09/01/2014

DESATANDO NÓS


Em uma reunião de pais, numa escola de periferia, a diretora falava sobre o apoio que devia ser dado aos filhos e pedia para que os pais se esforçassem em se fazer presentes, mesmo trabalhando fora.

Então, um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana.

Quando saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando voltava, o garoto já tinha ido para a cama.

Mas ele continuou dizendo que todas as noites ia ao quarto onde o filho dormia, dava um beijo nele e, para que o menino soubesse da sua presença, dava um nó na ponta do lençol.

Isso acontecia, religiosamente, todas as noites.

Quando o filho acordava e via o nó, sabia que o pai tinha estado ali.

O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora ficou emocionada com aquela história singela e constatou, surpresa, que o filho daquele homem era um dos melhores alunos da escola.

Essa história nos faz refletir sobre as muitas maneiras pelas quais podemos demonstrar carinho e amor, nos fazer presentes, nos comunicar com aqueles que amamos, mas que nem sempre podemos estar perto.

Aquele pai encontrou a sua maneira simples, mas eficiente.

E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

E você? Já deu algum “nó no lençol” de quem você quer demonstrar carinho?

Um nó de afeto mesmo na ausência?

Você pode encontrar a sua própria maneira de garantir a sua presença.


“Meus pais sempre foram a chave de tudo. Sempre fui muito ligado a minha família”. - Ayrton Senna da Silva

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