21/01/2014

Então vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas. Ec 2:13

" As coisas mais maravilhosas que podemos experimentar são as misteriosas. Elas são a origem de toda verdadeira arte e ciência. Aquele para quem essa sensação é um estranho, aquele que não mais consegue parar para admirar e extasiar-se em veneração, é como se estivesse morto: seus olhos estão fechados. " -Albert Einstein

"A presença de um poder de raciocínio superior, revêlado no universo incompreensível, forma o meu conceito de Deus." -Albert Einstein

Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas -Albert Einstein

Foto: Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana, e o mundo terá uma geração de idiotas
Albert Einstein

OMISSÃO

" O mundo é um lugar perigoso para se viver, não por causa das pessoas que são más, mas por causa das pessoas que não fazem nada a respeito disso."
Albert Einstein

20/01/2014

QUER PAGAR O PREÇO?


Tudo o que queremos, que visamos em ter, tem o seu preço a ser pago, não falo só em pagar com moeda mas sim em lutar por aquilo que é tão desejado aos nossos olhos.

Pagamos o preço para termos nossa casa própria, nosso carro, um diploma da Universidade, uma família, um emprego etc. Por tudo pagamos um preço, mas há algo que não precisamos pagar, “A NOSSA SALVAÇÃO”, pois ela já foi paga na cruz do calvário. O Senhor Jesus pagou um preço incalculável por minha e por sua vida.

I Coríntios 6:20 "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus."

Ele foi açoitado, humilhado, cuspido, ferido por uma lança, coroado com uma coroa de espinhos, teve suas mãos e seus pés furados e foi pregado numa cruz. Ele “PAGOU O PREÇO”. O Amor de Deus por nós não tem preço e Ele sempre está disposto a pagar o preço que for por nossa alma, pelo nosso Amor, pela nossa atenção à Ele, que esteve nesta Terra para sentir o que sentimos e morrer por nossos pecados.

I Timóteo 2:6 "O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo."

Pagamos por tantas coisas nessa vida, porque não pagamos o preço para termos uma comunhão de intimidade com Deus?

Quer saber o valor da Comunhão?
- Renunciar o mundo
Lucas 14:33 “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.”

- Amar a Deus em 1º lugar
Deuteronômio 11:13 “E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao SENHOR vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma,”

- Ser Humilhado a ficar calado
Lucas 14:11 “Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.”

- Buscá-lo dia e noite
II Crônicas 19:3 “Boas coisas contudo se acharam em ti; porque tiraste os bosques da terra, e preparaste o teu coração para buscar a Deus.”

- Renunciar a Carne
Gálatas 5:17 “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.”

- Confiar somente em Deus
Salmos 125:1 “Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.”

Deus quer o nosso bem Ele nos ama com um Amor que não podemos imaginar, mas podemos sentir. Quem pagaria o preço que Deus pagou por nós, se entregando a morte por um povo pecador, ingrato e pobres de espírito? Somente Ele, Aleluia!

Será que chegar-se a Deus lhe custa Muito?

Não vamos pagar misérias para Deus, dê o seu melhor, dê tudo o que tiver, nada nesta terra nos pertence, tudo é dEle e tudo vem dEle.

Quanto você tem pago para estar próximo de Deus, quanto vale a sua comunhão?

Que Deus te Abençoe!

Autor: Josinei Rodrigues

AS CINCO PEDRAS DE DAVI





O gigante Golias atormentava todo o exercito de Israel, desafiava todos os dias. A visão do exercito e do rei Saul eram no gigante, eles concentraram-se no gigante e em suas forças, e chegaram a uma triste conclusão, não podemos vencê-lo. Havia um jovem ungido de Deus que não olhou o tamanho do gigante, mas olhou o tamanho do Seu Deus e diante do tamanho do seu Deus aquele gigante não era nada, ele não precisa de armas de guerra para enfrenta-lo; a logica humana dizia que o homem para enfrentar o gigante deveria ser um habilidoso guerreiro, do contrario não haveria chance, a logica de Deus dizia que para enfrentar o gigante o homem precisava depender de Deus; a logica do homem armas especiais, espada, escudo, armadura, na logica de Deus cinco pedrinhas. Há um gigante em sua vida? Ele tem desafiado você? Tem desafiado sua fé? Você acha que não pode vencê-lo? Não olhe para ele olhe para Deus, “quem é esse incircunciso filisteu para afrontar o exercito do Deus vivo”.


Cinco pedras você precisa:
A pedra da oração – mantenha uma vida constante de oração e você andara em espirito e terá um espirito forte em relação à carne.
A Pedra da comunhão – comunhão com Deus é marcada pelos momentos que vivemos em sua presença, Tenha um tempo especifico para bíblia em sua vida diária, não termine um dia sem ter meditado na palavra. Deus disse a Josué, não te aparte desse livro nele medite de dia e de noite, para fazeres tudo quanto nele está escrito, assim serás bem sucedido. Não negligencie os trabalhos de sua igreja, participe, contribua.
A pedra da Unção – todos querem unção de Deus, ela não vem em uma canção, em um momento de louvor se antes a vida do adorador não estiver no altar. Após a comunhão e a oração, a unção virá sobre você, como veio sobre Davi.
A pedra Visão – O crente precisa de visão, sem ela não se vai a lugar algum, você ver mais do os olhos humanos podem enxergar, você precisa com ver o gigante os olhos da fé. Foi com esses olhos que o adolescente Davi, viu a vitória em sua vida.
A pedra da fé – a razão diz eu preciso ver, a fé diz eu preciso crer. Saul diz:- tu não podes vencer o gigante! Davi diz: - quem é esse incircunciso para afrontar o exercito Do Deus. Diga, para você mesmo eu sou o exercito de Jeová, sou a menina dos seus olhos, pela fé obterei vitória.
Cinco pedras, não duas, nem três, cinco pedras e uma delas vai derrubar o gigante, encha o seu alforje com elas e vá à luta.

Autor: Pastor Jorge Luiz Cesar Figueiredo

MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS OU PECADO PESSOAL?


Há alguns anos o meio evangélico têm se contaminado com uma perniciosa doutrina. Este ensino diz que: "apesar de você ter Jesus como o seu Salvador, e ser salvo, é possível que existam maldições hereditárias, ou seja, maldições por causa dos pecados de algum antepassado que não tenham sido perdoados, e que conseqüentemente, ainda recaem sobre a sua vida". Então, com esta doutrina se conclui que "por isso, você não é abençoado, não prosperá, e por causa disso você tem doenças e males que não consegue se livrar, apesar de ser salvo". Usam como base bíblica, geralmente, a passagem em que Deus declara que

"visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem" (Êx 20:5).

A Bíblia mal interpretada é a mãe das heresias! Esta ameaça pronunciada por Deus se refere aos que não eram salvos, e permaneciam na idolatria, desprezando ao único Deus vivo e verdadeiro. O Senhor não está declarando que apesar de convertidos Ele ainda assim persistirá em amaldiçoar por causa dos pecados dos pais! A maldição é para aqueles que aborrecem ao Senhor, e não sobre os que o amam; porque sobre os que amam o Senhor, a misericórdia perdurará até mil gerações! (Keil & Delitzsch, Biblical Commentary on the Old Testament, pp. 117-118).
É verdade que alguns textos nas Escrituras declaram que o pecado dos pais têm influência sobre a vida dos seus filhos (Lv 26:39; Is 55:7; Jr 16:11; Dn 9:16; Am 7:17). Mas, isto deve ser bem entendido, pois não é uma referência à maldição hereditária, mas à persistência dos filhos de não abandonar os pecados dos pais. Sendo fiéis ao contexto histórico de toda a narrativa, perceberemos que estas passagens são exortações ao arrependimento, porque a punição era por pecados que tiveram origem nos pais, ou antepassados mais remotos, mas eram pecados ainda perpetuados e praticados por eles mesmos. Nisto percebemos que o cultivo duma cultura familiar corrompida por vícios, idolatria e imoralidades, pecados que são cometidos em família, ensinados pelos pais aos filhos trará a ausência das bençãos pactuais de Deus, mas, cada um será responsável por si, e enquanto não houver verdadeiro arrependimento não haverá transformação.
Desde o Antigo Testamento esta idéia se fazia presente no meio do povo de Israel. O profeta Ezequiel denuncia o pecado do povo por acreditar

"que tendes vós, vós que, acerca da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram?" (Ez 18:2).

Entretanto, após a repreensão segue a intrução do Senhor dizendo:

"tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:3-4).

A argumentação do profeta continua em todo o contexto posterior, deixando bem claro que cada um é responsável pelos seus próprios pecados, e não será o filho punido por causa do pai, nem o pai por causa do filho (versos 5-22).
Os discípulos de Cristo necessitaram ser corrigidos deste erro. Numa certa ocasião encontraram um jovem cego de nascença, e questionaram:

"mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9:2).

A redundante resposta de Jesus fechou o assunto, ao dizer que:

"nem ele pecou, nem os seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus" João 9.3

Os males físicos e temporais são instrumentos da providência de Deus, para que a Sua glória se manifeste no meio do Seu povo escolhido, e assim, a Sua vontade se torne conhecida (Jo:9:35-39; Rm 8:28).
Quando os verdadeiros crentes caem em pecado, mesmo pecados graves e escandalosos, eles não são abandonados por Deus. Deus nunca desiste deles (Rm 8:31-39). Como um Pai restaura os seus filhos, os disciplina

“porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos”(Hb 12:6, ARA).

O apóstolo Paulo afirma esta mesma verdade dizendo que

“quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo” (1 Co 11:32).

É possível cair em pecado, mas é impossível cair da graça de Deus. O teólogo inglês J.I. Packer declara que

"às vezes, os regenerados apostatam e caem em grave pecado. Mas nisto eles agem fora de seu caráter, violentam sua própria nova natureza e fazem-se profundamente miseráveis, até que finalmente buscam e encontram sua restauração à vida de retidão. Ao rever sua falta, ela lhes parece ter sido loucura."[Teologia Concisa, p. 224].

O pecado é corrigido individualmente.
Como individualmente pecamos, também somos chamados ao arrependimento! Não posso me arrepender por outra pessoa; entretanto, devo interceder por ela, se ela estiver viva. Não é possível pedir perdão pelos pecados dos meus filhos, nem irmãos, pais, avós ou qualquer outro antepassado. Pecado é confessado, e somente é perdoado pessoalmente. A Bíblia diz que as bençãos da Aliança acompanharão os nossos filhos, pois eles são filhos da promessa. Se você é filho de Deus, você é co-herdeiro com Cristo Jesus do amor de Deus (Rm 8:16-17), e esta é uma promessa para os seus filhos (At 2:39). Mas a Palavra de Deus não ensina que os nossos pecados serão cobrados dos nossos descendentes. Deus haveria de puní-los por uma irresponsabilidade nossa? A doutrina da maldição hereditária nega tanto a suficiência de Cristo, em perdoar graciosamente os nossos pecados, como a fidelidade de Deus em cumprir as Suas promessas.




Autor: Ewerton B. Tokashiki

SUPERANDO A NATUREZA CAÍDA


“Então, Jesus lhes disse: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?…” (Marcos 9.19)

Essas palavras fazem parte da narrativa em que Jesus libertou um rapaz endemoninhado diante do apelo do pai. Justamente aquele rapaz que alguns dos seus discípulos não conseguiram libertar. Isoladamente, essa declaração parece uma repreensão um tanto quanto dura, mas quando analisamos o contexto todo podemos perceber que há uma mensagem muito mais profunda contida nela. Essa mensagem dificilmente seria percebida em uma leitura mais superficial, pois o que se consegue ver em meio a superficialidade é apenas um forte e acusador desabafo de Jesus.

Diante disso quero chamar sua atenção aos versículos quatorze, quinze e dezesseis, do mesmo capítulo nove, do evangelho de Marcos:

“Quando eles se aproximaram dos discípulos, viram numerosa multidão ao redor e que os escribas discutiam com eles. E logo toda a multidão, ao ver Jesus, tomada de surpresa, correu para ele e o saudava. Então, ele interpelou os escribas: Que é que discutíeis com eles?” (Marcos 9.14-16).

Perceba que o mesmo Jesus que repreendeu tão duramente seus discípulos, alguns momentos antes os defendeu da sagacidade dos escribas. Sofreria Jesus de distúrbio bipolar? Seria ELE esquizofrênico? Defende, ataca, ataca, defende? Não! Para entendermos melhor, deixe-me apontar dois detalhes que apresentam claramente a postura de correção, e não de ataque do Senhor Jesus ao declarar: “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?…”.

Primeiro, as Escrituras são claras quando afirmam que os escribas discutiam com aqueles discípulos de Jesus, os nove, que não conseguiram libertar o menino. Essa palavra no original grego, segundo o Léxico de Strong, expressa a idéia de uma disputa através de questionamentos, através de perguntas. A Bíblia de Estudo Plenitude traz uma nota bastante elucidadora que esclarece bem o versículo quatorze: “Os escribas estavam aparentemente tirando vantagem da falha dos discípulos para libertar o garoto endemoninhado.”. Segundo, note que essa disputa, essa postura de tirar vantagem do ocorrido, se deu entre uma numerosa multidão, ou seja, os religiosos queriam gerar descrédito, queriam desacreditar aqueles homens, queriam desacreditar o movimento liderado por Jesus expondo seus mais próximos seguidores.

É justamente, em meio a essa situação, que Jesus se impôs: “Então, ele interpelou os escribas: Que é que discutíeis com eles?”. A maioria das versões bíblicas brasileiras utiliza a palavra perguntou, já a versão Revista e Atualizada (RA), acertadamente usou uma outra palavra, que apesar de não ser muito comum ao nosso português coloquial, o português do dia-a-dia, expressa uma ênfase maior, do que apenas perguntou. Essa palavra traduzida para o português como interpelou, no original grego, está procurando exprimir uma abordagem bastante incisiva de alguém que tem uma indagação, uma pergunta, é a postura de alguém que exige uma resposta para sua pergunta. Foi essa a atitude de Jesus ao fazer esse questionamento.

Fica muito evidente o ato protetor de Jesus naquele momento. Jesus não apenas defendeu sua missão, mas principalmente, defendeu seus companheiros, aqueles que dariam continuidade a sua obra. ELE queria que todos soubessem, escribas e a multidão, que aqueles nove homens faziam parte dos seus doze homens valorosos e tinham o seu aval.

Agora, como o Jesus que protegeu seus discípulos tão prontamente, momentos depois os repreende tão duramente?

“Então, Jesus lhes disse: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?…” (Marcos 9.19).

Entenderemos melhor quando considerarmos as palavras usadas por Jesus. Marcos faz menção apenas da expressão incrédula, mas Mateus e Lucas, ainda complementam com a palavra perversa, ou seja, Jesus os chamou de geração incrédula e perversa.

Seja sincero(a), qual a figura que surge em sua mente ao ouvir estas duas expressões: incrédula e perversa? Quase que instantaneamente nos vem à ideia alguém que não crê e que pratica o mal conscientemente, por puro prazer. Devido a isso a aparente controvérsia de Jesus, ora defende, ora ataca. Acontece que o significado primário dessas expressões é justamente uma referência a pessoas presas a comportamentos de uma natureza caída. A palavra incrédula significa: “pessoa infiel, que não se pode confiar”. E o significado de perversa: “pessoa que se desvia, se desencaminha”, ou seja, sai do caminho.

O quadro todo recebe uma nova luz, surge um novo entendimento: Jesus não estava apontando o dedo e repreendendo seus discípulos por não terem libertado o menino. Ele estava sinalizando o motivo pelo qual isso aconteceu: a infidelidade deles a ponto de levá-los a desviar-se dos ensinos e do estilo de vida por Ele proposto. É mais ou menos como se Jesus estivesse dizendo: “Quando vocês estão comigo operam libertações, mas sozinhos, logo se desviam por que são infiéis.”. É justamente aqui, que tudo começa a fazer sentido: o que levou aqueles homens a terem sido infiéis, o que os levou a desviar dos caminhos estabelecidos pelo Mestre, o que os fez, em meio a certa distância de Jesus, não permanecerem a altura da vocação que haviam recebido? A resposta é bem clara, objetiva e simples: a natureza caída, o poder dominador da natureza caída.

Quero explicar melhor isso compartilhando uma experiência marcante que tive há algum tempo. Eu estava caminhando do centro da cidade rumo ao meu lar, quando comecei a questionar meu próprio comportamento. Eram dias onde uma constância de segurança estava sendo ameaçada por alguns imprevistos. Então eu dizia para mim mesmo: “Como pode, é só eu passar por um momento de prova, e estou aqui, cabisbaixo, emburrado, reclamando com Deus. Como uma criança que fica emburrada quando houve um não do pai e da mãe. Justamente eu, que tenho pregado tanto sobre firmar-se em Deus independente das circunstâncias.”. E queridos, eu estava nessa conversa comigo mesmo, me questionando, quando de repente, e, eu amo esse “de repente”, o Espírito Santo me falou.

Quero abrir um parêntese aqui. Muitas vezes quando falamos que o Espírito Santo nos falou estamos nos referindo algum acontecimento em específico que nos levou a entender isso. Mas quero enfatizar que quando eu estava tendo essa conversa comigo mesmo, ele realmente falou, só faltou eu ouvir com os ouvidos naturais, foi de repente, ELE surpreendentemente disse: “Comportamentos de uma natureza caída!”. Nossa! Uau! Foi tão impactante que eu nem parei para pensar nessa frase, peguei logo meu celular e andando mesmo, a digitei. Depois comecei a meditar buscando uma maior revelação: “Comportamentos de uma natureza caída!”.

Agora pense comigo, poucos de nós foram ensinados nos caminhos do Senhor desde a infância. Calcule quantos anos você foi refém da sua própria natureza caída, influenciada pelo mundo e pelo próprio diabo. Agora pense em termos de meses, semanas, dias, horas… Eis aí uma das evidentes razões para Jesus ter escolhido um grupo para estar vinte e quatro horas com Ele. Eles foram chamados a uma desintoxicação, foram chamados a purificação, chamados a uma real transformação. Estar com ELE, para se parecer mais e mais com ELE. Jesus os chamou para que eles experimentassem uma mudança de pensamento e comportamento, Jesus os chamou para que não estivessem mais sujeitos a própria natureza caída.

É extremamente necessário reconhecer que ainda somos afetados por nossa natureza caída. Infelizmente, ela ainda exerce um domínio muito grande sobre nós. Mas a questão é: como superar isso? Como vencê-la a ponto de não mais fazer parte de uma geração incrédula e perversa? É simples, mas ao mesmo tempo, um grande desafio! É preciso parar e considerar o desejo de Jesus em fazer fluir sua vida em nós. Isso, ELE faz através de um relacionamento fundamentado na proximidade, na intimidade, na constância em se estar junto a ELE.

Atente para as palavras do evangelista Marcos:

“Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar” (Marcos 3.14).

O primeiro interesse de Jesus, segundo Marcos, fica bem claro: “…para estarem com ele…”. Acompanhe essa declaração na Nova Tradução da Linguagem de Hoje:

“Então escolheu doze homens para ficarem com ele e serem enviados para anunciar o evangelho. A esses doze ele chamou de apóstolos.” (Marcos 3.14 NTLH)

Você consegue perceber a ênfase? Que tal na paráfrase conhecida como Bíblia Viva:

“Então Ele selecionou doze deles para serem seus companheiros constantes e saírem para pregar e expulsar demônios.” (Marcos 1.14-15 BV)


Faço minhas as palavras da nota da Bíblia de Estudo NVI: “… O treinamento dos doze consistia não somente em instruções e prática nas várias formas do ministério, mas também em convívio contínuo com o próprio Jesus e comunhão íntima com ele.”.

Essa é a forma, a maneira, o modo, o jeito, de superar a natureza caída. É assim, e só assim, que experimentaremos a liberdade: estando com Jesus, ficando com Jesus, convivendo com Jesus!

Isso se torna mais evidente quando entendemos a ideia por trás da palavra que foi traduzida para o português como designou:“Tornar alguém alguma coisa”. Ou ainda: “Produzir, tornar pronto, fazer algo a partir de alguma coisa, fazer alguém”.

Lembre-se a forte indagação de Jesus: “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?…”. Foi feita aqueles que não subiram o monte com ELE, aqueles que por um tempo ficaram afastados d’ELE, foi feita aqueles que deixaram-se dominar pela velha e persistente natureza caída.

Quando falo sobre isso: “SUPERANDO A NATUREZA CAÍDA”, gosto de ilustrar contando parte do testemunho do conhecidíssimo ministro da música, o adorador Asaph Borba. Tive o privilégio de ouvi-lo pregando quando ele contou isto. Ele falava sobre a forma profundamente caída em que ele se encontrava quando entregou sua vida para o Senhor Jesus. O nível de imoralidade e iniquidade que ele havia experimentado era profundo, segundo ele. Seu comportamento era totalmente dominado por sua natureza caída. Ele revelou que passava horas e horas, trancado no quarto aprofundando-se no pecado através da pornografia, isso antes de reconhecer Jesus como Senhor e Salvador de sua vida. A partir dessa entrega, dessa aliança estabelecida com Jesus, ele buscou libertar-se e limpar-se, não sendo mais escravo da sua natureza caída. E o que ele fez? Ele decidiu resolutamente trancar-se no quarto para, agora, experimentar não só a libertação, mas a purificação. Isso mesmo, a libertação e a purificação! Ele falou sobre as horas e horas que passou trancado no quarto com seu violão, cantando para Jesus, adorando a Jesus, estando com Jesus, ficando com Jesus. Assim foi possível experimentar a plena liberdade e pureza. Foi dessa forma que ele superou a natureza caída que o dominava.

É preciso que isso fique claro, quando Jesus chamou aqueles homens de incrédulos e perversos, ELE estava apontando para o domínio que natureza caída ainda tinha sobre eles. Essa compreensão se torna mais lúcida ainda ao percebermos como Jesus faz questão de defini-los: “Ó geração…”. No original grego, de acordo com o Léxico de Strong, essa palavra expressa a seguinte idéia: os membros sucessivos de uma genealogia. Queridos, qual era o “pedigree” espiritual daqueles homens, de qual árvore genealógica espiritual eles vinham, qual o DNA da espiritualidade deles? A religiosidade estéril! Seus antepassados conheciam muito bem a religião e eram reféns de sua esterilidade. Por isso Jesus os chamou a um relacionamento, para que eles pudessem experimentar a liberdade dessa natureza caída que apesar da religião, continuava geração após geração dominando e escravizando o ser humano.

Muitos não entendem que fazer parte de uma religião, inclusive a chamada evangélica, não possibilita essa experiência de superação da natureza caída. A maioria das religiões tem o seu valor sociológico, a maioria das religiões estabelece um padrão comportamental moral e ético elogiável, a maioria das religiões promove o bem coletivo, mas nenhuma religião proporcionará liberdade da natureza caída. Esse papel é exclusivo de Jesus.

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8. 31-32).

O domínio da natureza caída é tão real sobre o homem, que mesmo ele vivendo a realidade religiosa, ou até mesmo depois de dizer sim ao chamado de seguir Jesus, ele enfrentará seus ataques. Alguns pensam que Jesus quer reerguer a natureza caída do homem, não! Jesus é a Pedra Angular que veio para esmiuçar, para esmigalhar essa natureza caída. Eis a razão do chamado de Jesus ser primeiramente, em ordem e valor, para estar com ELE, conviver com ELE, antes de trabalhar para ELE: o processo de reduzir a natureza caída ao pó, a absolutamente nada.

Agora preste atenção, da mesma forma que se engana quem pensa que Jesus irá reerguer a natureza caída do homem, se engana quem pensa que esse processo de transformação é simples e rápido. Se você continuar lendo o contexto perceberá que os homens que ouviram da boca de Jesus: “Ó geração incrédula e perversa. Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?”, os nove que não conseguiram libertar o rapaz endemoninhado, juntamente com os três que subiram ao monte, momentos depois estavam discutindo sobre quem seria o maior deles:

“Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em casa, interrogou os discípulos: De que é que discorríeis pelo caminho? Mas eles guardaram silêncio; porque, pelo caminho, haviam discutido entre si sobre quem era o maior.” (Marcos 9.33-34).

A natureza caída só é superada num processo de relacionamento com Jesus, um relacionamento constante, diário, genuíno: “Então, designou doze para estarem com ele…”. É assim, é só assim, que a Pedra Angular tornará pó à natureza caída!

A declaração do Espírito Santo: “Comportamentos da natureza caída!”, é um chamado a superação, é um chamado para estar, ficar, conviver, ser íntimo de Jesus. É um chamado para todo aquele que mesmo entendendo e experimentando a imensurável graça e misericórdia, o imensurável amor e perdão do Senhor Jesus, ainda assim em determinados momentos pode ouvi-Lo: “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei?


Autor: Luciano R. Meier