíblica sobre esse Deus – o Deus verdadeiro.

Entretanto, para que pudesse proclamar o evangelho de Jesus Cristo, Paulo antes tinha que demolir a concepção grega das origens. Naquele dia, Paulo estava diante de filósofos das escolas estóica e epicurista, “duas eminentes correntes filosóficas greco-romanas que eram essencialmente evolucionistas”.
O apóstolo Paulo começou a desmantelar o ponto de vista evolucionista e politeísta de seus ouvintes ao mencionar, por três vezes, a atividade criadora de Deus:


“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação” (Atos 17.24-26).

Somente depois de construir uma perspectiva da criação baseada no relato do livro de Gênesis, Paulo pôde pregar a mensagem sobre Jesus Cristo e o julgamento eterno.
O plano de Satanás é tremendamente sagaz; ele encontrou um meio de convencer a humanidade de que as pessoas são produto de uma força evolutiva impessoal e que, portanto, elas não são responsáveis perante qualquer ser divino. O conflito não é simplesmente acerca das origens, mas acerca dos destinos.

Os crentes em Cristo nunca devem permitir que os defensores da evolução mantenham a batalha no âmbito da ciência. Trata-se, em última análise, de uma guerra religiosa que envolve fé, valores morais e adoração. Os cristãos adoram o Deus que criou todas as coisas,


“Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2 Co 4.6).

Devemos nos unir aos seres celestiais em louvor a Deus, dizendo:


“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Apocalipse 4.11).



Autor: William L. Krewson

MINISTÉRIO DE MUSICA


Pastores e Líderes
Não separe um músico para o ministério sem que ele receba a devida preparação e contínua orientação. Por outro lado, cuidado para não colocar pessoas que não possuem qualificações mínimas para atuar no ministério. Ex: uma pessoa que não possui musicalidade ficará exposta diante das pessoas. É importante conferir se este é o ministério dela. Lembre-se que "é fácil colocar pessoas no ministério, mas é difícil tirá-las". Portanto, cuidado para não criar nas pessoas falsas expectativas, pois isso acarretará problemas para você.
Ensine a Palavra de Deus constantemente; não somente sobre temas que envolvem "louvor e adoração", mas detenha-se em assuntos que forme o caráter do músico; principalmente no início da formação de um ministério de música. É importante fazer reuniões de estudo da Palavra.
O pastor não precisa ser músico, mas precisa ter a visão a respeito do ministério de música, senão pode acabar atrapalhando o crescimento dos músicos e da Igreja.
Invista tempo e dinheiro na formação dos músicos, pelo menos nos que exercem alguma função de liderança e acreditem neles, pois surgirão frutos.
Aprimore continuamente os equipamentos de som e instrumentos. Eles possuem uma vida útil, não são eternos.
Além da reunião de estudo da Palavra, estabeleça reuniões de oração com alvos bem definidos.
De tempo em tempo realize reuniões de comunhão (passeios, churrascos, jantares, café-da-manhã, entre outros). Pastores, andem com seus músicos, pois eles também são suas ovelhas.
Cobre, mas dentro de um equilíbrio, não exija mais do que eles podem oferecer. Em um outro aspecto de cobrança, seja cuidadoso e prudente, pois não se pode exigir de uma criança um comportamento de um adulto. Seja paciente!
Seja um exemplo vivo. Não mande só fazer, faça na frente, mostre como se faz. Não estou dizendo sobre a técnica musical, mas falo sobre vida, conduta, postura, compromisso, responsabilidade, amor e respeito.


Dirigente de Louvor


Conheça bem os arranjos e os cânticos ensaiados.
Estabeleça alguns sinais para mostrar a parte do cântico que você quer cantar, subida de tom, entre outras coisas.
Dirija a igreja, mas também os músicos. Muitos grupos musicais ficam perdidos com a falta de direção de alguns dirigentes; não sabem se voltam à 1ª estrófe, se entram no côro, etc.
Procurem falar somente o necessário. Não se esqueça que, de repente, já foi escalado um pregador para a reunião. O ministério é de música e a linguagem principal é a cantada e não a falada. Alguns dirigentes falam demais e se esqueçem de ministrar cantando.
Estude música, principalmente o canto. Muitas vezes a congregação "suporta" em amor a falta de técnica e afinação mínima de alguns dirigentes de louvor.
Seja livre e não formal. Quando errar, encare com naturalidade, porque apesar de estar na frente da congregação, você está ministrando diante de Deus e para Ele. Ele sabe como e quem somos.
Estude e viva a Palavra continuamente, para que Ela esteja sempre nos seus lábios. A boca fala do que está cheio o coração.
Permita que os músicos instrumentistas profetizem também. Dê espaço para que isso ocorra, seja sensível ao Espírito Santo.
Antes de exigir que a congregação tenha uma postura de adoração no louvor, veja se sua vida é referencial nessa adoração, queira ou não, você como dirigente é um referencial. A adoração é contagiada e não somente ensinada.
O fluir deve começar primeiramente quando você estiver a sós com Deus (no seu quarto), não espere fluir só no púlpito. Você fluirá lá em cima (púlpito) a medida que fluir em baixo (no quarto).


Músicos em Geral

O músico precisa aprender a se "mixar" no grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto musical.

Todo músico deve treinar prática de conjunto se quiser amadurecer mais rapidamente.
A teoria musical é fundamentalmente necessária, mas entre a teoria e a prática há uma distância que poucos querem percorrer.
"Um bom médico não é aquele que receita um remédio sem saber o que está fazendo. Um bom músico não é aquele que toca sem saber o que faz".
Autodidata - Há um engano no uso deste termo, pois há muitos analfabetos musicais dizendo-se autodidatas (uma desculpa para a preguiça), autodidata é aquele que estuda sem um professor, mas estuda.
Uns falam antes de tocar algo, outros tocam antes de falar algo. Eis a diferença entre "músicos" e músicos.
O músico deve aprender a conduzir uma música como ela é e não como ele acha que deve ser. Isto é maturidade.
Há músicas em que o metrônomo só serve para o primeiro compasso, porque necessitam de uma interpretação flexível.
A pulsação rítmica bem como o andamento são para serem sentidos e não ouvidos. Este princípio é para todos, mas fundamental para bateristas e percursionistas.
Acompanhar um cântico é antes de tudo uma prática de humildade e sensibilidade. Nas igrejas, geralmente, os músicos querem mostrar toda a sua técnica em hora errada. O correto é usar poucas notas, não saturar a harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o baterista conduzir. Ou seja, economize informações musicais!
Há uma tendência atual de supervalorizar a velocidade do músico, quantas notas ele executa por tempo. Velocidade não é sinônimo de bom músico. O bom músico é aquele que tem a sensibilidade de fazer a coisa certa na hora certa. A velocidade é uma consequência.
A técnica deve ser estudada e sempre aprimorada, mas lembre-se de que é um meio de facilitar a execução da música e não um meio de exibicionismo.
Uma boa maneira de aprimorar a interpretação é aprender primeiro a se ouvir, depois executar. Tem gente que canta e toca e não sabe o que está fazendo; acostume então a gravar o que é executado e seja autocrítico, estude, grave e ouça o que estudou; com o tempo você encontrará a forma ideal para a sua execução.
Lembre-se: pausa também é música, portanto, "não sole na pausa".
A música possui três elementos básicos: harmonia, melodia e ritmo. Procure distribuir os instrumentos musicais no arranjo conforme estes elementos. Há instrumentos harmônicos e melódicos, há somente melódicos, há rítmicos e instrumentos que fazem os três, mas defina no ensaio ou arranjo, quais serão os devidos "papéis" para cada instrumento.
A escolha do tom de uma música depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e confortável para ela. Mesmo que o tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista ele deve executá-lo. Outra observação é que o tom pode influenciar na soronidade da música vocal com acompanhamento. O problema é que muitos confundem. Na música instrumental, a técnica e a expressão são mais exigidos porque as notas devem transmitir algo. Na música onde há o canto, a ênfase é para a mensagem, portanto, não deve ser interferida por outros elementos.
Versatilidade - Procure ser o mais possível. Saiba ouvir vários estilos, do erudito ao moderno, ouça com ouvido crítico e analítico. Saiba ouvir. Extraia coisas boas de cada estilo. Outro detalhe, é o músico não ficar "preso" somente ao seu instrumento, saiba apreciar a forma de execução como sonoridade e fraseado de outros instrumentos.


Tecladista

Geralmente os instrumentos harmônicos, numa banda, como os teclados, violões e guitarras, entram em choque. Procure definir no arranjo e no ensaio o papel de cada um ritmico-harmônico.
Para os tecladistas, seria bom que estudassem técnica em um piano, isto melhora a "pegada".
O tecladista tem duas mãos, seria bom saber usá-las! Na maioria dos casos a mão esquerda limita-se a dobrar o baixo, atrapalhando, por vezes, o contrabaixista. Por isso, a técnica pianística é insubstituível!
Apesar de ser um instrumento versátil, não toque o teclado sempre da mesma forma e com os mesmos sons. Ouça! Cada estilo tem uma maneira de tocar e timbres mais coerentes a serem usados.
Estude bem o uso dos pedais. Não estrague com o pé o que você faz com as mãos.
Durante a execução de uma música não é necessário tocar muitas notas. Esteja sensível ao ritmo e ao tipo de música.
Quando estiver fazendo um fundo musical, fique atento a dinâmica do dirigente para que haja harmonia (ligação) ao que está sendo falado. Ex: ênfase na alegria - usar acordes maiores, etc.


Baterista

Procure estudar a técnica com o auxílio de um metrônomo. Lembre-se que estudar a técnica, não é a mesma coisa que estudar ritmos.
Ao executar uma música, lembre-se que você não está sozinho, aplique as viradas no tempo e momentos certos. Não é necessário uma virada de quatro em quatro compassos. É importante seguir um "groove" junto com o baixista, pois são eles que dão sustentação à música. Seja um músico maduro e disciplinado!
Esteja atento ao dirigente de louvor, pois é ele quem conduz as voltas da música.
Os pratos não possuem o mesmo som. Utilize-os corretamente, para não atrapalhar o desenvolvimento da harmonia.


Baixista

Um instrumento não toca sozinho, depende de você; logo, não tenha medo de tocá-lo.
Durante as ministrações, lembre-se que você não está tocando no seu CD solo, deixe os outros tocarem também. Não seja cansativo! Mantenha a disciplina musical e procure trabalhar o"groove" junto com o baterista.
Tenha uma boa variedade ritmica, baixista sem "swing" é pior que gringo tocando música brasileira.
Não use "slap" em música de "adoração" - é o mesmo que bateria de escola de samba no meio de uma valsa.
O que você aprendeu hoje, não é necessário aplicar na primeira música que tocar.


Guitarrista

Procure se coordenar com o tecladista para que não haja "excesso" de harmonia.
Procure ouvir todos os instrumentos quando estiver ministrando e lembre-se que você não está tocando um CD solo. Não seja cansativo, pois existe o momento certo para se fazer solos. Esteja sensível! Seja maduro!
Procure com diligência a sonorização ideal e os efeitos a serem utilizados de acordo com as canções que estão sendo ministradas.
Não é necessário tocar todo tempo, explore as pausas criando assim, expectativa.
Procure ser um guitarrista versátil, estudando vários estilos e ritmos.


Backing Vocal

O "back vocal" apesar de ser um grupo de pessoas, é um instrumento só, e como tal, é necessário estar no contexto do arranjo geral. Não pode ser um instrumento solto.
Procure atingir nos ensaios, o equilíbrio de voz entre todos. É necessário timbrar as vozes e estar atento à afinação.
Procure cantar dentro da sua tessitura (extensão vocal). Faça divisão de vozes, pois isso enriquecerá a música.
Fique atento aos sinais do dirigente de louvor para não cantar outra parte da música atrapalhando assim, o fluir do cântico.
Desenvolva expressão quando estiver cantando.
Cuidado com os improvisos, pois em excesso podem se tornar cansativo e ao mesmo tempo atrapalhar o dirigente.


Técnico de Som

É importante estudar e conhecer os equipamentos para poder utilizá-los da melhor maneira, evitando também danos nos equipamentos por causa do seu uso inadequado. Existem muitos"curiosos" atuando nesta área.
Cuidado com o volume dos instrumentos para não saturar o ambiente e provocar incômodo aos ouvintes.
Lembre-se que o volume das vozes deve ser maior em relação aos instrumentos para que as pessoas entendam o que está sendo falado ou cantado.
Sua participação no culto é fundamental. Fique atento! Não fique "viajando". Concentração total! 

Quando você estiver escalado para atuar no som, não se distraia e nem se ocupe com outras atividades: servir a ceia, fazer o ofertório, cuidar dos carros estacionados, etc. Saiba que já existem pessoas escaladas para estas atividades. Isso parece um absurdo mencionar, mas acontece, e muito...
Seja amável e educado quando as pessoas vierem te falar ou orientar algo relacionado ao som.
Não atrapalhe a ministração! Quando surgir algum problema seja discreto para poder solucioná-lo.
Depois de mixado os volumes, não há mais necessidade de ficar mexendo na mesa de som. 

Portanto, não mexa mais no som, pois isso atrapalha o bom andamento da ministração. Participe da ministração!
Cuide dos equipamentos como se fosse seu! Devemos zelar pelas coisas de Deus.


A postura do Músico

Aprenda a honrar e respeitar seus líderes. Seja submisso!
Cumpra com seus compromissos (horários, ensaios, reuniões, etc). Seja uma pessoa de palavra!
Aprenda a servir com alegria (Rm 14:17-18).
Esteja concentrado quando vier para o culto. Se você chegar mais cedo dedique um tempo à oração. Quando os teus companheiros chegarem, não fique tocando "instrumental", mas procure ensaiar as músicas que irão ser ministradas naquele culto. Depois, dedique um momento de oração junto com os teus companheiros.
Cuidado com a sua aparência (vestuário) para que não haja comentários negativos entre as pessoas. Seja prudente!
Cuidado com as brincadeiras e piadas fora de hora (Sl 37:30).
Não fique "voando"! Participe de todos os momentos da ministração.
Profetize através da música! (I Crô 25:1). Não seja um músico medíocre! Leia, estude e medite a 

Palavra de Deus, pois Ela é quem nos traz inspiração e unção. Profecia = Inspiração: vem da Palavra de Deus - Unção (Jo 6:63) - definição: Atos 10:38 - é poder! É a presença de Deus manifesta na pessoa do Espírito Santo. Lembre-se: "A base do seu ministério deve ser a meditação e oração".

Autor: Ronaldo Bezerra

PÁSCOA, A ÚLTIMA CEIA


Aquela era a última ceia de Páscoa que Jesus celebraria com Seus discípulos antes da crucificação. Enquanto comiam, Jesus tomou um cálice, agradeceu e disse: “isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.28). É incerto quanto os discípulos entenderam desse pronunciamento profético. Porém, seu significado se esclareceria pouco depois, ao testemunharem a morte sacrificial de Jesus na cruz e lembrarem as palavras que Ele dissera ao erguer o cálice. Foi através de Sua morte e do Seu sangue derramado que Jesus estabeleceu uma Nova Aliança que mudaria o rumo da história da humanidade, tanto para os judeus quanto para os gentios.

Um Superior Sacrifício pelo Pecado
Dia após dia, um sacerdote levita entrava no templo e oferecia sacrifícios de animais para a remissão de pecados, conforme determinava a Lei de Moisés. O sistema sacrificial da Lei era apenas uma sombra do que Jesus iria realizar no futuro, através de Sua morte na cruz. O Livro de Hebreus ilustra de duas maneiras a ineficácia dos sacrifícios levíticos para remover o pecado. Em primeiro lugar, se o sacrifício pelo pecado aperfeiçoasse quem o oferecia em adoração, não haveria necessidade de repeti-lo (Hb 10.2). Em segundo lugar, se os israelitas tivessem sido verdadeiramente purificados do pecado através de sacrifícios de animais, “não mais teriam consciência [senso] de pecados” (Hb 10.2). Mas o fato é que nenhum de seus sacrifícios podia torná-los perfeitos ou livrá-los da consciência do pecado (Hb 9.9). Por quê? “Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10.4). O sangue de animais não tinha o poder de efetuar a redenção; a imolação ritual não podia purificar a carne, isto é, realizar a purificação cerimonial (Hb 9.13).

Através de um nítido contraste, o Livro de Hebreus explica como Deus providenciou um sacrifício melhor para a redenção do homem. Deus Pai enviou Seu Filho Jesus para ser o sacrifício pelo pecado. Jesus tomou parte na obra da redenção e tornou-se o sacrifício da expiação, com profundo e total envolvimento, e não em resignação passiva. Obedecendo à vontade do Pai, Cristo entregou Seu corpo como uma oferta definitiva, permitindo que o pecado do homem fosse removido (Hb 10.5-10). A conclusão é óbvia: Deus revogou o primeiro sacrifício, que dependia da morte de animais, para estabelecer o segundo sacrifício, que dependia da morte de Cristo.


Qual a diferença entre o sacerdócio de Cristo e o sacerdócio dos levitas?Na Antiga Aliança, centenas de sacerdotes levitas ofereciam, continuamente, sacrifícios inefetivos que “nunca jamais podem remover [apagar completamente] pecados” (Hb 10.11); mas o sacrifício de Cristo removeu os pecados, de uma vez por todas. Os sacerdotes araônicos ofereciam sacrifícios pelo pecado, dia após dia; Cristo sacrificou-se uma só vez. Os sacerdotes araônicos sacrificavam animais; Cristo ofereceu a si mesmo. Os sacrifícios dos levitas apenas cobriam o pecado; o sacrifício de Cristo removeu o pecado. Os sacrifícios dos levitas cessaram; o sacrifício de Cristo tem eficácia eterna. Assim, Cristo está agora assentado “à destra de Deus” (Hb 10.12; cf. Hb 1.3; 8.1; 12.2), o que demonstra que Ele completou Sua obra, obedientemente, e foi exaltado a uma posição de poder e honra.

Cristo, o holocausto supremo e perpétuo, é o único sacrifício pelo pecado que existe atualmente. Os que rejeitam o sacrifício de Cristo têm sobre sua cabeça três acusações: (1) Eles desprezam a Cristo, calcando-O sob seus pés; (2) consideram o sangue de Cristo como profano (comum) e sem valor; e (3) insultam o Espírito Santo, que procurou atraí-los para Cristo (Hb 10.29). Os que rejeitam Seu holocausto redentor são considerados adversários. Na aliança mosaica, os adversários eram réus de juízo e morriam sem misericórdia. Conseqüentemente, as pessoas que rejeitam a Cristo aguardam o horrível juízo de Deus (Hb 10.30-31).

Por meio de Sua morte, Jesus inaugurou um “novo e vivo [vivificante] caminho” (Hb 10.20) para que a humanidade possa chegar à presença de Deus com “intrepidez [confiança]” (Hb 10.19). Portanto, o que possibilita a existência de uma Nova Aliança é o sacerdócio e o sacrifício superiores de Cristo.


Uma Aliança Superior Para os SantosO Livro de Hebreus revela que Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hb 8.6). Ela é mais excelente porque as promessas do pacto mosaico eram condicionais, terrenas, carnais e temporárias, enquanto as promessas do Novo Testamento são incondicionais, espirituais e eternas.


Quais as diferenças entre o Antigo Testamento e o pacto abraâmico?Deus estabeleceu a aliança mosaica (Antigo Testamento) com a nação de Israel, no Monte Sinai. Esse pacto não foi o primeiro que Deus firmou com o homem, mas foi o primeiro que Ele fez com Israel como nação. A aliança mosaica foi escrita 430 anos depois da aliança abraâmica, e não alterou, não anulou, nem revogou as cláusulas da primeira aliança, a abraâmica (Gl 3.17-19), que era incondicional, irrevogável e eterna.

Muitas pessoas, hoje em dia, confundem a aliança mosaica com a abraâmica e afirmam que a Terra Prometida não pertence mais ao povo judeu porque a nação perdeu seu direito em razão do pecado. Entretanto, Deus garantiu a Israel a posse permanente da terra, não através da aliança mosaica, mas da aliança abraâmica (Gn 15.7-21; 17.6-8; 28.10-14).

As promessas do pacto mosaico eram condicionais. O pré-requisito era que Israel obedecesse aos mandamentos para que Deus cumprisse as promessas de bênçãos, estabelecidas no pacto (Êx 19.5). Mas Israel não cumpriu as cláusulas do pacto. A falha não estava na Lei, pois o mandamento era “santo, e justo e bom” (Rm 7.12), mas na natureza pecaminosa do homem, que se rebelou contra as condições estipuladas no pacto. Essa aliança tinha um poder limitado e não podia conceder vida espiritual nem justificar os pecadores (Hb 8.7-9).


Com quem Deus firmou a Nova Aliança?A Escritura deixa claro que a Nova Aliança foi feita exclusivamente com Israel (os descendentes de Jacó, pelo sangue) – e não com a Igreja (Hb 8.10). Em nenhum lugar da Escritura a Igreja é chamada de Israel ou “Israel espiritual”, como alguns ensinam. Está claro na Escritura que as bênçãos nacionais, espirituais e materiais prometidas na Nova Aliança serão cumpridas com o Israel literal, no Reino Milenar (Jr 31.31-40).

A Nova Aliança foi profetizada pela primeira vez por Jeremias, seis séculos antes do nascimento de Cristo (Jr 31.31; cf. Hb 8.8). Ao falar do novo pacto, Deus usa os verbos no futuro (“firmarei”, “imprimirei”, “inscreverei”, “serei”, “usarei”, “lembrarei”, veja Hb 8.8,10,12), mostrando que cumprirá as cláusulas dessa aliança. Além disso, o cumprimento depende unicamente da integridade de Deus, e não da fidelidade de Israel.

Se a Nova Aliança não foi firmada com a Igreja, por que foi apresentada em Hebreus 8?
O escritor de Hebreus foi movido pelo Espírito Santo a citar a Nova Aliança com o propósito de ressaltar o fracasso da aliança mosaica e mostrar a Israel que as promessas reunidas num pacto melhor estavam disponíveis através de Jesus Cristo. A Nova Aliança foi instituída na morte do Senhor (Hb 9.16-17), e os discípulos ensinaram seus conceitos à nação de Israel (2 Co 3.6). O fato da nação de Israel ter rejeitado seu Messias resultou num adiamento do cumprimento cabal do pacto, que só ocorrerá quando Israel receber a Cristo, na Sua Segunda Vinda.


Quais são as promessas da Nova Aliança?Em primeiro lugar, a Nova Aliança proporciona uma transformação interior da mente e do coração, que só pode ser produzida através da regeneração espiritual. Deus disse: “Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei” (Hb 8.10). A Antiga Aliança era exterior, lavrada na pedra (Êx 32. 15-16); a Nova Aliança é escrita “em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2 Co 3.3), através do ministério do Espírito Santo. Isso acontecerá com Israel, como um todo, na Segunda Vinda de Cristo, quando Deus derramará o Seu Espírito sobre o povo judeu não-salvo, fazendo com que se arrependa de seus pecados e aceite Jesus como seu Messias (Zc 12.10; Rm 11.26).


Em segundo lugar, a aliança mosaica estipulava que os conceitos da Lei, com seus complicados rituais e regimentos, só fossem ensinados pelos líderes religiosos. Os que vivem sob os preceitos da Nova Aliança são ensinados pelo Senhor, por meio do Espírito Santo que habita em seu interior, e recebem poder para andar nos caminhos do Senhor e guardar os Seus estatutos (Ez 36.27).


Em terceiro lugar, na Antiga Aliança, o pecado era lembrado sempre que um animal era oferecido em sacrifício (Hb 10.3). Na Nova Aliança, Jesus foi o Cordeiro do sacrifício, que, de uma vez por todas, removeu o pecado (Hb 10.15-18) através do Seu sangue. O Senhor disse: “Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Hb 8.12; cf. Jr 31.34). A palavra jamais é uma dupla negativa no texto grego, o que significa que “não, nunca, sob nenhuma circunstância” Deus se lembrará dos pecados do Israel redimido.


Em quarto lugar, Cristo é o Mediador da Nova Aliança (Hb 9.15-20). O mediador atua como um intermediário entre duas partes que desejam estabelecer um acordo entre si. Os mediadores põem seus próprios interesses de lado pelo bem das partes envolvidas no acordo. Um mediador precisa ser digno de confiança, aceitável pelas partes e capaz de assegurar o cumprimento do pacto. Através de Sua morte, Cristo tornou-se o Mediador da Nova Aliança, e possibilitou a reconciliação de todos aqueles que confiam em Sua obra redentora.

A mediação de Cristo também se estende aos santos que viveram debaixo da Antiga Aliança, bem como aos que virão a crer, no futuro. Cristo concede uma herança eterna a todos os crentes, através da Nova Aliança. Um beneficiário só pode entrar na posse legal da herança com a morte do testador. Para que a Nova Aliança tivesse efeito e, legalmente, pudesse conceder a salvação aos pecadores, Cristo tinha que morrer (Hb 9.15-17).

Até mesmo a aliança mosaica teve de ser inaugurada com sangue para ter efeito legal. Moisés mediou o primeiro pacto tomando o livro da Lei, lendo-o diante dos filhos de Israel – que concordaram em guardar os seus preceitos – e, depois, aspergindo o livro e o povo com sangue (Hb 9.19-20). O fato do Antigo Testamento ter sido firmado com sangue mostrou que era necessária a morte de uma vítima inocente para consagrar e estabelecer uma aliança. Aquele pacto era apenas um tipo e uma sombra que apontava para o dia em que Cristo consagraria e firmaria um Novo Testamento, através do derramamento de Seu próprio sangue. Somente Ele poderia mediar a Nova Aliança entre Deus e a humanidade (1 Tm 2.5).

A Nova Aliança, ao contrário da aliança mosaica, é eterna. O Senhor disse: “Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua” (Ez 37.26). Depois de servir ao seu propósito, o pacto mosaico tornou-se sem efeito. As palavras “antiquado” e “envelhecido” (Hb 8.13) mostram que o pacto mosaico estava esgotado, perdendo as forças e prestes a ser dissolvido.

Embora a Nova Aliança tenha sido feita com Israel, e não com a Igreja, os cristãos têm garantido o extraordinário privilégio de experimentar certos benefícios do novo pacto que passaram a vigorar quando Cristo derramou Seu sangue na cruz. Hoje, a Igreja usufrui das bênçãos espirituais da salvação, estabelecidas na Nova Aliança. As bênçãos físicas do Novo Testamento serão cumpridas com Israel, no Milênio. Os que seguem a Cristo são “ministros de uma nova aliança [testamento, pacto]” (2 Co 3.6) e foram chamados para divulgar a mensagem da salvação. Louvado seja Deus por tão grande salvação!

| Autor: David M. Levy | Divulgação: estudosgospel.com.br |